Atual campeã olímpica, Ana Marcela Cunha é uma das principais nadadoras em águas abertas do mundo e questionou a organização dos Jogos de Paris.

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Primeiramente, a brasileira relembrou a fala do comitê organizador, que afirmou não existir um plano B para a disputa das provas que serão realizadas no rio Sena, que sofre com má qualidade na água.

Ana Marcela Cunha espera um plano B dos organizadores das Olimpíadas

Ana Marcela Cunha
Icon Sport

Um dos grandes legados do presidente francês Emmanuel Macron para as Olimpíadas é um planejamento de tratamento da água do Rio Sena. O chefe de estado ainda prometeu dar um mergulho no rio.

No entanto, os testes de qualidade da água até o momento não chegaram perto dos níveis esperados e algumas análises apontam bactérias indicativas de contaminação fecal.

Com essa preocupação em mente e pensando também nos companheiros de profissão, a nadadora de águas abertas Ana Marcela Cunha se manifestou em entrevista à AFP:

É uma preocupação. Não houve nenhum evento-teste no ano passado por causa disso (qualidade da água), mas (os organizadores) insistem em querer que os eventos aconteçam lá. Precisamos de um plano B caso não seja possível nadar no Sena”, afirmou a brasileira.

O desejo da organização é ver as provas no Rio Sena, passando por pontos históricos de Paris. Porém, Ana Marcela afirma que isso não pode ser o principal motivo e é preciso pensar nos atletas:

O Sena não foi feito para nadar. Não se trata de apagar a história do rio. Sabemos o que representam a Ponte Alexandre III e a Torre Eiffel, mas penso que a saúde dos atletas deve estar em primeiro lugar.

Os organizadores devem aceitar que talvez, infelizmente, não seja possível realizar os eventos onde desejam”, comentou Ana Marcela Cunha.

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