A Superliga pode estar prestes a viver sua última temporada sob a bandeira da Confederação Brasileira de Vôlei, segundo informações do jornalista Bruno Voloch.
A competição que começa em outubro corre o risco de ser a derradeira com a chancela direta da CBV, já que a maioria dos clubes da elite se movimenta nos bastidores para criar uma nova Liga Independente.
Dos 24 times participantes da Superliga, 21 já manifestaram apoio formal à iniciativa. Apenas Campinas e Flamengo se posicionaram contra, enquanto o Barueri ainda não tomou decisão oficial.
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Fim da Superliga? Entenda a pressão dos clubes contra a CBV
De acordo com Voloch, o projeto de uma nova liga é liderado por nomes de peso do esporte, como Flávio Pereira (Sada Cruzeiro), Giovane Gávio (Joinville Vôlei) e Anderson Marsilli (Guarulhos).
A ideia é estruturar um modelo de gestão autônomo, nos moldes do Novo Basquete Brasil (NBB), que é organizado pelos próprios clubes, mas mantém vínculo institucional com a confederação de basquete.
As críticas à CBV não são recentes. Dirigentes apontam falta de diálogo, pouca transparência e promessas que não se cumprem ao longo dos anos.
A tentativa da confederação de melhorar os prêmios da Superliga 2025/26 não surtiu efeito, e o desgaste apenas aumentou, segundo o jornalista.
Entre as mudanças defendidas pela Liga, estão a revisão do regulamento, a criação de um novo formato de disputa, a negociação direta de direitos de transmissão e o fim da exclusividade da TV Globo.
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O impacto financeiro
Se a CBV paga apenas R$ 60 mil por equipe na Superliga atual, a Liga promete um salto gigantesco. Os clubes poderiam receber de R$ 2 a 4 milhões por temporada, com apoio financeiro estimado em R$ 60 milhões.
Esse valor viria principalmente de um acordo já encaminhado com o Banco XP, além de outros investidores que estariam dispostos a entrar no projeto.
O contraste é gritante. Para os dirigentes, os números atuais oferecidos pela CBV estão muito abaixo do potencial do vôlei nacional. A aposta é de que, com autonomia, a competição possa finalmente explorar sua força de mercado.
O futuro do vôlei brasileiro e da Superliga
Nos bastidores, o clima é de ruptura. Os clubes reconhecem que aceitaram o modelo imposto pela CBV por muitos anos, mas acreditam que agora é a hora de assumir o risco e construir um campeonato sob novas bases.
Como dito anteriormente, apenas dois times se posicionaram contra: Sesc Flamengo, de Bernardinho, e Campinas. O Barueri, time de Zé Roberto Guimarães, se manteve neutro e não declarou nenhum lado ainda.
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