A história do vôlei feminino brasileiro é cheia de grandes personagens e suas histórias com a camisa amarela e azul. Uma dessas estrelas é Fabiana Claudino, meio de rede e bicampeã Olímpica, em 2008 e 2012. Natural de Santa Luzia, Minas Gerais, a jogadora se destacou por seus potentes ataques e bloqueios certeiros.

Em sua recente entrevista com o jornalista Alê Oliveira, no podcast Ataque e Defesa, Fabiana falou sobre o momento da seleção brasileira feminina de vôlei e se pretende retornar a vestir a camisa amarelinha novamente. Confira!

A carreira de Fabiana Claudino

Fabiana conquistou o mundo do vôlei atuando como meio de rede, se destacando por ser uma eximia bloqueadora e atacante. Com uma carreira repleta de conquistas e momentos memoráveis, a mineira é reconhecida como uma das jogadoras mais talentosas e respeitadas do esporte brasileiro.

Os primeiros passos de Fabiana no mundo profissional do voleibol foram dados no Minas Tênis Clube. O seu talento e dedicação a levaram ao time adulto da equipe em 2001, aos 16 anos, quando conquistou o título da Superliga 2001/2002 . Nessa época, ela também jogou ao lado de Sheilla Castro, que mais tarde se tornaria sua companheira na seleção brasileira.

Em 2003, Fabiana deu um importante passo em sua carreira ao se transferir para o Rexona-Ades, onde conquistou a maioria de seus títulos, incluindo o tetracampeonato da Superliga, o Campeonato Carioca e a Salonpas Cup.

Posteriormente, a meio de rede ainda passou por Vôlei Futuro de Araçatuba, Fenerbahçe Universal, da Turquia. No ano de 2012, Fabiana retornou ao Brasil para defender o Sesi, de São Paulo, Dentil/Praia Clube e atualmente defende o Osasco.

Sua estreia na pela seleção brasileira aconteceu em 2003, quando tinha apenas 18 anos. Desse modo, Fabiana foi peça fundamental com a blusa amarelinha conquistando o Bicampeonato Olímpico, em Pequim 2008 e Londres 2012, Heptacampeonato do Grand Prix, o Montreux Volley Masters, o Torneio de Voleibol Final Four, o Sul-Americano, o Pan Americano de Guadalajara, em 2011.

Além disso, Fabiana recebeu vários prêmios individuais em sua carreira em clubes e na seleção, sendo mais de 10 como a melhor bloqueadora. Assim também, recebeu a honraria de ser MVP, melhor atacante, entre outras conquistas individuais.

Carol Gattaz uma inspiração para seleção

Como dito anteriormente, Fabiana Claudino é uma lenda da seleção feminina de vôlei. Dessa maneira, seu retorno é sempre muito aguardado. Neste sentido, Alê Oliveira questionou se a meio de rede tem vontade de voltar para a seleção.

Quando eu vejo a Carol Gattaz, eu fico muito feliz. Porque antes as pessoas taxavam a gente, nos colocavam como velhas, não ter condições de estar lá, tem que aposentar, essas coisas. E a Carol prova o contrário, conheço ela desde muito novinha e ela corre atrás, é apaixonada pelo que faz, se cuida.

Então, assim acho que toda oportunidade que tiver e ela puder aproveitar de estar ali na seleção, de conquistar mais uma medalha, penso que ela tem que aproveitar”.

Além disso, Fabiana descartou querer retornar para a seleção e que pretende curtir mais outras fases da vida. Assim, apontou que já abriu mão de muita coisa pela carreira na seleção:

Estou em uma outra fase. Eu quero curtir sim, quero curtir minha família, eu quero curtir um pouco a minha vida. É o que eu falo, eu abro mão de muita coisa para estar ali na seleção desde muito nova”.

Fabiana e as outras fases da vida

Sendo assim, a bicampeã Olímpica conta um pouco de como é a rotina de outras fases de sua vida, como a maternidade, os sonhos, entre outras demanda. Assim também, revelou que conquistou tudo que queria pela seleção brasileira:

Acho que algumas prioridades na nossa vida elas chegam a um patamar que ela vai mudando. Hoje graças a Deus eu sou bicampeã, eu faço parte da seleção desde os meus 18 anos, 2004, fui desde o início. Então, muitas coisas ali eu conquistei e abri mão de muita coisa. Desse modo, hoje eu também quero conquistar as minhas coisas pessoais também”.

Dessa maneira, uma das conquistas pessoais de Fabian foi a maternidade, em 2002 ela deu a luz para Asaf, seu filho com Vinícius de Paula. Assim, ela justificou que não quer voltar para a seleção para viver esse lado da melhor maneira, já que o contrário já foi realizado:

Então, hoje eu sou mãe do Asaf, que era uma realização grande que eu tinha, como mulher, como mãe. Eu sempre falei desde novinha é que eu queria ser mãe, era casar, ter meu esposo. E a gente sabe que quando você esta ali dividindo entre clube e seleção é uma demanda muito grande. Logo, você conseguir conciliar com esse lado pessoal é um pouco mais complicado”.

Hoje eu quero estar com meu filho, curtir cada momento, viver todas as fases perto dele, tanto que desde do início a gente abriu mão de ter alguém nos ajudando, não quisemos ter uma babá. Nós temos uma pessoa que ajuda a gente quando não tem o que fazer.

Mas eu e o Vini sempre está nessa dinâmica, nessa correria. Porque o que eu queria realmente era viver esse momento mesmo, de mãe, de estar ali com o filho, de colocar para dormir, de dar banho, todas essas obrigações”.

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