Jean Pierre Guisel Costa, mais conhecido como Pito, é um dos principais ídolos do futsal brasileiro recente, eleito o melhor jogador do mundo da modalidade.
Pito assumiu o protagonismo na Seleção Brasileira, principalmente após a aposentadoria de Falcão, que se despediu das quadras em 2018.
Se você está interessado em conhecer todos os detalhes da trajetória do pivô catarinense, o aqui é o lugar perfeito! Reunimos várias informações sobre o craque do futsal mundial: trajetória, carreira, conquistas, curiosidades e muito mais.
História de Pito
Natural de Chapecó, Santa Catarina, Pito sempre teve uma paixão profunda pelo futebol. Desde pequeno, o atual melhor jogador de futsal do mundo já estava sempre correndo atrás da bola. Nas suas brincadeiras na rua com o irmão e alguns amigos, o talento do pivô era evidente.
Seu tio, que acompanhava de perto os primeiros passos de Pito no futebol, logo notou que o garoto tinha um toque especial com a bola.
Com uma habilidade impressionante, o jogador do Barcelona destacava-se ainda mais por causa da sua destreza, algo que também chamava a atenção de seu irmão, que desde cedo mostrava grande talento com a bola.
Desde a infância, o apelido “Pito” fazia parte da vida do jogador, sendo que ele era sempre o menor entre seus amigos. A forma carinhosa como era chamado pela turma cativou sua família, que adotou o apelido com carinho.
Desde pequeno, desde que eu me conheço me chamam de Pito. Porque, na verdade, eu era sempre o menorzinho da minha turma. Na rua da minha avó tinham uns sete, oito meninos ali, todo mundo brincava, jogava bola, e eu era o mais baixinho sempre. E começou minha avó e minha mãe: ‘Pitinho', ‘Pitinho', e aí ficou.
Os primeiros passos de Pito no futebol
Após levar o futebol como lazer durante boa parte de sua infância, Pito teve que enfrentar um importante desafio para iniciar no futsal. Ao concluir o terceiro ano do colégio, sua mãe sempre questionava o jogador sobre o seu futuro, mesmo sem ser uma cobrança direta.
Minha mãe nunca me cobrou nada. Claro que quando eu acabei o terceiro ano do colégio ela disse: ‘agora tem que buscar um emprego'. Fiquei um tempo sem jogar e era bem nessa época em que acabou a escola. Ela não me cobrava direto, todo dia, mas ela soltava umas letrinhas, em que já era hora de eu fazer alguma coisa.
Sabendo da paixão de Pito pelo futebol, sua mãe sempre o incentivou. No entanto, durante sua juventude, o pivô parou de jogar em duas oportunidades diferentes. A primeira vez foi pelo horário da escola, onde o horário da aula era justamente durante o treino.
Por outro lado, a segunda fez que Pitou optou por parar de jogar foi um pouco mais dolorosa.
Devido a falta de jovens atletas em Chapecó, o jogador não estava preparado para atuar com os adultos, deixando uma dúvida no ar sobre o seu futuro no mundo do futebol.
Acho que ali começou um pouco a dar o baque de: “Será que eu vou ser jogador?”, porque eu não estava fazendo mais nada.
Começo de Pito como atleta profissional
Sem nenhuma perspectiva de futuro no futebol jogando em Chapecó, Pito deu um passo importante para a sua carreira.
Recebendo um convite de um amigo para defender o time sub-20 do Criciúma, o jogador prontamente aceitou a proposta para começar de forma profissional sua trajetória.
Em 2010, Pito chegou ao Criciúma. Mesmo se destacando destacando pelo time sub-20, o pivô entrou algumas dificuldades durante o início da carreira.
Saindo de Chapecó, o jogador esperava encontrar um estrutura melhor, tendo mais tempo para se dedicar a parte física. Por outro lado, o atleta teve que encarar uma realidade totalmente diferente.
Nós morávamos em sete pessoas num único apartamento. Tinha sala, mas a sala a gente fazia de quarto, porque não tinha onde colocar tanta gente. Só tinha uma geladeira e um fogão, não tinha nem pia. Então pra fazer comida era só pizza esquentada ou não tinha nada. Passei por algumas ali, mas a gente dá valor agora que está tudo tranquilo.
