Continental, Eastern, Semi-Western ou Western? Qual é o seu tipo de empunhadura no tênis?
A empunhadura, ou grip, pode parecer algo sem tanta importância, e os tenistas podem até pensar que o que vale mesmo é bater na bolinha com precisão.
Mas a maneira de pegar no cabo da raquete no momento dos golpes é determinante para ampliar as alternativas de jogo.
Ao longo de uma partida, um único grip não é suficiente para todos os golpes. Variações da empunhadura original são necessárias para aumentar a eficiência nas diversas situações que podem ocorrer em quadra.
Pensando nisso, listamos e explicamos todos os tipos de empunhadura no tênis.
Fique com a gente e entenda quais empunhaduras de raquete combinam mais com o estilo de jogo de cada tenista!
Tipos de empunhadura no tênis
- Continental
- Eastern
- Semi-Western
- Western
- Western Extrema
Além de definir o tipo de raquete ideal para cada tenista, como escolher a empunhadura da raquete de tênis?
Por muitas vezes, os iniciantes no tênis tendem a segurar a raquete da forma como acham que será mais fácil para rebater a bola e colocá-la em quadra. Porém, em médio e longo prazo, isso pode gerar limitações no estilo de jogo e impedir o desenvolvimento do tenista.
À medida em que evoluem e amadurecem, os tenistas sofrem variações em seu estilo de jogo, determinadas por diferentes influências. Dessa forma, é difícil apontar se o estilo precede a empunhadura da raquete de tênis ou se a empunhadura que determinará como o tenista se comporta em quadra.
Fato é que o aprendizado das empunhaduras de raquete influencia diretamente no desenvolvimento de um tenista e no leque de alternativas que terá ao longo de uma partida.
Entre os diferentes tipos de empunhadura no tênis, é possível apontar quais são mais adequados para determinados golpes. Também é possível indicar quais grips combinam mais com um comportamento em quadra e tipo de piso.
Os tenistas profissionais costumam fazer adaptações de empunhadura ao longo de uma partida ou de acordo com a superfície em que o jogo é disputado. A compreensão da variedade de grips é fundamental para aumentar os recursos de um tenista.
No vídeo a seguir, a ex-tenista e comentarista dos canais ESPN Letícia Sobral explica como os tenistas devem segurar a raquete em cada empunhadura.
Entenda, a seguir, quais são as diferenças entre cada tipo de empunhadura.
Empunhadura Continental
A empunhadura ideal do saque, do smash, do voleio e do slice é a Continental.
Essa é empunhadura é considerada a mais neutra. O tenista segura a raquete reta e gera bastante potência, mas não muito top spin.
No saque, a Continental é uma boa empunhadura para qualquer batida na bola, seja saque chapado, com slice ou spin.
Geralmente, essa empunhadura é mais utilizada por tenistas que são voleadores e privilegiam o estilo saque e voleio.
Ao proporcionar golpes mais potentes, é uma alternativa que se adequa aos jogadores mais agressivos no fundo de quadra, com preferências em bater bolas à meia altura e subir à rede.
- Melhor piso: rápido
- Estilo de jogo mais comum: tenistas que privilegiam saque e voleio
- Características dos golpes: planos, potentes e precisos
- Vantagens: facilita a variação de batidas e chapadas e slice. Ajuda no desenvolvimento de ótimo controle de voleio e smashes potentes.
- Desvantagens: golpes menos regulares e dificuldades de bater bolas muito altas ou muito baixas
- Quem usa: Pete Sampras
Você ama outros esportes além do Tênis? Aqui na Esportelândia também falamos sobre:
Empunhadura Eastern
A empunhadura Eastern é a ideal para o backhand de uma mão. Essa também é uma empunhadura boa para forehands potentes, chapados ou com pouco topspin.
O ponto de contato ideal para a empunhadura Eastern está entre a altura da cintura e o ombro. Assim, ela é muito usada por tenistas de quadras rápidas, onde a bola quica mais baixo.
Diante da facilidade de transição para a execução de voleios com a Continental, a Eastern é muito usada no fundo de quadra por voleadores.
Também por ser fácil de usar, a Eastern é muito usada para ensinar iniciantes a sacar, volear e ganhar precisão nos smashes.
- Melhor piso: rápido
- Estilo de jogo mais comum: tenistas agressivos de fundo, que preferem as bolas entre a cintura e o ombro
- Características dos golpes: bolas potentes, geralmente chapadas, e regulares
- Vantagens: facilita a variação de golpes, com topspin e chapados. Por ser próxima da Continental, facilita a troca de empunhadura para voleios e smashes.
