Após um desempenho abaixo do esperado por parte de Renan Dal Zotto, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) optou pelo retorno de Bernardinho no final do ano de 2023. O técnico multicampeão tinha como objetivo levar o Brasil de volta ao pódio na Olimpíada de Paris.

No entanto, o Brasil de Bernardinho não se mostrou forte o suficiente para superar os melhores times do mundo e acabou sucumbindo ainda na fase de quartas de final dos Jogos Olímpicos para a equipe dos Estados Unidos.

Bernardinho mudou para se adequar à nova geração de jogadores?

De fato, muitos fãs de vôlei perceberam uma postura diferente por parte do técnico Bernardinho na última Olimpíada. O próprio treinador já comentou sobre o assunto e revelou que precisou se adaptar à nova geração de atletas.

Porém, na opinião do ex-jogador e ex-treinador Ricardo Navajas, essa mudança foi um erro do comandante da Seleção Brasileira. Além disso, Navajas definiu Bernardinho como um técnico igual a qualquer outro, mesmo sendo seu fã.

Não para se adequar. Eu vi o Bernardinho na Olimpíada e ele tentou se adequar, esse não é o Bernardinho. Sou totalmente a favor dele na Seleção Brasileira, nunca falei contra isso, mas aquele Bernardinho, esse que foi para a Olimpíada, é igual a qualquer outro [técnico].

Em seguida, Navajas afirmou que o treinador da Seleção Brasileira precisa ter sua personalidade e ser espontâneo.

Gostem ou não, ele tem que ser ele, como sempre foi. Goste ou não, é daquele jeito. Teve de se adequar, não concordo não. Gosto do trabalho dele na Seleção, acho bom técnico, não vejo problema nenhum, mas ele tem que ser aquele Bernardinho, espontâneo, fala o que tem que falar, cobra quem tem que cobrar e é isso.

Bernardinho comenta sobre se adequar à nova geração

Após a eliminação do Brasil nas Olimpíadas, Bernardinho chegou a falar algumas vezes sobre o novo estilo de liderança necessário para ajudar a nova geração de atletas.

Eu tenho que aprender a lidar com a nova geração, ser melhor para ela. Não é gritando mais ou gritando menos. Tenho que ser eficiente.

Quem também já comentou sobre esse assunto foi Bruninho. O ex-capitão da Seleção Brasileira revelou que conversou com o técnico sobre esse tópico.

Eu entrei em uma geração em que, se errasse, era porrada no peito. Era cobrança o tempo inteiro, se xingando. Enquanto na segunda geração já era um pouco diferente, e faz parte. O mundo e as pessoas mudam. A gente precisa saber lidar com as mudanças.

Eu falei para o meu pai: ‘o jeito que você cobrava os caras antes, não adianta mais não é o que vai dar certo'. E hoje ele fala para mim: ‘Ali você abriu um pouco a minha cabeça, porque eu estava trabalhando nisso também, de como entender essa geração'.

 

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