A pressão no vôlei feminino brasileiro é enorme. E, em meio às críticas cada vez mais intensas vindas das redes sociais, a ponteira Gabi Guimarães revelou como aprendeu a lidar melhor com esse cenário.

A capitã da Seleção Brasileira contou como as orientações de Bernardinho foram fundamentais para que ela conseguisse blindar o grupo e manter o foco no trabalho, ignorando as críticas.

A blindagem de Gabi Guimarães contra o ambiente tóxico aprendida com Bernardinho

Gabi reconhece que a cobrança sempre esteve presente desde o início de sua carreira, revelou em entrevista ao Portal Uai. Mas com o crescimento das redes sociais, as críticas e os ataques aumentaram intensamente.

É muito triste ver um ambiente tóxico. Mas também recebemos muito carinho e isso é o que levamos. A cobrança vai existir sempre, mas o mais importante é saber o que precisamos fazer aqui dentro.

Ela explicou que, ao longo do tempo, aprendeu a filtrar melhor o que realmente importa para sua evolução como atleta. A ajuda de psicólogos e, principalmente, a influência de treinadores experientes, como Bernardinho, foram determinantes nesse processo.

Bernardo que fala muito isso: tapar os ouvidos, não prestar atenção nos ruídos e focar no trabalho que tem que ser feito. Depois de uma derrota fazer uma autoanálise, conversar com técnicos e ver o que precisa ser feito. O objetivo é esse.

Reconhecimento além das medalhas

Questionada sobre a pressão por um título olímpico inédito para ela após Tóquio e Paris, Gabi foi direta: mais importante do que a cobrança externa é o compromisso interno do grupo.

Nós mesmas somos muito competitivas e sabemos da nossa capacidade de brigar pelo ouro. O mais importante é a dedicação diária e a consciência do que precisa ser feito.

O papel de Gabi Guimarães como capitã da Seleção

Desde 2022, quando assumiu a faixa após a saída de Natália, Gabi se tornou uma das líderes mais respeitadas do vôlei mundial. Sua postura dentro e fora de quadra inspira as mais jovens.

Meu conselho para as novas gerações é a blindagem. O autoconhecimento é essencial. Precisamos filtrar o que realmente constrói e não o que destrói.

A carreira vitoriosa de Gabi Guimarães

Natural de Belo Horizonte, Gabi soma medalhas em todas as grandes competições do vôlei. São duas medalhas olímpicas (prata em Tóquio e bronze em Paris), quatro pratas na Liga das Nações e títulos nacionais e continentais por clubes e Seleção.

Formada nas categorias de base do Mackenzie e revelada ao mundo no Unilever/Rio sob comando de Bernardinho, a ponteira brilhou no Minas e no Vakifbank, da Turquia, e hoje é um dos principais nomes do Conegliano, da Itália, e do esporte brasileiro.

Quem é o maior ídolo de Gabi Guimarães?

Gabi sempre cita Bernardinho como uma das maiores influências de sua carreira, ao lado de companheiras como Fofão e Sheilla. Para ela, esses nomes foram fundamentais para aprender a lidar com a pressão.

Como Gabi lida com as críticas nas redes sociais?

Ela evita se expor demais, foca no feedback interno da comissão técnica e das companheiras e reforça que terapia e autoconhecimento foram decisivos para lidar com os ataques.

Quantas medalhas olímpicas Gabi tem?

Gabi conquistou duas medalhas olímpicas: a prata nos Jogos de Tóquio 2020 e o bronze em Paris 2024. Além disso, soma títulos continentais e foi eleita diversas vezes uma das melhores ponteiras do mundo.

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Eric Filardi Content Coordinator

Coordenador do Esportelândia desde 2021, é jornalista pós-graduado em Jornalismo Esportivo. Autor do livro “Os Mestres do Espetáculo”, que está na biblioteca do Museu do Futebol de São Paulo. Passou por Jovem Pan, Futebol na Veia e PL Brasil.