O pit stop na Fórmula 1 é um dos fatores que pode decidir quem vai ganhar uma corrida. Ao longo da história da competição, as regras foram mudando, como não ser mais possível reabastecer o carro.
Fique com a gente para entender todos os detalhes do pit stop na Fórmula 1 e saber quem são os recordistas em paradas mais rápidas da história!
Como funciona o pit stop na Fórmula 1?
Ainda que a FIA busque alterar a regra para tornar as corridas mais empolgantes, muitas provas da Fórmula 1 são decididas no pit stop.
Desde 2010, por questões de segurança, não há mais reabastecimento de combustível durante as corridas da Fórmula 1. Porém, a troca de pneus ainda pode ser decisiva.
A agilidade no pit stop pode representar as frações de segundo que levarão um piloto ao lugar mais alto do pódio.
Ao entrar no boxe da Fórmula 1, os pilotos devem diminuir a velocidade. Mas, a partir do momento em que eles param os carros, a responsabilidade do tempo gasto no pit stop fica com a equipe.
Equipe responsável pelo pit stop na Fórmula 1
Mais de 20 pessoas podem ser envolvidas em um pit stop. São três mecânicos para a troca de cada um dos 4 pneus — um com a pistola de ar comprimido para desenroscar a porca, outro para retirar o pneu usado e o terceiro para colocar o novo.
Há ainda dois mecânicos que se encarregam de levantar o carro com macacos na parte dianteira e traseira. O chefe da equipe fica responsável por comandar o “pirulito”.
O carro só pode ser liberado para voltar à corrida quando todos os pilotos que utilizam as pistolas de ar comprimido levantam o braço sinalizando que concluíram a troca de pneu. O piloto aguarda a sinalização do homem à sua frente, com o levantamento da placa, para que ele possa arrancar.
O pit stop é obrigatório na Fórmula 1?
O pit stop é, sim, obrigatório na Fórmula 1. Afinal, os pilotos são forçados a trocar o jogo de pneus durante a corrida — durante um GP, a regra determina que ao menos dois tipos de pneus diferentes sejam utilizados.
Desde a temporada 2019, a nomenclatura dos pneus utilizados na Fórmula 1 foi simplificada para facilitar o entendimento do tipo de compostos usados na categoria. Atualmente, são 5 os tipos de pneus para pistas secas, mas com a divisão entre três categorias: duros, médios e macios.
A cada GP, são selecionados três tipos de compostos dentro de graus de durabilidade. Por fim de semana de corrida, os pilotos são obrigados a usar os três tipos de pneus disponíveis, sendo dois deles na corrida.
Até 2018, eram sete as variedades de pneus da Fórmula 1 para pista seca, que iam desde hypersoft (hiper macio) até o superhard (super duro). Era usada também a nomenclatura “ultra”.
Agora, com os nomes mais simples, a Pirelli usa números para indicar quais são os 5 tipos de compostos. Também há duas opções de pneus de chuva na F1.
Confira, a seguir, os detalhes dos novos pneus da Fórmula 1.
Pneus Slick (para pista seca)
C1
O nome C1 é utilizado para definir o composto 1, que é o pneu mais duro do portfólio da Pirelli para a Fórmula 1 a partir de 2019. Ele tem dureza um pouco inferior ao que era utilizado até a temporada anterior.
O C1 é projetado para os circuitos da F1 que exigem mais esforço no apoio sobre o pneu. Normalmente, esse é o caso de pistas com curvas rápidas, superfícies abrasivas ou temperaturas ambientes altas.
Mais duro entre os tipos de pneus da F1, o C1 é o composto que leva mais tempo para aquecer, oferece maior durabilidade e menor degradação.
C2
C2 significa Composto 2. Esse pneu é o equivalente ao pneu de composto médio da temporada 2018.
Considerado um composto versátil, o C2 é uma alternativa para situações adversas, como circuitos que tendem a altas velocidades, altas temperaturas e exigem esforço no apoio sobre o pneu.
Segundo a Pirelli, o C2 é um pneu de ampla funcionalidade e se adapta a diferentes circuitos da Fórmula 1.
C3
O Composto 3 é o equivalente ao pneu macio indicado para 17 das 21 corridas da temporada 2018 da Fórmula 1.
A Pirelli indica que o C3 apresenta bom equilíbrio entre desempenho e durabilidade, sendo sugerido tanto como um composto macio para pista de alta severidade quanto como composto duro em pista de baixa severidade ou circuito de rua.
