O Brasil será uma das grandes forças fora das quadras no Mundial de Vôlei Feminino 2025, que acontece entre 22 de agosto e 7 de setembro, na Tailândia.
Além de candidato ao título com a Seleção Brasileira, o país terá cinco técnicos comandando diferentes seleções espalhadas pelo torneio, sendo a segunda nação que mais exporta treinadores de vôlei, ficando atrás apenas da Itália.
Entre os brasileiros, nomes de peso como Zé Roberto Guimarães e Luizomar de Moura estarão no comando, acompanhados por trajetórias surpreendentes. Conheça todos os treinadores nascidos no Brasil buscando o título na Tailândia.
- Receba as notícias em primeira mão em nosso Grupo de WhatsApp, Grupo do Telegram ou Canal de Transmissão!
- Siga o Esportelândia nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram, Bluesky, Threads e LinkedIn.
-
Entre em nosso grupo de notícias exclusivas das lendas do vôlei feminino
O poder brasileiro no comando de 5 seleções do Mundial de Vôlei Feminino 2025
Poucos países conseguem formar tantos técnicos de alto nível quanto o Brasil. No Mundial Feminino de 2025, serão cinco brasileiros no comando de seleções, cada um com sua própria história, desafios e conquistas.
Diferente do futebol, onde o técnico brasileiro é cada vez mais colocado de escanteio como defasado, no vôlei o treinador brasileiro é referência. Alguns levam décadas de experiência internacional, enquanto outros iniciam agora um novo ciclo com seleções emergentes.
Marcos Kwiek: o brasileiro que colocou a República Dominicana no mapa
Marcos Kwiek está à frente da seleção feminina da República Dominicana desde 2008, transformando o país em uma potência regional e adversário temido no cenário mundial.
Sob sua liderança, as caribenhas conquistaram a Copa Pan-Americana em sete oportunidades, sendo a mais recente no último dia 10 de agosto, em Colima, no México.
Inclusive, enfrentaram o Brasil nas quartas de final da Olimpíada de Paris e Zé Roberto já apontou seu time como o adversário mais difícil que poderia enfrentar.
O Marquinhos trabalhou com a gente até 2007, foi técnico do Bauru, conhece a gente. É o adversário mais difícil que a gente poderia pegar (nas quartas da Olimpíada de Paris), quem mais nos conhece. Não vejo o Brasil como favorito. Sei como é difícil jogar com elas. É perigoso!
A declaração de Zé Roberto Guimarães resume o impacto de Kwiek. Não por acaso, o técnico já esteve a um set de colocar a seleção caribenha em uma semifinal de Mundial, feito histórico para um país onde o beisebol ainda é o esporte número 1.
Paulinho Milagres: campeão em todas as categorias no Brasil e líder em Camarões
Nascido na periferia de São Paulo, na Brasilândia, Paulo de Tarso Milagres – o Paulinho Milagres – chega ao Mundial de 2025 como um experiente técnico que assumiu a seleção feminina de Camarões, a segunda força do continente africano.
Ele assume a equipe a menos de três meses da estreia, em um desafio de reconstrução e de afirmação no cenário internacional.
Estamos muito animados para começar este trabalho. Camarões é uma das melhores seleções da África, mas meu desejo é competir no mesmo nível do resto do mundo, não apenas dentro da África.
Paulinho é o único treinador a conquistar títulos em todas as categorias do vôlei feminino no Brasil, além de ter passagens por Ruanda, Polônia, Romênia, Peru e Egito.
Recentemente, levou o Alianza Lima à medalha de prata no Sul-Americano de Clubes de 2024, classificando a equipe peruana para o Mundial de Clubes. Agora, terá a missão de guiar Camarões contra adversários como Japão, Sérvia e Ucrânia.
Luizomar de Moura: o multicampeão do Osasco com o desafio de resgatar o vôlei cubano
Luizomar de Moura é um dos técnicos mais vitoriosos do vôlei brasileiro. À frente do Osasco desde 2006, coleciona títulos de Superliga, sul-americanos e já conquistou o Mundial de Clubes.
