A queda precoce da Seleção Brasileira de Bernardinho na fase de grupos do Mundial de Vôlei masculino acendeu um alerta para o futuro da equipe nesse ciclo.
Diante de muitos questionamentos, a eliminação mostrou visões diferentes. Por exemplo, o jornalista Bruno Voloch pediu pela demissão de Bernardinho. Enquanto isso, o ex-capitão Bruninho pediu paciência.
Na visão do campeão olímpico Dante, essa Seleção Brasileira tem muito para evoluir. Porém, o grande problema é até onde esse grupo pode chegar em termos de competir contra os melhores do mundo.
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Dante espera evolução da Seleção de Bernardinho, mas faz aviso sobre o teto do time
Em entrevista ao jornal Estadão, o campeão olímpico e lenda da Seleção Brasileira, Dante, comentou sobre a eliminação decepcionante na fase de grupos do Mundial.
Para o ex-jogador, a perda da mãe de Bernardinho às vésperas do jogo decisivo diante da Sérvia acabou fazendo a equipe sentir o momento.
É a sua mãe, poxa. É compreensível demais o time sentir aquele momento.
Ainda assim, o Dante acredita que há pontos positivos a extrair da campanha e vê potencial no grupo atual, mas faz um alerta importante sobre os limites da equipe:
Mas, tirando esse fator, eu tento enxergar as coisas boas e tentar extrair as coisas boas mesmo no caos. O que me deixa um pouco mais tranquilo é que esse grupo tem margem para crescer. O problema é se chegar ao teto nesse nível.
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Dante defende o trabalho de Bernardinho
Na mesma entrevista, Dante defendeu o trabalho de seu ex-técnico e explicou que o momento é de reformulação.
Não foi por falta de treinamento, porque a gente sabe toda a filosofia do Bernardinho. Acho que é ajustar algumas situações ali, tentar diminuir o erro na seleção. É uma transição, um processo de reformulação. É tentar juntar os cacos ali, melhorar algum outro fundamento.
Por fim, o ex-ponteiro destacou que o saque é um ponto que faz a diferença no vôlei e que, quando a equipe está bem nesse fundamento, tem mais chances de vencer.
O saque, por exemplo, que é o primeiro fundamento do voleibol, se você está sacando bem, não quer dizer que você vai ganhar, mas sua chance aumenta.
O saque da Seleção Brasileira já era uma preocupação de Bernardinho
Mesmo antes de começar a temporada de seleções, o saque já estava no radar de Bernardinho. Porém, no Mundial, foram apenas 6 pontos do Brasil nesse fundamento.
É claro que o Brasil fez apenas três jogos no torneio e, por isso, tem números tão pequenos. Porém, em um comparativo geral, 22 jogadores fizeram mais de 6 pontos de saque durante a competição.
Um deles é o oposto holandês Michiel Ahyi, que fez apenas um jogo a mais que o time brasileiro e marcou 13 pontos, mais que o dobro do time de Bernardinho.
Antes do início da Liga das Nações (VNL), o treinador já havia alertado sobre o problema brasileiro no saque.
Às vezes eu não durmo preocupado com o que eu tenho visto lá fora e como (a seleção) está defasada em algumas questões. A principal é o saque.
A nossa liga que está muito abaixo nesse quesito do saque. E o saque, sendo muito abaixo, a nossa recepção e o nosso passe estão sendo menos testados do que seriam lá fora. Pela primeira vez no playoff da Liga Italiana, o saque pontuou mais do que o bloqueio.
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