Antes de brilhar no Carlos Barbosa, Pito passou por duas equipes após deixar o Criciúma. No intervalo entre 2011 e 2012, o atleta vestiu as cores do Pinhalzinho, já demonstrando seu talento em quadra.
Mais tarde, chamando a atenção do Concórdia, o pivô integrou a equipe catarinense durante a temporada 2013, consolidando sua trajetória antes de alcançar o destaque no cenário esportivo
Passagem de Pito pelo Carlos Barbosa
Chegando ao Carlos Barbosa em 2014, Pito viveu um dos episódios mais marcantes de sua trajetória futsal brasileiro. Chamando a atenção dentro das quadras, o pivô assumiu o papel de protagonista da equipe.
Deixando o seu nome na história do Carlos Barbosa, Pito ajudou a equipe a conquistar o título da Liga Nacional de Futsal em 2015.
Sempre lembrando com muito carinho do clube catarinense, o pivô nunca escondeu a vontade de voltar a atuar pela equipe no futuro.
A minha vontade é retornar para o Carlos Barbosa. Se eu for jogar no Brasil, não vou mentir, é minha primeira opção, porque ali eu fui muito feliz, conheci minha esposa também ali, a família toda dela é dali. Então tenho um carinho especial com o Carlos Barbosa.
Início de Pito na Europa: El Pozo de Murcia e Inter Movistar
Após deixar o Carlos Barbosa com a missão de dever cumprido em, Pito já estava preparado para dar mais um passo importante na carreira. Aceitando o desafio para atuar na Europa, realizou um sonho de infância.
Quando o cara começa jogar ele quer um dia jogar na Europa, tem esse esse sonho. Mas ele não sabe ao certo como é jogar aqui (na Europa). No meu caso, eu nem sabia quais eram os times que eram bons daqui.
Chegando ao El Pozo de Murcia em 2016, Pito se encantou pela estrutura do clube espanhol. Desempenhando um bom futebol nas quadras espanholas, o pivô atraiu a atenção de outros times.
Permanecendo na Espanha, Pito foi contratado pelo Inter Movistar em 2019. Mantendo o altíssimo nível técnico em quadra, o jogador ficou apenas algumas temporadas na equipe, antes de chagar ao Barcelona.
Auge no Barcelona
Como todo jovem jogador que sonha em vestir a camisa do Barcelona, Pito alcançou mais um marco significativo pessoal.
O meu objetivo principal era estar no Barcelona, desde quando eu soube que tinha o futsal do Barcelona. Acompanhava o Ronaldinho, então era uma camisa, um nome muito forte. Quando cheguei aqui joguei contra eles, vi o ginásio deles, a torcida que tinha, então me encantei e eu coloquei como objetivo.
Ao ser contratado pelo Barça em 2021 e encantar o futebol europeu nas últimas temporadas, Pito atingiu o ponto mais alto de sua carreira no futsal.
Eleito o melhor jogador do mundo em 2023, o pivô tinha como meta alcançar mais esse feito dentro da modalidade.
Eu buscava sempre isso, era uma meta minha, mas parece que não caiu a ficha, eu continuo mesmo. Então eu não me vejo assim ‘sou o melhor do mundo'. Minha família fala comigo, os meus amigos, eles veem como uma coisa fora do normal, e é mesmo, só que de tanto que eu estou trabalhando, tanto que eu quis isso, para mim não mudou nada.
Trajetória de Pito na Seleção Brasileira
Após receber sua primeira chance na Seleção Brasileira em 2014, Pito começou a construir seu espaço gradualmente.
Hoje, como um dos principais representantes da nova geração do futsal brasileiro, o camisa 10 alcançou seu primeiro grande título com a equipe nacional ao vencer a Copa América de 2024.
Determinado a deixar sua marca na história da Seleção Brasileira, Pito tem como grande objetivo conquistar a Copa do Mundo de Futsal, atualmente em disputa no Azerbaijão.
Com uma carreira repleta de títulos pelo Barcelona, o pivô de 32 anos busca agora erguer o troféu mais desejado no cenário internacional de seleções.
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Sou formado em jornalismo e escolhi fazer da minha paixão pelo esporte a minha profissão. Somo experiências em portais como PL Brasil, Minha Torcida, Futebol na Veia, entre outros.