- Desvantagens: menos regular que as variações das Western.
- Quem usa: Roger Federer
Empunhadura Semi-Western
A empunhadura Semi-Western é a mais utilizada no circuito profissional de tênis, principalmente por tenistas que gostam de trocas de bola do fundo de quadra.
Essa empunhadura proporciona golpes com muita potência e topspin, além de possibilitar excelente controle e regularidade.
A empunhadura Semi-Western é a mais usada no forehand.
No backhand de duas mãos, a empunhadura semi-western é usada com a mão de cima, enquanto a mão debaixo utiliza a empunhadura continental.
- Melhor piso: rápido e saibro
- Estilo de jogo: regular e agressivo no fundo de quadra, com variações de golpes com topspin e chapados
- Características dos golpes: golpes de fundo com peso e efeito
- Vantagens: proporciona versatilidade, permitindo bater bem as bolas tanto na linha de cintura quanto na linha dos ombros
- Desvantagens: o ponto de contato difere muito do ponto de contato dos voleios
- Quem usa: Andy Roddick
Empunhadura Western
A empunhadura Western é muito utilizada por tenistas especialistas no saibro, já que proporciona golpes mais eficientes em bolas altas, na altura dos ombros. Ela também oferece muito topspin no forehand.
A Western tem o ponto de contato à frente do corpo, o que a torna uma boa empunhadura para devolução de saques. Além disso, proporciona boa angulação.
- Melhor piso: rápido e saibro
- Estilo de jogo: tenistas regulares e agressivos de fundo, que preferem bolas na altura dos ombros
- Características dos golpes: com bastante topspin, o que permite ótima aceleração e ângulos
- Vantagens: produz golpes que podem ser muito regulares e velozes, seguros e com boa angulação
- Desvantagens: dificuldade para golpear bolas baixas. Seu ponto de contato difere muito do ponto de contato para voleios
- Quem usa: Rafael Nadal
Vá além do Tênis! Confira também outros conteúdos da Esportelândia:
- Camisas da NFL: os uniformes das 32 franquias e modelos retrô
- Tudo sobre o saque no vôlei: as regras e os diferentes tipos
- Tipos de bola de basquete: saiba como escolher a melhor
- Melhores sites para assistir futebol: onde ver jogos online
- Tudo sobre MMA e UFC: história, regras e grandes lutadores
- Regras do Handebol: Guia completo [com imagens e vídeo]
Empunhadura Western Extrema
A empunhadura Western Extrema permite golpes acima da linha dos ombros. Em contrapartida, dificulta rebater bolas baixas e rasantes.
Tenistas que utilizam essa empunhadura conseguem muito topspin e tendem a ser bastante regulares.
Uma desvantagem está na distância entre esse grip e o Continental, ideal para volear. Assim, a Western Extrema oferece dificuldade para voleios e smashes.
- Melhor piso: saibro
- Estilo de jogo: tenistas regulares
- Características dos golpes: com muito topspin
- Vantagens: facilidade para golpes acima da linha dos ombros
- Desvantagens: dificuldade para golpear bolas baixas e rasantes. Seu ponto de contato difere muito do ponto de contato para voleios e smashes
- Quem usa: Novak Djokovic
Entre os diferentes tipos de empunhadura no tênis, Continental e Eastern são mais indicadas para forehand mais chapado e potente, enquanto Semi-western e Western proporcionam forehand com mais topspin.
Ao longo de um jogo e dependendo do piso, as variações de empunhaduras podem proporcionar mais alternativas e recursos para o tenista.
Agora que você já sabe tudo sobre os tipos de empunhadura no tênis, aproveite para ampliar seus conhecimentos com outros conteúdos:
- Como escolher entre os diferentes tipos de bola de tênis
- Encordoamento de raquete: os tipos de corda e a tensão ideal
- Tipos de raquete de tênis: o mais indicado para cada jogador
- Melhor tenista de todos os tempos: Análise de 32 atletas!
Gustavo Andrade é jornalista, com MBAs em Comunicação e Marketing Digital e Gestão de Negócios. Foi repórter do UOL Esporte e do Superesportes, portal dos Diários Associados. Cobriu a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Fanático por esportes, acredita que informação é fundamental até para um bom debate de boteco!