Roger Federer atribui a Rafael Nadal o mérito de tê-lo feito sentir-se humano novamente após ‘criar um monstro'. O lendário jogador suíço recentemente explicou como uma de suas derrotas para Nadal o fez redescobrir sua humanidade e marcou o início do que ele chamou de “Federer 2.0”.
O antigo monstro Roger Federer
Um dos momentos mais marcantes entre eles foi a final de Wimbledon de 2008, um confronto que permanece na memória dos fãs como um dos melhores de todos os tempos. Foi a primeira vez que o espanhol conquistou o título no All England Club, encerrando o reinado de cinco anos de Roger Federer. E essa partida se tornou um marco significativo para Roger Federer.
O detentor de 20 Grand Slams explicou como essa derrota o ajudou a recuperar sua humanidade após anos de domínio. Roger Federer admitiu ter “criado um monstro” nos anos 2000, surpreendendo as pessoas sempre que perdia, mesmo que fosse apenas um set. No entanto, ele conseguiu iniciar um novo capítulo em sua carreira ao perceber o quão especial foi aquela final de Wimbledon, independentemente do resultado.
Eu não estava realmente ciente disso, acho que até 2008. Ou talvez tenha sido um momento em que, acho que em 2005, quando perdi para [Marat] Safin no Aberto da Austrália, eu disse: ‘Criei um monstro.' Quando perco um set, as pessoas ficam tipo, ‘Oh, meu Deus, Roger perdeu um set.’ – disse Federer à GQ.
Ver essa foto no Instagram
Você ama esportes? Confira alguns que o Esportelândia cobre:
O momento que Roger Federer se tornou humano para o tênis mundial
Roger Federer ficou confuso quando as derrotas passaram a ser uma surpresa, especialmente quando perdeu para “um jogador incrível”. Mas foi após sua derrota para Nadal que ele percebeu que os fãs apreciavam sua vulnerabilidade na derrota.
Então acho que em 2008, quando perdi para o Rafa, foi, quero dizer, um momento muito particular porque, obviamente, eu estava arrasado depois de perder aquela partida. Mas então eu chegaria aos Estados Unidos um mês depois e as pessoas ainda estavam falando sobre isso, tipo, ‘Oh, meu Deus, aquela partida de Wimbledon.’
Eu estava tipo, ‘Sim, quero dizer, foi boa.’ ‘Não, não, aquilo foi especial e p***. Então você perdeu. Mas meu Deus, eu quero dizer, ver o lado humano sair de você e nós te vimos ganhar tanto. Então ver você do lado perdedor parecia realmente diferente e especial.’
Quando os comentários sobre a final se mostraram incessantes, Federer finalmente teve uma espécie de epifania.
E então continuou por dias e dias até que percebi que criamos algo especial naquele momento. E também talvez tenha sido o ‘Federer 2.0 entrou no prédio' tipo de coisa que, ok, agora este foi o que realmente perde também algumas, e é assim que ele é. Isso pode acontecer e faz parte da vida.
E acho que o lado mais humano começou a surgir provavelmente porque, quando você perde, as pessoas podem se relacionar um pouco mais porque todos nós perdemos na vida, e antes disso eu estava ganhando por tanto tempo.
Que tal se aprofundar no mundo esportivo e ir além? Confira aqui no Esportelândia:
- Miami Open: Quem são os maiores campeões?
- Garfado? Gabriel Medina quebra prancha mágica e termina eliminado nas semifinais
- Piloto da Ferrari, Oliver Bearman conta como reprovou na habilitação: “Constrangedor!”
- Deryk Ramos – História, títulos, estatísticas e recordes
- Lenda do UFC que salvou os pais de incêndio acorda do coma e manda recado: “Não consigo acreditar que…”
- Nas Olimpíadas! Japão terá surfista australiano com a terceira vaga no ISA Games
Repórter no Esportelândia. Licenciado em Literatura Inglesa. Jornalista com passagens por Quinto Quarto, Blog de Escalada, Minha Torcida, Futebol Interior e Techpost. Está no Esportelândia desde 2022.
