Matheus Menegate chamou a atenção ao conquistar sua vaga para o Mr. Olympia, a competição mais prestigiada do fisiculturismo mundial, realizada em Las Vegas.
Com a 9ª colocação na categoria Classic Physique, ele já se consolidou como um dos maiores talentos do Brasil.
No entanto, Menegate surpreendeu ao abrir mão de participar do Mr. Olympia Brasil e revelou, em entrevista, os desafios psicológicos que enfrentou durante o caminho para seu primeiro Olympia.
Trajetória profissional de Matheus Menegate e conquistas
Em pouco tempo na elite do fisiculturismo, Matheus Menegate alcançou marcos expressivos.
A vaga para o Mr. Olympia foi garantida com a vitória no MuscleWorld Pro 2024, e sua performance também foi reconhecida no Texas Pro 2024, onde terminou em 2º lugar.
Atletas de renome, como Ramon Dino, elogiaram Menegate, consolidando-o como um dos principais nomes brasileiros na modalidade.
Embora sua ascensão tenha sido meteórica, Matheus Menegate optou por não competir no Mr. Olympia Brasil, decisão que levantou questões entre os fãs.
No podcast Monster Cast, ele compartilhou como a pressão e as expectativas criadas ao redor de seu desempenho impactaram sua saúde mental.
A pressão do caminho até Las Vegas
Para Matheus Menegate, o período que antecedeu o Mr. Olympia foi marcado por uma crescente pressão psicológica.
Ele explicou que, após garantir a vaga no MuscleWorld Pro, precisou enfrentar sete semanas intensas de preparação.
Acho que eu coloquei muita pressão em mim mesmo, que eu tinha que ir muito bem no Olympia. As pessoas começaram a criar muita expectativa também, do meu primeiro Olympia e tudo.
A rotina de treinamentos e ciclos exigentes pesou não só fisicamente, mas também mentalmente. O atleta destacou que a saúde psicológica se tornou um dos maiores desafios de sua jornada.
Comecei a precisar de ajuda de terapia mesmo. Pra poder lidar melhor com essa preparação pro Olympia.
Ansiedade e mudanças na vida pessoal
Matheus Menegate também compartilhou o impacto da ansiedade nas semanas que se seguiram à classificação.
Eu fiquei numa ansiedade tão grande que não conseguia dormir direito. Eu ficava pensando em tudo que tinha que fazer: ‘Tenho que ouvir essa proposta, tem essa proposta aqui também, não sei o que eu faço’.
Ele descreveu que a nova realidade exigiu uma adaptação rápida, já que nunca havia imaginado chegar a esse nível no fisiculturismo.
Com a mente sobrecarregada, o atleta decidiu priorizar a saúde mental e a organização pessoal:
Eu preciso reorganizar tudo que aconteceu esse ano pra focar e estar com uma cabeça boa pro próximo Olympia.
Equilíbrio entre performance e vida pessoal
Durante a entrevista, Menegate ressaltou a importância de preservar a saúde mental e física, mesmo em meio às exigências da carreira esportiva.
Segundo ele, sua escolha de não competir no Mr. Olympia Brasil foi baseada na necessidade de preservar áreas fundamentais de sua vida.
Jamais ia me sacrificar, por exemplo. Uma semana a mais, mas de repente eu prejudico meu relacionamento por causa disso, prejudico minha saúde mental ou até mesmo saúde física.
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Repórter no Esportelândia. Formada em Letras pela UFRJ e Jornalismo pela FACHA. Passou por Vavel Brasil, Esporte News Mundo, Futebol na Veia e PL Brasil. Está no Esportelândia desde 2021.