Formador de gerações, foi responsável por revelar e lapidar talentos que brilharam na Seleção Brasileira, mantendo o Osasco como uma das principais vitrines do vôlei nacional.
Com passagem também pelas seleções de base, Luizomar soma títulos mundiais com o Brasil sub-18 e sub-20, consolidando seu papel como treinador de referência em formação.
No cenário internacional, já comandou a seleção do Peru e do Quênia. Agora, em 2025, segue sendo uma das vozes mais respeitadas quando o assunto é voleibol, tendo o desafio de resgatar o brilho do vôlei cubano. Ele comentou sobre isso à CNN:
Dirigir a histórica Seleção de Cuba, por toda sua tradição, com três medalhas de ouro olímpicas, e tentar trazer Cuba novamente para os seus melhores dias, é um grande desafio. Mexeu comigo.
Estou muito animado, mas com frio na barriga. Primeiro preciso resgatar a autoestima dessas meninas. Não vamos para ser a seleção mais simpática. Vamos para disputar, para performar, para jogar de igual para igual.
Guilherme Schmitz: a nova geração de treinadores brasileiros
Guilherme Schmitz representa a renovação entre os técnicos brasileiros. Ex-técnico do Fluminense, construiu sua carreira com uma visão moderna de jogo, valorizando a preparação física, a análise de desempenho e a integração entre tecnologia e quadra.
Com passagens por seleções de base do Brasil, Guilherme soma títulos mundiais e pan-americanos. Sua ascensão é vista como natural, fruto da competência e da capacidade de dialogar com atletas jovens e experientes.
Em 2025, ganha espaço no cenário internacional como parte da nova leva de treinadores que unem tradição do voleibol brasileiro com metodologias contemporâneas de treino e gestão. Foram mais de 20 anos de Fluminense, onde deixou em 2025 para assumir também a Universidad San Martín, no Peru.
Ele assumiu o bastão do compatriota Antonio Rizola, que comandou a Seleção Colombiana até 2023 e mudou a equipe de patamar, saindo de emergente a candidata a títulos na América do Sul.
O Mundial será duríssimo. Espero um grupo forte, com jogadoras que já atuam em ligas como Japão, Itália e França. Algumas são promessas, outras já são realidades. O foco é formar um time competitivo e engajado para esse novo ciclo olímpico.
Zé Roberto Guimarães: o treinador que mudou a história do vôlei brasileiro
José Roberto Guimarães é sinônimo de conquistas e longevidade. Único técnico do mundo a ganhar ouro olímpico no vôlei masculino (Barcelona 1992) e no feminino (Pequim 2008 e Londres 2012), ele é considerado um dos maiores da história do esporte.
No comando da seleção feminina desde 2003, transformou o Brasil em referência mundial, conquistando títulos inéditos e formando gerações de estrelas. Sua liderança é marcada por disciplina, exigência e profundo conhecimento tático, aliados a uma sensibilidade rara no trato com as jogadoras.
Mesmo após duas décadas, continua levando o Brasil a brigar por medalhas em todas as grandes competições. Para muitos, Zé é mais que um técnico: é símbolo da identidade vencedora do vôlei brasileiro. É sinônimo de vitória e poucos ousam duvidar se seu potencial.
Apesar de ser um elenco jovem, ao mesmo tempo tem uma característica de ter muita vontade de realizar, de vencer. Elas têm muita qualidade. No exterior eles ficam olhando, porque o Brasil nunca teve um time tão alto. Vamos reforçar a parte mental e precisamos trabalhar mais e melhor.
Quem são as jogadoras da Seleção Brasileira de Voleibol no Mundial de Vôlei Feminino?
