Anderson Silva revelou os bastidores de sua relação com Dana White, presidente do UFC, em uma entrevista ao Podcast Flow.

Durante os anos em que foi campeão dos médios, Anderson se tornou um dos maiores nomes da história da organização, mas a relação com o chefão do UFC nem sempre foi tranquila.

O ex-campeão expôs uma conversa direta com Dana White, na qual ele refutou a tentativa do presidente de ditar as regras sobre sua performance dentro do octógono.

Para Anderson, o controle sobre sua carreira e os detalhes das lutas deveria ser dele, e não de White, deixando claro que, dentro do octógono, ele era quem tinha o comando.

O embate de Anderson Silva com Dana White

Em um dos momentos mais intensos da entrevista, Anderson Silva compartilhou uma conversa crucial com Dana White. O presidente do UFC, ao tentar controlar como o lutador deveria se comportar em suas lutas, disse a Anderson:

Dana White: “Faz o teu negócio aí que é ganhar luta, que o meu negócio é vender luta”.

Anderson Silva: “Não, espera aí, cara, a escravidão acabou há muito tempo, mano, quem manda nessa porr* aqui sou eu. Quem sobe lá (no octógono) sou eu”.

A frase foi clara: ele não aceitaria ser tratado como uma peça descartável no UFC, principalmente sendo uma das maiores estrelas da organização.

Anderson Silva viu de perto a frustração que muitos lutadores sentem ao serem vistos apenas como instrumentos de lucro dentro do UFC.

Enquanto Dana White, como presidente da organização, foca no aspecto comercial e na venda das lutas, Anderson Silva sempre procurou ser mais do que isso.

Para ele, sua atuação dentro do octógono era seu trabalho, e a maneira como ele se apresentava ao público era uma escolha pessoal, não algo a ser imposto por seu empregador.

A realidade de ser descartado no UFC

O ex-campeão também abordou a dura realidade de ser descartado pelo UFC a qualquer momento, independentemente de seu histórico de conquistas. Segundo Anderson:

Arena cheia, gritando teu nome, te ovacionando e te amando… você tem que fazer teu trampo lá dentro. Tem que entrar lá e não deixar dúvida. Só que se você subir lá e der ruim, o cara tem a opção de te descartar com qualquer coisa, como nada.

Esse tipo de abordagem reflete a dureza do UFC, onde até mesmo os maiores campeões podem ser descartados.

Isso aconteceu com outros atletas, como a brasileira Cris Cyborg e o camaronês Francis Ngannou, que, apesar de seus feitos no octógono, não tiveram a mesma sorte na organização, sendo dispensados após momentos de tensão com a liderança do UFC.