O surfe no Brasil nunca esteve tão popular. Com ícones como Gabriel Medina, Filipe Toledo e Italo Ferreira, o esporte aquático se tornou uma grande força no país. Por isso, decidimos apresentar os melhores surfistas brasileiros da atualidade!
A seguir, você entenderá o significado da expressão “Brazilian Storm”, conhecerá os principais atletas em atividade (tanto homens quanto mulheres) e descobrirá porque o Brasil se destacou tanto nessa modalidade.
Brasileiros da atualidade na elite do Surf mundial
- Gabriel Medina
- Italo Ferreira
- Tatiana Weston-Webb
- Filipe Toledo
- Caio Ibelli
- Yago Dora
- Miguel Pupo
- Samuel Pupo
- João Chianca
- Deivid Silva
- Luana Silva
Gabriel Medina
Gabriel Medina é indiscutivelmente o surfista brasileiro mais completo da atualidade. Natural de São Sebastião, São Paulo, ele é tricampeão mundial (2014, 2018 e 2021) e frequentemente figura entre os três melhores da Liga Mundial de Surfe, solidificando sua posição na história do esporte.
Após suas vitórias em 2014 e 2018, Medina perseguiu o sonho de infância de se tornar tricampeão mundial. Em 2019, chegou perto, mas perdeu o título para Italo Ferreira em um dos eventos mais memoráveis da modalidade em Pipeline.
Quando o Tour retornou em 2021, Medina estava mais focado do que nunca. Ele teve uma temporada quase perfeita, dominando as competições e vencendo Filipe Toledo na primeira WSL Finals da história, garantindo assim seu terceiro título mundial.
Em 2022, Medina tirou um tempo para si mesmo e para tratar uma lesão, competindo em poucas etapas durante essa temporada.
Medina começou a competir profissionalmente aos 17 anos e, aos 20, já conquistava seu primeiro título mundial. Além de seus títulos, ele foi o primeiro surfista a executar a manobra “backflip” em uma etapa do circuito.
Recentemente, Medina conquistou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris 2024, após ser derrotado na semifinal pelo australiano Jack Robinson, que posteriormente foi derrotado na final.
Gabriel ainda não venceu nenhuma etapa da WSL na temporada atual. Brigando para chegar na fase final do torneio, Medina na volta da Olimpíada pode surpreender e se juntar a Italo na corrida por mais um título mundial.
Italo Ferreira
Italo Ferreira também integra o seleto grupo de surfistas brasileiros no circuito mundial. Em 2018, ele encerrou a temporada em quarto lugar. No ano seguinte, assumiu a liderança do ranking faltando apenas um evento para o fim do calendário.
O surfista de Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, eliminou o lendário norte-americano Kelly Slater nas semifinais e superou o compatriota Gabriel Medina na última bateria, tornando-se o terceiro brasileiro campeão mundial da história.
Em 2021, Italo Ferreira fez história ao vencer Kanoa Igarashi na grande final das Olimpíadas de Tóquio, tornando-se o primeiro medalhista olímpico da modalidade.
Nos anos seguintes, Italo tem enfrentado resultados irregulares e dificuldades em vencer etapas. Mesmo assim, o “Brabo” terminou em segundo lugar na temporada de 2022 após uma campanha impressionante na WSL Finals, sendo superado apenas por Filipe Toledo.
Italo tem sido o melhor brasileiro na World Surf League nesta temporada. Vencedor de duas etapas em 2024, incluindo a de Saquarema, no Rio de Janeiro, o surfista melhorou seu desempenho do ano passado para este, e aparece como o favorito para chegar nas finais.
Tatiana Weston-Webb
Tatiana Weston-Webb é filha de uma brasileira, mas nunca viveu no Brasil. Criada na ilha de Kauai, no Havaí, ela optou por representar o país sul-americano em 2018.
Em 2021, Tati teve um ano excepcional, terminando em segundo lugar no mundial, perdendo o título para Carissa Moore. Em 2023, ela terminou na quarta colocação e busca melhorar sua posição em 2024.
A surfista ficou com a medalha de prata ,nos Jogos Olímpicos, terminando como a brasileira mais bem sucedida na competição – Medina terminou com o bronze no masculino.
Filipe Toledo
Filipe Toledo, também conhecido como Filipinho, é outro membro da Brazilian Storm no clube dos campeões mundiais. Embora tenha enfrentado inconsistências durante algumas temporadas, ele chegou perto do título em 2021, quando enfrentou Gabriel Medina na WSL Finals e foi derrotado pelo amigo e rival.
