Com quase 200 Grandes Prêmios disputados na Fórmula 1, Carlos Sainz já venceu duas corridas em sua carreira. Aos 29 anos, o piloto da Ferrari ganhou o GP de Singapura nesta temporada de forma excepcional.
Com um domínio avassalador da Red Bull em 2023, o espanhol também conseguiu segurar as Mercedes de George Russel e Lewis Hamilton, além da McLaren de Lando Norris, para liderar de ponta a ponta.
Em meio a esse cenário, o lugar mais alto no pódio foi ainda mais especial. Isso porque a estratégia arriscada de Sainz naquela corrida o fez ser chamado de gênio.
A estratégia genial de Carlos Sainz no GP de Singapura de F1
Tudo começou perto da bandeirada, quando o piloto da Ferrari estava sendo perseguido de perto pelo trio citado anteriormente. Como a diferença entre os carros era de menos de um segundo, um verdadeiro “trem de asa aberta” seguiu o líder.
Só que isso foi planejado por Carlos Sainz. O espanhol conversou com seu engenheiro de corrida durante a prova confirmando que queria manter Norris com possibilidade de DRS para que ele também tivesse potência para manter as Mercedes longe de si.
Não à toa, a batalha entre os três acabou ganhando um drama a mais na volta final. Na curva 7, Russel acabou forçando demais e passou reto, batendo seu carro no muro. Hamilton então acabou fechando o pódio.
A exibição de gala do espanhol da Ferrari e sua inteligência foram exaltadas por Max Wilson, comentarista de F1 pela TV Bandeirantes. O ex-piloto fez questão de elogiar a estratégia de Sainz no GP de Singapura:
“Gênio, frio, calculista e inédito. Eu nunca vi uma estratégia dessa na Fórmual 1. Nas voltas 58 a 62, o engenheiro do Sainz fala o seguinta: ‘o Lando Norris está a oito décimos de você e pode abrir asa móvel'. O que o engenheiro quis dizer nesse momento era ‘tenta abrir mais de um segundo, porque ele não vai abrir o DRS e a chance de ultrapassagem diminui”.
“Carlos Sainz manda o seguinte recado de volta: ‘eu sei, estou fazendo isso de propósito'. Você manter um carro a menos de um segundo é um risco muito grande mesmo num circuito de rua. Se comete um pequeno erro, ele pode (te) superar”.
“Com a abertura da asa móvel da McLaren, dificultou para o Gerge Russl ultrapassar o Norris. Sainz estava olhando dois carros para trás e pensando: ‘para me proteger (da Mercedes), é melhor eu manter (a McLaren) perto de mim”.
Jornalista formado pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp Bauru. Com passagens por Antenados no Futebol, Bolavip Brasil e Minha Torcida. Apaixonado por automobilismo, sobretudo Fórmula 1.