Em entrevista exclusiva ao Esportelândia, Fabi Alvim analisou os caminhos da seleção brasileira de vôlei masculino. A ex-líbero, bicampeã olímpica, reconheceu o momento difícil da equipe, mas destacou a importância da continuidade do trabalho de Bernardinho no novo ciclo.
A campeã acredita que o Brasil ainda tem um elenco competitivo, embora reconheça que a concorrência global está em outro patamar. Itália, França e Polônia foram citadas como potências mais bem preparadas atualmente.
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Fabi Alvim vê caminho mais difícil para a Seleção de Bernardinho do que para a de Zé Roberto
Com a experiência de quem viveu grandes ciclos olímpicos, Fabi destacou que o atual momento do vôlei masculino exige paciência e realismo. Segundo ela, o Brasil já não está no topo e precisa correr atrás.
Eu acho que é masculina talvez tenha um caminho mais difícil, porque o que a gente passou nesse último ciclo… sem demérito nenhum, mas a gente precisa encarar a realidade: o Brasil teve uma dinastia gigantesca sob o comando do Bernardinho.
Para Fabi, seleções como Itália, França e Polônia estão hoje um degrau acima e o cenário atual exige inovação, além de muito tempo de quadra.
Hoje, a gente está num nível um pouco abaixo das grandes potências mundiais. A Rússia talvez nem apareça por conta da punição, mas Itália e França, talvez a Polônia, estão na prateleira principal. Mas eu acho que a gente tem um time competitivo.
Confiança na retomada do ciclo com Bernardinho
Apesar das dificuldades, a ex-líbero vê na volta de Bernardinho um motivo de esperança, afinal, forjou muitas lendas em sua trajetória no esporte. Para ela, o início de um ciclo com ele desde o começo pode fazer a diferença.
Assim como falei do Zé, acho que a gente tem os dois principais treinadores de esportes olímpicos do mundo: o Zé e o Bernardo.
Confiança também nessa retomada do Bernardo, assumindo desde o início do ciclo, diferente do que ele fez lá em Paris, que acabou tendo que assumir o time às vésperas dos Jogos.
É importante ter essa tranquilidade com os meninos, para que a gente, quem sabe, volte a brigar.
Experiência internacional será fundamental
Fabi ainda ressaltou que um dos principais fatores para a evolução da nova geração será a rodagem internacional. Quanto mais exposição ao alto nível, mais chances de uma boa campanha nos Jogos Olímpicos.
A ideia é essa: forjar esses meninos com a roda andando. Eles terem mais rodagem internacional para poder chegar para os mundiais e, mais do que isso, chegar bem lá nos Jogos Olímpicos.
Em um cenário de reformulação, a ex-camisa 15 reforça o que todos os torcedores esperam: paciência, investimento e um novo ciclo forte, com a liderança de um dos maiores nomes do esporte brasileiro: Bernardinho.
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