A Liga da Nações é o principal torneio de vôlei entre seleções após as Olímpiadas. O campeonato da categoria feminina já terminou, mas a masculina está pegando fogo com a fase final da Liga das Nações 2023.

Nesta quinta-feira (20), depois a eliminação do Brasil no torneio, Renan Dal Zotto, treinador da seleção, apontou o que fez a seleção não se sobressair no jogo e sobre o crescimento da equipe. Confira!

A campanha do Brasil na Liga das Nações Masculina 2023

A seleção brasileira participou de todas as edições do torneio, que é considerado a elite do Vôlei Mundial. Com a eliminação sofrida para a Polônia, o Brasil ficou fora do pódio pela segunda edição seguida. No histórico da Liga das Nações, a seleção masculina foi quarta colocada em 2018 e 2019, campeã em 2021 e parou nas quartas em 2022.

Na edição deste ano, o Brasil buscou dar experiência e renovação para os jogadores. Na primeira fase da Liga das Nações, a seleção ganhou oito partidas, mas nas quartas de final foi eliminada pela Polônia. Dessa maneira, o Brasil disputou 13 jogos e teve cinco derrotas, terminando o torneio com um aproveitamento de 61%.

Brasil é atropelado pela Polônia

A seleção brasileira masculina de vôlei foi superada pela segunda vez pelos poloneses na Liga das Nações 2023. O Brasil não conseguiu frear o crescimento adversário e a atmosfera local foi derrotado por 3 x 0, com parciais de 26/24, 25/21 e  25/20. 

Os números finais da Polônia no jogo foram: 37 pontos de ataque, 10 de bloqueios, 9 aces e 20 pontos com erros da seleção brasileira. Por outro lado, o Brasil fez 35 pontos de ataque, cinco de bloqueios e saques e os mesmos 20 pontos com erros dos adversários. Os maiores pontuadores das seleções foram Śliwka, com 16, e Leon com 11, para a Polônia, no Brasil Alan anotou 15 pontos e Lucarelli 10. 

Renan Dal Zotto e o processo do Brasil na Liga das Nações e futuro

O comandante da equipe brasileira agradeceu a entrega de seus comandados após a partida. Porém, também apontou as falhas que levaram ao resultado e sobre o que pensa do futuro:

 É difícil falar depois de uma derrota dessa, mas a gente sabia que seria um jogo muito difícil, nos detalhes. Mérito demais deles, nos colocaram sob pressão no saque o tempo todo. Nós tivemos um aproveitamento baixo no contra ataque baixo também, igual ao primeiro jogo contra a Polônia. Então, é preciso ter paciência, pensar, rever o jogo e continuar o processo. Porque temos compromissos importantes para o restante do ano, manter o foco e agradecer aos garotos que deixaram o máximo na quadra.”

Além disso, quando questionado sobre os próximos compromissos da seleção, Renan Dal Zotto avaliou a importância da Liga das Nações e o processo construído para formação da equipe:

Hoje nós temos vários times jogando nesse padrão. Nós precisamos que todos estejam na melhor condição possível e um pouco de tempo para a garotada pegar o ritmo de jogo, pegar experiência. Jogar em um ginásio como esse não é fácil, hoje a escolha foi tentar começar com jogadores mais experientes, que estão acostumados com esse tipo de pressão. Muitas vezes as pessoas falam ‘põe o garoto aqui e ali’ eles estão vivenciando isso aqui, é impressionante a pressão que é. Mas, os jogadores estão suportando bem.”

O ambiente com pressão e o amadurecimento

Com a eliminação do Brasil na Liga das Nações 2023, os próximos compromissos dos comandados de Renan Dal Zotto são o Pré-Olímpico e as Olímpiadas de Paris 2024. Para essas competições o treinador demonstrou pensar a longo prazo e na maturação da experiência da seleção:

A pressão faz parte do processo de construção dos garotos mais jovens e tenho certeza que vários garotos aqui vão ter uma longevidade muito grande na seleção. Obviamente, tudo no seu tempo, o importante é que precisamos de todos os jogadores da melhor maneira possível. Todas as seleções perdem um ou outro jogador e pesa bastante, mas vamos continuar trilhando o caminho, nosso processo é muito importante pensando no crescimento do dia a dia.”

 

A saber, no Pré-olímpico de Vôlei masculinoo Brasil compõe o grupo B e sede vai ser no Rio de Janeiro. A formula de disputa é simples: as oito equipes do grupo jogam entre si uma vez, as duas seleções que mais pontuarem garantem a vaga na Olímpiada de Paris 2024.

A seleção estreará no dia 30 de setembro, contra o Catar. Logo depois, enfrenta a República Tcheca, no dia 1 de outubro, Alemanha, no dia 3, Ucrânia, no dia 4, Cuba, no dia 6, Irã, no dia 7, e Itália, no dia 8.