Um dos principais nome da Seleção Brasileira na última década do vôlei, Fabiana também é conhecida por usar o seu papel de destaque para levantar voz frente às questões sociais, principalmente dentro do esporte.
Hoje também com a função de mãe, a jogadora alega que a sua luta contra o racismo se intensificou ainda mais. Acompanhe agora as informações sobre o que a jogadora disse em participação no podcast Ataque Defesa, do jornalista Alê Oliveira.
Fabiana fala sobre a luta contra o preconceito
Em participação no podcast Ataque e Defesa, um dos principais nomes da seleção brasileiro de vôlei na última década, Fabiana falou sobre o desafios de combater o preconceito no esporte. pic.twitter.com/rfq6MqtZPg
— Carlos Soares (@_carlossoaresjr) August 31, 2023
Combate ao racismo é uma luta diária
Em entrevista ao jornalista Alê Oliveira, Fabiana falou que o preconceito sempre existiu. Mas quando ela passou a perceber a influência que tinha e entender o poder da sua voz, começou a defender a causa.
Quando eu comecei a entender que eu tinha uma voz por todos ali, em minha volta, foi a partir de então que eu falei: ‘eu não me calo mais’. Então toda a oportunidade que eu tiver de falar e defender, eu vou sempre estar falando e sempre defendendo.
No entanto, a atleta afirmou ainda que, por mais que já tenha realizado alguns feitos, a luta está longe de terminar. Fabiana acredita que essa “briga” tem de acontecer diariamente, pois o preconceito ainda existe.
A gente sabe que é uma luta que não é fácil, é uma luta diária, é uma luta constante. Infelizmente, a gente ainda sofre muito alguns preconceitos, ainda existem alguns olhares. Ainda olham para você dizem que você está de ‘mimimi’.
Mas a pessoa não vive na sua pele, não tá ali no seu dia a dia. E sempre são preocupações diárias.
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Combater o racismo sendo mãe
Há dois anos, Fabiana dava à luz ao seu filho Asaf. Hoje ela conta que já tenta criar o garoto para enfrentar os desafios que ele pode encontrar ao longo do caminho devido à cor da sua pele.
Depois que o Asaf nasceu, tudo ficou ainda mais forte dentro da gente. Ele ainda tem dois anos, mas a gente já cria ele, porque sabe que algumas coisas vão acontecer na vida dele.
Então a gente já cria meio que se protegendo para o mundo. A gente gostaria que fosse diferente, mas não dá para escapar.

Preconceito pós-maternidade
Fabiana, no entanto, ressalta o fato de que o preconceito não é só com a cor da pele. Por ser mulher, a jogadora acredita que os desafios são ainda maiores.
Depois de ser mãe, a atleta conta que tem de passar por algumas dificuldades para voltar a jogar e desempenhar o seu melhor dentro das quadras de vôlei.
É um preconceito, acho que geral. Acho que pela cor, a gente sempre sabe que tem aquela dificuldade, a gente sempre tem aquela barreira. Eu acho que hoje como mulher, como mãe, a gente sempre é colocado à prova.
Quando você volta depois de gravidez, por você ter seu filho, você vai lá, você abaixa o seu salário, você precisa voltar tudo. Isso não acontece só comigo dentro do esporte.
É nesse contexto que a jogadora levanta a sua voz para combater os preconceitos e reforça que defenderá as causas sempre que achar necessário.
Então, quando tiver a oportunidade, que esse assunto for levantado e eu tiver que defender, eu vou defender.
Confira o papo completo de Fabiana no podcast Ataque e Defesa
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