C4
O C4 é o pneu da Fórmula 1 similar ao composto ultra macio utilizado na temporada 2018. A Pirelli indica que o Composto 4 seja utilizado em circuitos estreitos/curtos e sinuosos.
Segundo a fabricante, o C4 é um composto que aquece rapidamente, o que gera um alto pico de performance. Em contrapartida, esse pneu tem durabilidade limitada.
C5
O nome C5 significa Composto 5. Esse é o pneu mais macio do portfólio da Pirelli para a temporada 2019 da Fórmula 1.
O C5 é o equivalente ao antigo pneu hiper macio, utilizado até o fim de 2018, sendo o composto mais rápido já fabricado pela Pirelli.
Este tipo de pneu é indicado para todos os circuitos que exigem os mais altos níveis de aderência (grip). Em contrapartida ao ganho de performance e aderência, a durabilidade do C5 é consideravelmente mais curta do que os outros pneus da F1.
Em uma estratégia de corrida, as equipes da Fórmula 1 devem buscar tirar o máximo proveito deste composto.
Pneus para pista molhada
Intermediate Green
Em situações em que há ameaça de chuva, mas a pista ainda não está completamente molhada, as equipes tendem a optar pelos pneus intermediários.
Esses compostos são indicados para uma pista molhada sem lençol d’água e também para uma superfície que está secando.
Segundo a Pirelli, o composto intermediário tem a capacidade de drenar 30 litros de água por segundo por pneu, a uma velocidade de 300 km/h. Eles são projetados para garantir que possam ser usados tanto em situações indicadas para pneus slick quando para compostos de pista molhada.
Intermediate Blue
Os compostos Intermediate Blue são os pneus de chuva da Fórmula 1. Eles são indicados para uso exclusivo em pista molhada e em situações de chuvas fortes.
Os Intermediate Blue podem drenar 85 litros de água por segundo por pneu, a uma velocidade de 300 km/h. Eles são projetados para oferecer maior resistência à aquaplanagem, oferecendo mais aderência ao pneu em caso de chuva forte.
O diâmetro do pneu para uso exclusivo no molhado é 10 mm mais largo que o pneu liso, para pista seca.
Cores dos pneus da Fórmula 1
Quer identificar melhor quando um piloto está usando o C1? Assim como acontece com as bandeiras da F1, a cor é um bom caminho, mas saiba que nem sempre os compostos terão as mesmas cores.
Em 2019, os pneus da F1 para pista seca têm 3 cores: branco, amarelo e vermelho.
A cada GP, são utilizados três tipos de compostos. De acordo com as cores selecionadas pela Pirelli, branco será o pneu duro, amarelo indica pneu médio e vermelho é o macio.
Mas, como são 5 tipos de pneus para pistas seca, a cor de um composto pode variar de corrida para corrida.
Assim, o C1 será somente o branco, já que ele é o mais duro, enquanto o C5 é sempre vermelho, uma vez que é o mais macio. C2, C3 e C4, por sua vez, terão a cor definida se forem os mais duros ou macios do trio de pneus usados em um fim de semana.
Por exemplo, em um fim de semana que a Pirelli privilegie os pneus mais duros das 5 opções de compostos (C1, C2 e C3), o C3 será o mais macio entre eles e ficará com a cor vermelha.
Já se a fornecedora optar pelos pneus mais macios (C3, C4 e C5), o C3 passa a ser o mais duro entre as 3 opções e terá a cor branca.
Dessa forma, as cores dos pneus da F1 são:
- C1: branco
- C2: branco ou amarelo
- C3: branco, amarelo ou vermelho
- C4: amarelo ou vermelho
- C5: vermelho
Além dos pneus para pistas seca, há as duas opções para pistas molhadas, com nomes que já indicam suas cores:
- Intermediate Green: verde
- Intermediate Blue: azul
Pit Stop mais rápido da Fórmula 1
O pit stop mais rápido da história da Fórmula 1 foi realizado pela McLareb, em 2023. A equipe trocou todos os 4 pneus de Lando Norris em apenas 1,80 segundo no GP do Catar. A equipe quebrou o recorde da Red Bull, que tinha feito 1,82 segundo em 2019.
A disputa das equipes pelo recorde de pit stop mais rápido da história da Fórmula 1 seguirá nas próximas temporadas. Será que a McLaren se manterá como a dona da melhor marca de todos os tempos?
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