Uma dos esportes mais tradicionais do programa olímpico, o judô trouxe quatro medalhas para o Brasil na Olimpíada de Paris 2024! Mas você sabe identificar quais são os principais golpes do esporte?

Para tirar todas as suas dúvidas sobre o tema, o Esportelândia desenvolveu um guia dedicado aos golpes de judô. No próximo segmento, exploremos os principais movimentos praticados no tatame!

Principais golpes de Judô

  • Osoto Gari
  • Ouchi Gari
  • Harai Goshi
  • Uchi Mata
  • Morote Seoi Nage
  • Ippon Seoi Nage
  • Tai Otoshi
  • Sode Tsurikomi Goshi
  • Tani Otoshi
  • Yoko Tomoe Nagi
  • Sumi Gaeshi
  • Ushiro Goshi
  • Jugi Gatame
  • Sankaku Jime
  • Ude Garami
  • Katagatame
  • Yoko Shiho Gatame

Osoto Gari

O Osoto Gari é um dos fundamentos do judô, sendo um dos primeiros golpes que os praticantes aprendem nesta arte marcial. Para executar essa técnica, o judoca inicia segurando a gola e a manga do oponente, avançando o pé correspondente à mão que segura a manga.

Em seguida, ele realiza um gancho com esse mesmo pé, atingindo a parte de trás da perna do adversário. É crucial que o judoca execute o golpe de frente para o oponente e não hesite, pois qualquer hesitação pode resultar em um contragolpe eficaz do rival.

Osoto Gari Judô
Osoto Gari é um dos golpes mais eficientes do judô (Reprodução)

Ouchi Gari

O Ouchi Gari é um golpe que se assemelha ao Osoto Gari, mas apresenta uma diferença crucial na execução do gancho. Enquanto no Osoto Gari o judoca realiza o gancho por trás das pernas do oponente, no Ouchi Gari o movimento acontece por dentro das pernas.

Para executar corretamente essa técnica, o judoca deve utilizar o pé correspondente ao lado em que está segurando a gola do adversário. Essa abordagem permite uma projeção eficaz, aumentando as chances de sucesso na luta.

Ouchi Gari
Ouchi Gari é realizado com um ganho por dentro das pernas do adversário (Reprodução)

Harai Goshi

O Harai Goshi é uma técnica fundamental do judô que envolve uma postura específica do judoca. Ao segurar a gola e a manga do adversário, o judoca se vira de costas para ele.

Com uma das pernas fixas no chão, a outra é utilizada para executar um gancho que varre o oponente, forçando-o a cair.

Ao contrário do Osoto Gari, onde o adversário é projetado para cair para trás, no Harai Goshi a queda acontece para frente, demonstrando a versatilidade e a estratégia envolvidas nas técnicas de judô.

Harai Goshi Judô
No Harai Goshi, uma perna é usada para fazer um gancho (Reprodução)

Uchi Mata

Enquanto no Harai Goshi o judoca varre o adversário para derrubá-lo por cima, no Uchi Mata, o atleta entra com uma perna por dentro das pernas do adversário, fazendo um gancho e derrubando-o.

Uchi Mata Judô
O atleta entra com uma perna por dentro das pernas do adversário, fazendo um gancho (Reprodução)

Morote Seoi Nage

Seoi-nage é uma das técnicas mais usadas no esporte. Na execução do Morote Seoi Nage, o judoca segura na gola com uma mão e na manga com a outra. Assim, o golpe é feito com as duas mãos no quimono do oponente. 

No golpe, o atleta vira de costas para o adversário e gira a mão da gola até que o cotovelo entre por debaixo da axila do adversário. A manga é puxada, e é feita uma entrada entre as pernas, para que o outro judoca seja projetado sobre aquele que aplicou o golpe. 

Morote Seoi Nage
Morote Seoi Nage é feito com as duas mãos no quimono do oponente (Reprodução)

Ippon Seoi Nage

O Ippon Seoi Nage é uma técnica de arremesso à mão. A diferença para o Morote Seoi Nage está no fato de deixar uma das mãos livres, em vez de as duas segurarem o quimono.

O esportista dará as costas para adversário. Enquanto uma mão segura a manga, a outra que estava solta entra por debaixo da axila. Assim, o antebraço é usado para a execução do golpe e a projeção do oponente.

Ippon Seoi Nage
O judoca usa o antebraço por debaixo da axila do adversário (Reprodução)

Tai Otoshi

Neste golpe, o braço é a principal arma a ser usada para desequilibrar o adversário. Para isso, o judoca se vira de costas para o oponente, flexiona as duas pernas semiabertas e puxa o adversário para que ele tropece em sua perna.

Tai Otoshi Judô
O atleta precisa usar força do braço para puxar o adversário (Reprodução)

Sode Tsurikomi Goshi

O Sode Tsurikomi Goshi é um golpe de quadril. Em sua execução, o lutador usa as duas mãos para segurar a manga, e o cotovelo entra por debaixo da axila do adversário. Ao dar as costas e fazer a entrada com o cotovelo por debaixo da axila, o judoca impulsiona o adversário sobre ele, impulsionando sua queda. 

Sode Tsurikomi Goshi
Sode Tsurikomi Goshi é um golpe de judô em que é utilizada a força do quadril (Reprodução)

Tani Otoshi

Tani Otoshi é um contragolpe. Para executá-lo, o atleta finge que fará um golpe na frente do adversário, mas realiza o movimento para trás. Quando o adversário faz a entrada, o judoca contragolpeia com um calço por trás e realiza a queda.

