Jaqueline é uma das principais jogadores de vôlei da história do Brasil. A pernambucana de 39 anos tem no currículo dois ouros olímpicos com a seleção brasileira (em 2008, nas Olimpíadas de Pequim, e 2012, em Londres).
Além disso, tem cinco títulos no Grand Prix (2005, 06, 08, 14 e 16), duas pratas na Liga Mundial (2006 e 2010) e pentacampeã da Superliga feminina.
Hoje faz 11 anos de um momento que a gente sabe que tá guardadinho no ? de vocês. ??
O bicampeonato olímpico do @volei feminino! #Londres2012 ?? pic.twitter.com/AY9c5fiP2Z
— Jogos Olímpicos (@JogosOlimpicos) August 11, 2023
Recentemente, a jogadora decidiu por retornar ao vôlei após dois anos longe das quadras. Segunda a jogadora, a decisão veio por sentir saudade da rotina e também para provar que ainda pode jogar em alto nível. Jaqueline fechou contrato com a equipe do Campinas.
Eu voltei ao vôlei porque eu amo o esporte e estava sentindo falta dessa rotina. Eu me sinto como uma menina novamente e precisava desse momento. Eu estava muito bem com a minha família, com as redes sociais, mas a vontade era muito grande. Ver que as pessoas perguntavam e pediam também me motivou muito. Sempre acreditei que poderia voltar e quero provar isso.
JAQUE NO CAMPINAS!
A ponteira bicampeã olímpica Jaqueline Carvalho, de 39 anos, foi anunciada oficialmente no Campinas Vôlei.
Seu último clube havia sido Osasco/São Cristóvão Saúde na temporada 2020/21. pic.twitter.com/ZvcxEz9Ndf
— Portal da Superliga (@portalsuperliga) July 20, 2023
A jogadora foi convidada para participar do programa Bola da Vez, exibido pela ESPN Brasil. Dentre muitos assuntos, a atleta foi perguntada a respeito da acusação de doping que sofreu em 2007, antes dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.
Na ocasião, ficou pouco tempo fora das quadras, por conseguir provar que fez uso de um medicamento que não sabia que não era mais permitido.
Foi um baque. Uma das piores notícias que eu já recebi, porque a gente estava no ônibus, entrando na vila. O Zé (José Roberto Guimarães – técnico da seleção brasileira) me chamou de canto, me deu a notícia, eu falei: ‘Como assim? O que eu vou falar o que eu tomei?’
Já tomei chá normal, era a única coisa que me vinha na cabeça, porque eu não imaginava. […] Eu lembro que vim pra Recife no mesmo dia, tinha repórter na minha casa, parecia que eu ia ser presa. Minha vida virou ao avesso, mas Graças a Deus conseguimos reverter essa situação difícil.
[…] Acabei ficando ali um período de dois meses e meio, três meses mais ou menos. Foi um dos períodos mais difíceis da minha vida […].