O remo já foi considerado um dos principais esportes brasileiro, sendo o cargo principal de muitos times que hoje fazem sucessos em outros esportes, como o Flamengo e o Botafogo.

Porém, com o passar dos anos o esporte tem sido menos acompanhado, mas ainda desperta muito interesse mundo afora.

História do Remo

O remo, utilizado desde a antiguidade em comércio e guerra, tornou-se um esporte popular no século XIX. Praticado em embarcações estreitas, varia de barcos para uma a oito pessoas, com ou sem timoneiro.

Organizado inicialmente na Inglaterra, a modalidade ganhou impulso nas universidades de Cambridge e Oxford, que iniciaram a tradicional regata no Rio Tâmisa em 1829.

As regatas se espalharam pela Europa e Américas, destacando-se nos EUA com competições universitárias.

Incluído nos Jogos Olímpicos desde 1900, é regulado mundialmente pela FISA. No Brasil, a Confederação Brasileira de Remo, fundada em 1977, coordena o esporte.

A modalidade no Brasil, embora discreta nos campeonatos olímpicos, participa ativamente do Campeonato Sul-Americano desde 1948.

O remo paralímpico

A título de curiosidade, vale mencionar um pouco da história da modalidade paralímpico, destinado para atletas que têm deficiência física.

O remo paralímpico fez sua estreia nos Jogos de Pequim 2008, sendo este um importante passo na inclusão da modalidade no programa paralímpico.

No Brasil, o esporte começou a ganhar forma na década de 1980, no Rio de Janeiro, quando a Superintendência de Desportos do Rio de Janeiro (SUDERJ) utilizou o esporte como ferramenta de reabilitação para pessoas com deficiências físicas, mentais e auditivas.

Porém, foi somente em 2005, após a realização de dois campeonatos mundiais, que a Confederação Brasileira de Remo (CBR) reativou o departamento de Remo Adaptável, impulsionando a prática da modalidade no país.

Atletas

O paralímpico abrange atletas com deficiências físicas e visuais, que competem com o objetivo de completar um percurso de 2.000 metros em linha reta no menor tempo possível.

As provas são divididas por gênero, masculino e feminino, e os competidores utilizam diferentes tipos de embarcações, como o single-skiff, double-skiff e o barco quatro com timoneiro.

As categorias são definidas com base no tipo e grau da deficiência dos atletas, garantindo uma competição justa e inclusiva.

A classe PR1 é destinada a atletas com limitações significativas, que dependem quase exclusivamente da força dos membros superiores.

A classe PR2 são para os atletas que possuem funções nos braços e tronco, mas sem uso efetivo das pernas. Eles competem em embarcações que permitem uma maior utilização do corpo, mas ainda com limitações significativas.

Já a classe PR3 inclui remadores com função residual nas pernas, permitindo o uso do assento deslizante, além de atletas com deficiência visual, que competem com o auxílio de timoneiros para guiar o percurso.

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Camping de Treinamento Paralímpico, esse que foi o Penúltimo antes do embarque para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 (Reprodução/ Rede social)

Regras do remo

O conceito do esporte é simples: atletas impulsionam barcos usando remos. As competições ocorrem em raias de dois mil metros, com seis atletas por raia aguardando o sinal verde para começar.

Quem chega primeiro vence. O tamanho dos remos varia entre modalidades, sendo mais curto no skiff.

A modalidade tem várias modalidades olímpicas. As oito masculinas são:

  • Skiff simples;
  • Skiff duplo;
  • Skiff duplo leve;
  • Skiff quádruplo;
  • Dois sem timoneiro;
  • Quatro sem timoneiro;
  • Quatro sem timoneiro leve;
  • Oito com timoneiro.

Enquanto isso, as seis categorias seis femininas são:

  • Skiff simples;
  • Skiff duplo;
  • Skiff duplo leve;
  • Dois sem timoneiro;
  • Quatro sem timoneiro;
  • Oito com timoneiro.

As competições do esporte começam com eliminatórias onde três atletas se classificam para as semifinais. Os perdedores participam da repescagem. Os melhores das semifinais avançam para as finais, onde competem pelas medalhas.

Regras do remo paralímpico

As regras do remo paralímpico são semelhantes às do remo olímpico, com adaptações específicas para cada categoria de deficiência.

Na PR1, por exemplo, os atletas utilizam cintas na região intermediária do corpo para manter o equilíbrio e garantir o suporte necessário.

Já na PR2, os barcos são ocupados por dois atletas – um homem e uma mulher – que competem com dois remos cada.

No PR3, as provas mistas são disputadas por equipes de quatro atletas, dois homens e duas mulheres, mais um timoneiro, todos utilizando um remo cada.

Categorias olímpicas do remo

  • Skiff simples: Um competidor com dois remos curtos, barco de 8,20 m e 14 kg.
  • Skiff duplo: Dois competidores com dois remos curtos cada, barco de 10,40 m e 27 kg.
  • Skiff duplo leve: Dois competidores com dois remos curtos cada, barco de 10,40 m e 27 kg. Limite de peso: homens abaixo de 72,5 kg, mulheres abaixo de 59 kg.
  • Skiff quádruplo: Quatro competidores com remos longos, barco de 10,40 m e 27 kg.
  • Dois sem timoneiro: Dois competidores com dois remos curtos cada, barco de 13,40 m e 52 kg.
  • Quatro sem timoneiro: Quatro competidores, barco de 13,40 m e 50 kg.
  • Quatro sem timoneiro leve: Quatro competidores, barco de 13,40 m e 50 kg. Limite de peso dos atletas.

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