O Brasil está cada vez mais em destaque no cenário do fisiculturismo mundial. Com o título recente de Ramon Dino na categoria Classic Physique do Mr. Olympia 2025, o país tem mostrado que pode competir de igual para igual com os grandes nomes dos Estados Unidos e da Europa.
A ascensão dos atletas brasileiros não se limita ao palco, ela reflete também um crescimento expressivo no interesse do público, no número de academias especializadas e no envolvimento das marcas.
Em entrevista exclusiva ao Esportelândia, o Vice-Presidente da NPC e IFBB, Tyler Manion, falou sobre a ascensão brasileira, o sucesso de Ramon Dino e qual o potencial do Brasil no cenário mundial do fisiculturismo.
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Tyler Manion exalta o poder do Brasil no fisiculturismo mundial
Tyler Manion não hesitou em reconhecer a força do Brasil dentro da NPC e da IFBB. Segundo o Vice-Presidente das entidades, o país já ocupa posição de destaque e deve continuar crescendo nos próximos anos.
O mercado brasileiro é muito, muito grande no fisiculturismo como um todo. No caso da NPC, posso argumentar que talvez seja o nosso segundo maior mercado, atrás apenas dos Estados Unidos.
Eu sei que o número de atletas brasileiros que participaram do Olympia é, com certeza, o segundo maior depois dos americanos.
Para Manion, o diferencial do Brasil está na paixão dos fãs e na estrutura que vem se consolidando em torno dos atletas, como academias, patrocinadores e mídia especializada.
A qualidade geral e a quantidade de apoio dos fãs, dos patrocinadores e de tudo mais do Brasil são absolutamente incríveis.
Como os outros países enxergam o Brasil no cenário do fisiculturismo?
Se no futebol o Brasil sempre é visto como o “celeiro dos craques habilidosos”, no fisiculturismo não é diferente. Apesar do domínio que os Estados Unidos têm no cenário, os brasileiros estão chegando com a força de um trovão.
Ao ser questionado se os gringos tem medo dos brasileiros ao redor do mundo, Tyler Manion sorriu ironicamente, mas exaltou que a palavra não é medo, mas talvez receio:
Há um certo receio com os fisiculturistas brasileiros em outros países. Eles respeitam muito os atletas do Brasil, porque a qualidade deles tem crescido cada vez mais.
Hoje, com os atletas brasileiros subindo ao palco — competindo não só no Brasil, mas ao redor do mundo —, conquistando títulos em vários países, o respeito pelo Brasil no fisiculturismo mundial nunca foi tão alto quanto agora.
O impacto do título de Ramon Dino na Classic Physique
Com a aposentadoria de Chris Bumstead, o título de Ramon Dino no Mr. Olympia reforçou o protagonismo do Brasil no cenário mundial. Manion destacou que o físico do brasileiro foi o melhor no palco e comentou que o marketing não influencia nas decisões.
Essa questão do marketing não influencia quem é o campeão. O que define o vencedor é quem apresentou o melhor físico naquele dia, dentro dos critérios daquela divisão. E foi exatamente isso que o Ramon fez no último fim de semana. Ramon trouxe o melhor físico da categoria Classic Physique para o palco.
O conjunto dele — físico e apresentação — foi o melhor. Ele venceu por muito pouco o Mike e o Terence, que também são competidores de altíssimo nível. Mas, naquele dia, Ramon foi o melhor. É por isso que ele mereceu e conquistou o título.
Para o dirigente, Ramon Dino é mais do que um fenômeno de marketing.
Claro que o Ramon é incrível para o mercado brasileiro, mas ele não é importante apenas pelo marketing. Ele é importante pela sua personalidade, seu caráter e pelo físico que apresenta no palco.
O Brasil pode superar os Estados Unidos no fisiculturismo?
Ainda que os EUA sigam como a principal força, Manion acredita que o ritmo de crescimento do Brasil é impressionante. Ele reforça que o país tem estrutura, talentos e paixão suficientes para alcançar novos patamares em poucos anos.
Apesar do Brasil ter talentos para assumir a primeira prateleira de importância no cenário do bodybuilding, atingir o número de títulos dos EUA no Mr. Olympia demoraria mais de 30 anos, já que são 12 categorias a partir de 2026 e o ranking é:
- EUA: 155 títulos
- Brasil: 13 títulos
- Canadá: 13 títulos
Ou seja, para alcançar os EUA em títulos, o Brasil precisaria vencer todas 12 categorias nos próximos 12 anos e nenhum outro país conquistar nenhuma vez o Mr. Olympia.
Ramon Dino pode se tornar o maior fisiculturista da história do Brasil?
Com o título do Olympia, Ramon já se tornou o maior fisiculturista da história do Brasil. No entanto, o vice-presidente da NPC ressalta que a trajetória do brasileiro ainda está no início, e que seu legado pode ir muito além dos palcos.
Quais são os próximos passos do fisiculturismo no Brasil?
O foco agora está em fortalecer competições locais e incentivar novos talentos. A NPC e a IFBB planejam mais eventos e oportunidades para atletas brasileiros mostrarem seu potencial.
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