Tani Otoshi
Tani Otoshi é um dos contragolpes usados no judô (Reprodução)

Yoko Tomoe Nagi

O Yoko Tomoe Nagi é um golpe de sacrifício. Ao executá-lo, o judoca coloca as costas no chão para projetar o adversário. A perna do lado em que o atleta segura a manga do adversário entra na altura da barriga do oponente e, lateralmente, o judoca vira para derrubá-lo.

Yoko Tomoe Nagi
Yoko Tomoe Nagi é uma técnica de sacrifício (Reprodução)

Sumi Gaeshi

Assim como o anterior, o Sumi Gaeshi é um golpe de sacrifício. O atleta domina o ombro do adversário, entra por dentro das pernas e faz uma bicicleta para trás. Com essa perna, empurra o oponente para trás para projetar a queda.

Sumi Gaeshi
Sumi Gaeshi é uma técnica de sacrifício usadas no judô (Reprodução)

Ushiro Goshi

Ushiro Goshi é uma técnica de contragolpe. Enquanto o adversário faz a entrada, o judoca abraça a sua cintura, flexiona as pernas e o projeta ele para cima. Na sequência, o atleta se movimenta da frente de seu oponente e o derruba no chão.

Juji Gatame

O Juji Gatame é um golpe clássico do esporte, feito com uma chave de braço. O atleta se posiciona para prender o braço do oponente entre as suas duas pernas e cai para trás, esticando o braço. Dessa forma, o atleta consegue uma hiperextensão do cotovelo.

Juji Gatame
Juji Gatame é uma chave de braço utilizada no judô (Reprodução)

Sankaku Jime

Sankaku Jime é uma técnica de estrangulamento em que o judoca faz um cadeado com as suas pernas envolvendo a cabeça e o pescoço do oponente, até forçar um sufocamento. No jiu-jitsu, este golpe se chama triângulo.

Sankaku Jime
Sankaku Jime é um triângulo feito com as pernas para sufocar o adversário (Reprodução)

Ude Garami

No Ude Garami, o judoca dá uma chave de braço no adversário promovendo uma torção de cotovelo. Com uma das mãos, o atleta segura o punho do oponente contra o chão deixando a palma da mão dele virada para cima.

Com a outra mão, segura seu próprio punho passando o braço por cima do braço comprometido do adversário. A posição é incômoda, forçando o oponente a bater para não quebrar o braço.

Ude Garami
No Ude Garami, judoca torce o cotovelo de seu adversário (Reprodução)

Katagatame

Katagatame é um estrangulamento aplicado com a guarda passada. Para executá-lo, o atleta abraça o pescoço do oponente por trás. Além disso, passa um dos braços de seu adversário por cima do próprio pescoço e pressiona seu peito contra ele, promovendo um estrangulamento.

Katagatame
Katagatame é uma das técnicas de estrangulamento utilizadas no judô (Reprodução)

Yoko Shiho Gatame

No judô, uma das formas de alcançar a vitória é imobilizando o oponente por 20 segundos, o que garante um ippon. Um exemplo disso é o Yoko Shiho Gatame.

Nesse movimento, o judoca posiciona-se lateralmente em relação ao adversário, envolvendo a cabeça deste com um dos braços enquanto com o outro braço segura e levanta suas pernas.

Essa técnica assegura a imobilização completa do adversário, assegurando assim a pontuação máxima.

Yoko Shiho Gatame
Yoko Shiho Gatame é uma técnica de imobilização (Reprodução)

Pontuação dos golpes de Judô

Desde janeiro de 2018, as pontuações do judô estão restritas ao Waza-ari e ao Ippon. Assim como já havia acontecido com o Koka, o Yuko foi extinto. Dessa forma, golpes e imobilizações de 10 segundos que eram creditadas como Yuko passaram a valer como Waza-ari.

O judoca que consegue dois Waza-aris alcança o equivalente ao Ippon e vence a luta. Se a luta terminar empatada, os shidos (as infrações) não servem como critério de desempate. Assim, a luta vai para o Golden Score.

A disputa do Golden Score somente é decidida por punições se um atleta acumular três Shidos (a punição por falta de combatividade ou atitude antidesportiva). Caso um atleta acumule três shidos, acontece um Hansoku-Make e a luta chega ao fim, com o adversário como vencedor.

Pontuação do judô Ippon
Ippon é a pontuação do judô equivalente a um nocaute, terminando a luta (Reprodução)

Waza-arani

No judô, a segunda maior pontuação é chamada Waza-ari. Esse ponto é concedido quando um judoca consegue fazer com que seu adversário caia de lado ou com parte das costas no tatame, ou ainda quando mantém uma imobilização por pelo menos 10 segundos.

O Waza-ari indica uma técnica bem executada, porém que não atingiu o nível de perfeição necessário para obter um Ippon.

Para conquistar um Ippon, a pontuação máxima no judô que garante a vitória imediata, o atleta deve realizar uma técnica que faça com que o adversário caia completamente de costas ou mantenha uma imobilização por pelo menos 20 segundos.

Além disso, é importante destacar que dois Waza-aris acumulados equivalem a um Ippon, ou seja, dois Waza-aris resultam em uma vitória por Ippon.

Ippon

No judô, o Ippon é equivalente a um “nocaute”, simbolizando o golpe perfeito que encerra a luta instantaneamente.

Essa pontuação máxima é alcançada quando o adversário é projetado de forma que caia totalmente de costas no tatame, evidenciando um controle técnico impecável.

Além das projeções, o Ippon também pode ser obtido por imobilizações eficazes, que devem ser mantidas por 25 segundos.

Outra forma de garantir a vitória por Ippon é forçar a submissão do oponente por meio de uma chave de braço, perna ou estrangulamento, demonstrando total domínio da técnica aplicada.

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