A Seleção Brasileira masculina de vôlei teve uma participação abaixo do esperado nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Isso porque a equipe comandada pelo técnico Bernardinho foi eliminada pelos Estados Unidos nas quartas de final.

O treinador retornou à Seleção no final do ano passado, mas, segundo o jornalista Bruno Voloch, seu futuro à frente da equipe está envolto em incertezas, que serão decididas nos próximos meses.

A situação de Bernardinho na Seleção

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) ainda não confirmou a permanência de Bernardinho como técnico da seleção masculina.

Apesar de seu desejo público de continuar colaborando com a gestão atual, a decisão final não está nas mãos da atual administração, conhecida como Gestão Caranguejo.

Ainda segundo Voloch, a eleição prevista para os primeiros meses de 2025 será decisiva para o futuro de Bernardinho na seleção.

Bernardinho no comando da Seleção Brasileira masculina de vôlei (Divulgação/Volleyball World)
Bernardinho no comando da Seleção Brasileira masculina de vôlei (Divulgação/Volleyball World)

Os bastidores políticos

Radamés Lattari, atual presidente da CBV, possui uma dívida de campanha com Bernardinho e está politicamente alinhado com o treinador. Juntos, eles trabalham nos bastidores para garantir sua continuidade.

Enquanto o atual vice-presidente, Gustavo Toroca, não tem influência significativa nesse processo, mesmo que seu falecido pai tenha sido contra Bernardinho.

Voloch também afirmou que a oposição, por outro lado, planeja uma reformulação completa na entidade, incluindo a substituição do técnico.

A disputa fora das quadras

A disputa pelo comando da CBV está acontecendo fora das quadras e deve permanecer assim até janeiro de 2025. Cada lado utiliza suas estratégias para conquistar apoio.

Muitas federações continuam recebendo o apoio financeiro da CBV, o que, em teoria, garante votos na eleição. No entanto, a realidade pode ser diferente da eleição anterior, e o prestígio de Radamés e seus aliados pode não ser mais o mesmo.

Investigações e pressões internas

O Banco do Brasil, principal patrocinador da CBV, acompanha atentamente os desdobramentos e cobra resultados proporcionais aos valores investidos.

A Gestão Caranguejo enfrenta críticas após os Jogos Olímpicos de Paris, com alegações de que “andou para trás”.

Algumas federações que recebem apoio financeiro estão sob investigação, como o caso de Rondônia, que está prestes a se tornar um caso de polícia. Radamés Lattari está sob pressão e encontra-se isolado internamente.

Foco na eleição de 2025

Com a Superliga em segundo plano, o foco após a Olimpíada está voltado para a eleição de 2025. O futuro de Bernardinho e da própria gestão da CBV depende do resultado dessa eleição, que promete ser uma das mais disputadas e decisivas da história recente do vôlei brasileiro.

Para o jornalista Bruno Voloch, o impacto dessa disputa política pode ser significativo para o esporte, influenciando diretamente a preparação e o desempenho das seleções nos próximos anos.

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