Em 2022, Filipe voltou ainda mais forte e confiante. O surfista de Ubatuba dominou o Tour nessa temporada e chegou à WSL Finals como o grande favorito. Em mais uma final brasileira, Toledo enfrentou Italo Ferreira e conseguiu vencer o potiguar, conquistando assim seu primeiro título mundial.
O paulista de Ubatuba começou a competir profissionalmente aos 17 anos, marcando sua entrada na World Surf League. Desde então, ele tem se destacado nas principais competições da entidade, sempre lutando pelas primeiras posições. Na Olimpíada, foi derrotado por Reo Inaba.
Caio Ibelli
Caio Ibelli foi o quarto melhor brasileiro da WSL em 2019. Ele ficou apenas atrás de Italo Ferreira (1º), Gabriel Medina (2º) e Filipe Toledo (4º), terminando o Campeonato Mundial na 17ª colocação e garantindo vaga direta para 2020.
Natural do Guarujá, o surfista paulista está no circuito desde 2015. Suas melhores colocações individuais incluem semifinais em Pipeline, Sunset, e uma final em Bells Beach em 2017. Em 2021, Caio acabou perdendo sua vaga na elite do surfe.
No entanto, com a ausência de Gabriel Medina em 2022, Ibelli teve mais uma chance, e dessa vez ele não desperdiçou a oportunidade. O surfista do Guarujá teve um excelente início de ano, superando o corte e recuperando seu espaço entre os melhores do mundo.
Em 2024, no entanto, não conseguiu passar do corte, terminando a temporada na 24ª posição do ranking. Assim, como vários surfistas da lista, Caio está na 2ª divisão da WSL, o Challenger Series.
Yago Dora
Yago Dora é um dos surfistas brasileiros mais promissores da WSL, reconhecido por seu estilo progressivo e moderno. Em 2019, ele terminou a temporada na 22ª colocação geral e terá nova chance de disputar o Campeonato Mundial entre os melhores do esporte.
Dora fez sua estreia no circuito de acesso em 2017, quando alcançou sua melhor colocação em eventos individuais: terceiro lugar no Wildcard Oi Rio Pro.
Nos anos seguintes, Yago enfrentou resultados inconsistentes, mas conseguiu se manter na elite do surfe. Na atual temporada, Dora superou o corte do meio da temporada, garantindo sua permanência entre os melhores.
Miguel Pupo
Miguel Pupo é um dos membros mais veteranos da Brazilian Storm no Tour, com mais de 10 temporadas na elite mundial.
Ao longo desses anos, Miguel enfrentou resultados irregulares. No entanto, ele amadureceu e melhorou constantemente, alcançando seu melhor ano em 2022, quando venceu sua primeira etapa em Teahupo’o e terminou a temporada como o sexto melhor surfista do mundo.
Miguel em 2024 não está na elite do surfe na WSL. O brasileiro ficou abaixo da zona de corte que acontece toda temporada, e agora disputa a Challenger Series.
Samuel Pupo
Samuel Pupo entrou na elite em 2022, seguindo os passos de seu irmão mais velho, Miguel Pupo. Logo em sua primeira temporada, Samuel fez um ano consistente e conseguiu passar do corte, sendo eleito o calouro do ano pela WSL.
Em 2023, Samuel continuou a obter bons resultados, frequentemente virando baterias de forma emocionante. No entanto, em 2024, tanto ele quanto seu irmão ficaram abaixo do corte, encerrando a temporada fora da elite.
João Chianca
João Chianca entrou no Tour em 2022 e rapidamente se destacou. O jovem de Saquarema fez grandes baterias, mas teve azar nos chaveamentos, frequentemente enfrentando adversários favoritos. Dessa forma, Chumbinho acabou derrotado em algumas ocasiões com resultados discutíveis e caiu no corte.
Em 2023, Chianca voltou com tudo. Ele alcançou duas semifinais nas primeiras etapas do ano e, em seguida, venceu o evento em Portugal, conquistando seu primeiro título na elite do surfe.
João Chianca chegou nas quartas de final da Olimpíada, mas foi derrotado por Gabriel Medina. Em 2024, só competiu em duas etapas da WSL.
Deivid Silva
Com 29 anos, Deivid Silva não participou da elite da WSL em 2023. Em sua volta na atual temporada, o paulista terminou em 33ª posição no ranking, não conseguindo escapar do corte.
