Há pouco tempo, a temporada de 2025 da Fórmula 1 parecia ter um campeão. Oscar Piastri liderava com larga vantagem, a McLaren dominava o grid e Max Verstappen parecia apenas atravessar um ano fora da curva.
Mas o que parecia definido virou história em construção. Corrida após corrida, o holandês transformou o impossível em plausível — e reacendeu um roteiro que parece escrito pelo destino. Principalmente porque isso também aconteceu com seu sogro, Nelson Piquet.
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O título que fez Nelson Piquet virar lenda e que pode inspirar Max Verstappen
Em 1983, Nelson Piquet protagonizou uma das maiores reviravoltas da história da Fórmula 1. Correndo pela Brabham, o brasileiro chegou às últimas três etapas 14 pontos atrás de Alain Prost, da Renault, uma diferença que, à época, parecia definitiva.
Mas o equilíbrio entre estratégia e sangue frio mudou o rumo do campeonato.
Piquet venceu em Monza, triunfou em Brands Hatch e, na corrida decisiva em Kyalami, adotou uma postura cirúrgica: em vez de arriscar tudo, administrou o ritmo, contou com o abandono de Prost e cruzou a linha em terceiro, garantindo o bicampeonato mundial.
Foi o título que consolidou sua imagem como um dos pilotos mais inteligentes e calculistas da história da F1. De perseguido, passou a caçador. De coadjuvante, virou lenda.
O cenário para Max Verstappen ser pentacampeão mundial em 2025
Agora, quatro décadas depois, Max tenta realizar um feito semelhante ao de Nelson Piquet. Desde o GP da Itália, Verstappen tirou 64 pontos de Piastri, reduzindo a diferença de 104 para 40.
Foram três vitórias (Itália, Azerbaijão e Estados Unidos) e dois segundos lugares (Holanda e Singapura) — uma sequência que devolveu à Red Bull o protagonismo.
O importante é manter esse ritmo até o fim. Nós temos chance, e eu estou empolgado com isso”, disse o tetracampeão após vencer de ponta a ponta o GP dos Estados Unidos, em Austin.
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A matemática, no entanto, segue cruel. Restam 141 pontos em disputa — 25 por corrida, com bônus nas sprints de São Paulo e Catar.
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GP do México: 25 pontos disponíveis na corrida principal.
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GP de São Paulo: 8 pontos na sprint + 25 na corrida = 33 pontos possíveis.
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GP de Las Vegas: 25 pontos da corrida principal.
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GP do Catar: 8 pontos na sprint + 25 na corrida = 33 pontos possíveis.
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GP de Abu Dhabi: 25 pontos da corrida principal.
Verstappen precisa tirar, em média, oito pontos por prova de Piastri para igualar o australiano. E nem vencer todas garante o título: se o piloto da McLaren for segundo em tudo, ainda leva a taça por três pontos.
Mas na Fórmula 1, números contam menos que o momento — e o momento é todo dele. Desde a pausa de meio de temporada, a Red Bull voltou a ser Red Bull. A McLaren, já campeã de construtores, reduziu o desenvolvimento para focar em 2026.
O equilíbrio virou oportunidade. O que antes parecia inalcançável, agora soa possível. E a média recente prova: Max tem tirado 11,4 pontos por corrida de Piastri. Mantendo esse ritmo, o desfecho em Abu Dhabi pode ser histórico.
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