Os Jogos da Juventude de 2024 estão acontecendo e só terminam no dia 28. Com várias histórias de jovens atletas, uma chamou atenção. Sebastián Andrés é um refugiado venezuelano e vem se destacando no torneio nacional.
Com só 16 anos, o atleta joga basquete e vem de uma família com uma história de vida de luta. Veio para o Brasil em 2019 e, com o esporte, ganhou bolsa em escola privada de Roraima.
Refugiado participa dos Jogos da Juventude
Contando a sua história para o site oficial dos Jogos da Juventude, Sebastián Andrés não esconde como foi a sua vida e a de sua família. O jovem atleta revelou que chegavam a passar fome na Venezuela, antes de viajar para Roraima:
Somos uma família de refugiados. A gente tinha muitas necessidades na Venezuela, tinha muita dificuldade de comprar comida e, às vezes, passava fome. Meu pai veio antes para o Brasil e chegou a morar na rua com dois irmãos dele, em Boa Vista, até conseguir um emprego de soldador. Com o tempo, ele foi melhorando de condição, conseguiu alugar uma casinha e, em 2019, nos trouxe da Venezuela: minha mãe, eu e meu irmão. Eu viajar para os Jogos da Juventude encheu os meus pais de orgulho.
Desde 2017, um grande número de venezuelanos passaram a se refugiar no Brasil. Segundo o Governo Federal, são cerca de 600 mil pessoas que vieram para o país. O Roraima é um dos estados com mais refugiados e Sebastián comentou sobre que ainda vê muitos em situação de rua:
Vejo muito venezuelanos que estão morando na rua em Boa Vista. Mas espero que eles também consigam melhorar de vida, aqui no Brasil, porque a economia na Venezuela está muito ruim e não dá pra voltar a viver lá agora.
Sebastián foi essencial para a equipe de Roraima
Com muito talento, Sebastián foi um dos principais jogadores de Roraima durante os Jogos da Juventude. O time chegou na final da terceira divisão, conseguindo subir para a segunda. Contra o Pará, acabou sendo vice.
O esporte tem sido importante na vida do jovem. Ganhando uma bolsa por conta de seu talento, estuda em uma escola privada:
Eu comecei a jogar basquete, com 14 anos, depois de um amigo do meu pai falar que eu tinha altura e a chance de um futuro no esporte. Como eu já era mais alto que os meninos da minha idade, me indicaram para jogar em um projeto social. Fui bem, me chamaram para o Instituto Batista com uma bolsa de estudo e deixei a escola pública.
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