- Levantadoras: Macris Carneiro (Praia Clube) e Roberta Ratzke (Türk Hava Yolları)
- Ponteiras: Gabriela Guimarães (Conegliano), Júlia Bergmann (Türk Hava Yolları) e Helena Wenk (Sesc Flamengo)
- Opostas: Rosamaria Montibeller (Denso Airybees), Kisy do Nascimento (Lokomotiv Kaliningrad) e Tainara Santos (Sesc Flamengo)
- Centrais: Júlia Kudiess (Minas), Lorena Viezel (Sesc Flamengo), Luzia Nezzo (Barueri) e Diana Duarte (Sesi Bauru)
- Líberos: Marcelle Arruda (Fluminense) e Laís Vasques (Sesc Flamengo)
🗒️ Lista definida
O técnico José Roberto Guimarães divulgou os 14 nomes que irão defender a camisa da seleção no Campeonato Mundial de 2025.
A oposta Jheovana, que estava na lista de treinamentos para o Mundial, foi o nome cortado desta vez.
A seleção brasileira estreia na… pic.twitter.com/o3NNP7RgLs
— QG do Vôlei (@QGdoVolei) August 19, 2025
Porque Carolana não foi convocada para o Mundial de Vôlei Feminino?
Ana Carolina, simplesmente Carol, ou popularmente Carolana, não foi convocada por opção dela, que decidiu se aposentar da Seleção Brasileira de forma definitiva.
Porque Thaisa não está no Mundial de Vôlei Feminino?
Assim como Carolana, Thaísa decidiu por se aposentar da Seleção Brasileira, acreditando já ter cumprido aquilo que devia com a camisa verde-amarela. Entretanto, sua saída da equipe nacional foi ao final da Olimpíada de Paris, em 2024.
Quem são os treinadores do Mundial de Vôlei Feminino 2025?
- Alemanha – Giulio Cesare Bregoli (Itália)
- Argentina – Daniel Jorge Castellani
- Bélgica – Kris Vansnick
- Brasil – José Roberto Guimarães
- Bulgária – Antonina Zetova
- Camarões – Paulo De Tarso Milagres (Brasil)
- Canadá – Giovanni Guidetti (Itália)
- China – Yong Zhao
- Colômbia – Guilherme Schmitz Vieira (Brasil)
- Cuba – Luizomar de Moura (Brasil)
- Egito – Emad El-Din Mohamed Hassan Nawar
- Eslováquia – Michal Masek
- Eslovênia – Alessandro Orefice (Itália)
- Espanha – Pascual Saurin Cutillas
- EUA – Erik Sullivan
- França – Cesar Hernández (Espanha)
- Grécia – Apostolos Oikonomou
- Holanda – Felix Koslowski (Alemanha)
- Itália – Julio Velasco (Argentina)
- Japão – Ferhat Akbas (Turquia)
- México – Nicola Negro (Itália)
- Polônia – Stefano Lavarini (Itália)
- Porto Rico – Juan Carlos Nunez
- Quênia – Geoffrey Omondi Onyango
- República Checa – Ioannis Athanasopoulos (Grécia)
- República Dominicana – Marcos Kwiek (Brasil)
- Sérvia – Zoran Terzic
- Suécia – Lorenzo Micelli (Itália)
- Tailândia – Kiattipong Radchatagriengkai
- Turquia – Daniele Santarelli (Itália)
- Ucrânia – Jakub Gluszak (Polônia)
- Vietnã – Nguyễn Tuấn Kiệt
Continue acompanhando a cobertura completa do Mundial de Vôlei Feminino 2025 aqui na Esportelândia!
- É A NOVA THAÍSA! Joia de Zé Roberto atinge recorde histórico na VNL
- Zé Roberto cortou jogadora do Mundial no cara ou coroa: “Foi triste”
- Esquecida por Zé Roberto no Mundial, oposta acerta com ex-time de Gabi Guimarães
- Campeão mundial esquece Giba, Bernardinho ou Zé Roberto em Seleção de todos os tempos
- 14 JOGADORAS DEFINIDAS! Veja a lista de convocadas de Zé Roberto para o Mundial