Embora tenha competido entre os melhores do surfe por anos, sua melhor posição no ranking da WSL foi em 2021, quando alcançou a 14ª colocação.
Luana Silva
Nascida no Havaí, Luana Silva optou por competir pelo Brasil, apesar de ter a nacionalidade americana. Seus pais, Fábio Silva e Tatiana Coelho, são brasileiros.
Com apenas 20 anos, Luana terminou a temporada da WSL em 12ª posição, sua melhor colocação na carreira, mas acabou ficando abaixo do corte. Além disso, foi uma das representantes do Brasil.
A brasileira atualmente está na 2ª divisão da World Surf League, a Challenger Series.
O que é a Brazilian Storm?
O termo “Brazilian Storm” foi criado pela imprensa norte-americana especializada em surfe para descrever a nova geração de surfistas brasileiros que surgiu no início dos anos 2010.
A expressão ganhou força quando Gabriel Medina, Adriano de Souza e Italo Ferreira conquistaram títulos mundiais, e outras promessas do país começaram a se destacar na elite da WSL. Em português, “Brazilian Storm” significa “Tempestade Brasileira”.
Quem é o melhor surfista brasileiro?
O melhor surfista brasileiro da história e da atualidade é, sem dúvida, Gabriel Medina. Ele colocou o Brasil no mapa dos esportes aquáticos e já é considerado uma lenda!
Em 2014, Medina se tornou o primeiro brasileiro a conquistar um título do Circuito Mundial. Em 2018, ele se tornou bicampeão da WSL, superando os melhores atletas do torneio. Em 2021, voltou ao topo do pódio, garantindo seu tricampeonato.
Mas não para por aí! Desde seu primeiro troféu, o paulista tem terminado todas as temporadas entre os melhores do ranking geral. Em 2015 e 2016, alcançou a terceira posição; em 2017 e 2019, ficou com o vice-campeonato. Em 2022, enfrentou lesões e não conseguiu competir em muitas etapas.
Melhores surfistas brasileiros de ondas gigantes
- Carlos Burle
- Maya Gabeira
- Lucas Chumbo
- Rodrigo Koxa
Carlos Burle
Carlos Burle é, sem dúvida, o maior big rider brasileiro da história. Embora esteja aposentado dos mares, ele trilhou um caminho bem-sucedido enquanto esteve ativo profissionalmente, incluindo dois campeonatos mundiais de ondas grandes no currículo!
Além de seus títulos, recordes e premiações, Burle foi um ativista notável. Junto com alguns colegas, ele ajudou a fundar a modalidade tow-in. Hoje, ele se concentra em lapidar novas promessas do surfe e em sua produtora audiovisual.
Maya Gabeira
Maya Gabeira é outra big rider brasileira de destaque. Para começar, ela é responsável pela maior onda já surfada por uma mulher na história do esporte: 20,7 metros de altura, alcançada na icônica praia de Nazaré, em Portugal.
Foi também em Nazaré que Maya sofreu um acidente grave e precisou ser resgatada. Ela se mudou para o Havaí aos 17 anos e começou a ser treinada por Carlos Burle na arte das ondas gigantes. Hoje, Maya é uma referência mundial na modalidade.
Lucas Chumbo
Rodrigo Koxa
Rodrigo Koxa detém o recorde de maior onda já surfada na história da WSL, com impressionantes 24,38 metros de altura. O feito, realizado em 2017 na praia de Nazaré, em Portugal, entrou para o Guinness Book – o Livro dos Recordes.
Koxa é um dos big riders brasileiros mais talentosos em atividade. Natural de Guarujá, São Paulo, ele foi treinado pelo lendário surfista Garrett McNamara.
Agora que você sabe tudo sobre os surfistas brasileiros, que tal dar uma olhadinha em outros textos da Esportelândia? Se liga:
- Robert Scheidt: biografia e medalhas do velejador brasileiro
- Melhor zagueiro do mundo: Top 10 da história e da atualidade
- Melhor lateral-direito do mundo: Top 10 da história e atual
- Maiores salários da NBA: veja os 20 jogadores mais bem pagos
- As 14 camisas de times europeus mais bonitas da Puma
Editor no Esportelândia. Criador e administrador da página Surf News Brasil, uma das maiores referências de informação sobre Surf no Brasil. Passagens por PL Brasil e Quinto Quarto. Está no Esportelândia desde 2022.