Em um país amplamente reconhecido pelo futebol, encontrar jovens que ao invés de querer ser jogador de futebol, decidiram se tornar ginastas, escolheram as quadras em vez dos gramados, preferindo realizar piruetas em vez de dribles é algo surpreendente.
Incontestavelmente, esses brasileiros demonstram coragem ao remar contra a maré e buscando o reconhecimento de uma modalidade esportiva desprovida do mesmo apoio financeiro que a paixão nacional tem.
No decorrer do tempo com muito empenho dos apaixonados pela ginástica, o Brasil foi realizando um trabalho de formiguinha. E atualmente, existem atletas conhecidos e valorizados pelo grande público.
Os 10 melhores ginastas brasileiros
Seria um grande erro não citarmos a percursora da ginástica no país, Cláudia Magalhães, a primeira atleta a disputar as olimpíadas de Moscou, em 1980.
Em seguida, tivemos outra grande representante, Luísa Parente, que participou de duas olimpíadas seguidas e que escreveu seu nome na história do esporte, quando ganhou duas medalhas de ouro nos jogos Pan-Americanos de Havana, em Cuba, em 1991. Feito que se estendeu por 22 anos de invencibilidade.
Uma pequena que se tornou gigante aos olhos dos brasileiros e que dispensa comentários, Daiane dos Santos. Um dos nomes consagrados da ginástica no século XXI, sua importância foi tamanha, tanto que o movimento conhecido como duplo twist carpado, ganhou seu nome Dos Santos I, devido a perfeição durante a execução. A atleta foi a primeira a receber uma medalha de ouro no solo, no Mundial de 2003, em Anaheim.
Duplo twist carpado, ou melhor dizendo: DOS SANTOS I.
No vídeo: momento em que Daiane dos Santos realizou esse movimento pela primeira vez na história, em 2003, no mundial em que ela acabou conquistando o primeiro ouro da história da ginástica brasileira. pic.twitter.com/ybOmyPsFvy
— Seu Esporte (@SeuEsporteBR) January 31, 2023
A primeira medalhista em um Mundial, no Campeonato de Gante 2001, Daniele Hypólito, ganhou a medalha de prata no solo e se tornou uma inspiração para vários jovens. Por conta do feito de ser a primeira brasileira a chegar ao pódio dentre todas modalidades.
Jade Barbosa chamou atenção ao se tornar a primeira brasileira a conquistar mais de uma medalha em Campeonatos Mundiais e logo ganhou a torcida de todos. Jade também marcou por se tornar a primeira medalhista fora do solo.
Mesmo sem medalhas, Lais Souza marcou a ginástica brasileira. Ela participou de duas olimpíadas, em Atenas 2004 e Pequim 2008, e conquistou posições inéditas para o país que foram o 8° e o 9° lugar. Entretanto, deixou de ser ginasta e iniciou em outra moda lidade em 2014.
Não tem como falar de ginástica artística sem lembrar de Rebeca Andrade, a brasileira vem se destacando a cada competição e levando a modalidade brasileira a outro patamar. A guarulhense vem fazendo história nos mundiais e no ano passado, conquistou o ouro no individual geral, em Liverpool, algo inédito para o país.
Deixando as damas de lado, agora vamos voltar nossos olhos para os ginastas que também fazem bonito. Começando por Arthur Zanetti que brilhou em Londres, em 2012, quando ganhou o ouro nas argolas. No entanto, não parou por aí, o paulista ganhou outrasquatro medalhas, sendo outra de ouro e três de prata, nos respectivos torneios: Antuérpia 2013, Tóquio 2011, Nanquim 2014 e Doha 2018.
Duas apresentações épicas – duas medalhas históricas! 🥇🥈
Feliz aniversário para o primeiro ginasta brasileiro campeão olímpico, o Senhor das Argolas ⭕ Arthur Zanetti! 🥳🎂 @timebrasil @cbginastica pic.twitter.com/fCrP6K7ZT6
— Jogos Olímpicos (@JogosOlimpicos) April 16, 2022
A genética boa e o talento da família, presenteou o time brasileiro com Diego, irmão mais velho da também ginasta Daniele Hypólito. O atleta é o maior medalhista brasileiro e o primeiro a conquistar uma medalha de ouro masculina no solo, em Melbourne, Austrália, em 2005. Ao todo foram cinco pódios, conquistando uma prata (2006), mais uma ouro (2007) e duas bronze (2011/2014).
Outro representante da ginástica masculina é Arthur Nory, é um ginasta que tem uma trajetória bonita na modalidade. Isso porque antes de conquistar o ouro na barra fixa no mundial de 2019, em Sttugart, ele conquistou o bronze nas Olimpíadas no Brasil, em 2016.
Na realidade, não fui eu quem optou pelo jornalismo, mas sim foi o jornalismo que me escolheu. Sem sombra de dúvidas, essa profissão é como um vasto oceano a ser explorado em suas profundezas; somente assim é possível compreender e apreciar toda a sua magnitude.