A projeção de medalhas do Brasil na Paralimpíada de Paris 2024, como ocorre em toda edição dos Jogos, é feita por empresas de dados, veículos de mídia e especialistas em esportes olímpicos. Mas o Esportelândia traz uma análise próprias de nosssos especialistas.
Veja a seguir nossa lista de atletas e equipes com grandes chances de subir ao pódio, com as devidas justificativas para seus favoritismos, levando em conta o desempenho deles durante todo o ciclo olímpico e neste ano de 2024.
A delegação brasileira participa de 20 das 22 modalidades presentes no torneio e tem um total de 280 atletas, maior quantidade de atletas brasileiros em competições internacionais, segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Portanto, a esperança é que Paris 2024 atinja o recorde na projeção de medalhas.
Projeção de medalhas do Brasil na Paralimpíada de Paris 2024
Brasileiros favoritos ao ouro na Paralimpíada de Paris
O Brasil fez a melhor campanha da história em Jogos Paralímpicos na última edição, a de Tóquio 2020, realizada em 2021. No Japão, a delegação brasileira contou com 256 atletas e conquistou 72 medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze.
Carol Santiago – Natação
Maior medalhista do Brasil nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020, com três de ouro (50m livre S13, 100m livre S12 e 100m peito SB12), uma de prata (4x100m misto livre 49 pontos) e uma de bronze (100m costas S12), a pernambucana de 39 anos é a atual recordista mundial dos 50m livre (26s65).
No ciclo atual, faturou 10 medalhas de ouro nos últimos dois Mundiais de Natação Paralímpica, na Ilha da Madeira (2022) e Manchester (2023), cinco em cada.
Nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, foi ao topo do pódio também em cinco ocasiões. Para Amanda Mânica, nossa especialista em natação, o histórico é forte, sendo favorita em Paris.
O Brasil é uma potência na natação paralímpica e são esperadas muitas medalhas nesta edição. Carol Santiago é uma das atletas que pode subir ao pódio várias vezes.
Em Tóquio 2020, foi a brasileira com mais medalhas: cinco, sendo três de ouro, uma de prata e uma de bronze. E fez um excelente ciclo.
Espero que o desempenho seja repetido, talvez até melhorado. É a grande favorita nos 50m livre, prova em que é dona do recorde mundial.
Jovane Guissone – Esgrima
Aos 41 anos, o gaúcho Jovane Guissone tem duas medalhas obtidas em Jogos: uma de ouro em Londres 2012 e uma prata em Tóquio 2020.
Melhor brasileiro no ranking mundial da esgrima em cadeira de rodas, Guissone venceu todos os 12 Prêmios Paralímpicos – concedido anualmente pelo CPB – em sua modalidade, desde 2011.
Entre os resultados internacionais mais recentes, destacam-se os três ouros no Campeonato das Américas 2022 e, no mesmo ano, o topo do pódio na Copa do Mundo, realizada na Hungria. Para o repórter Jamis Gomes Jr., do Esportelândia, o Brasil tem chance de ouro.
Somos uma potência consolidada na esgrima em cadeira de rodas e devemos almeja ampliar nossa coleção de medalhas paralímpicas em Paris 2024.
Jovane Guissone já deixou sua marca na história do esporte, tanto por ser o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha em um Campeonato Mundial da modalidade, quanto por vencer uma Copa do Mundo e uma Paralimpíada.
Vai competir nas três armas (florete, sabre e espada) em 2024, além das disputas por equipes.
Nathan Torquato – Taekwondo
Aos 23 anos, Nathan Torquato compete na categoria k44, direcionada a atletas que possuem má formação, amputação ou perda dos movimentos de um ou dos dois braços.
O brasileiro irá defender o seu título do taekwondo, conquistado na última edição, em Tóquio 2020. Rafael Singelo detalha mais do ciclo do lutador, destacando sua medalha no Parapan:
Nathan Torquato é favorito para conquistar a medalha de ouro em Paris 2024. Vai para sua segunda Paralimpíada já tendo conquistado a medalha de ouro em Tóquio e vai defender seu título sendo mais experiente.
Seu ciclo foi de bons resultados, como o título do Parapan-Americano de Santiago em 2023. Chega fortíssimo para o bicampeonato em Paris.
Phelipe Rodrigues – Natação
Nadador da classe S10 (limitação físico-motora), o pernambucano Phelipe Rodrigues se tornou o atleta brasileiro nos Jogos de Paris com mais medalhas (oito) na história e é um dos principais nomes para subir ao lugar mais alto do pódio.
Ele é especialista em provas de velocidade (50m e 100m) do nado livre e soma cinco pratas e três bronzes no currículo. Desde sua estreia em Pequim-2008 até a última participação em Tóquio-2020, Rodrigues conquistou ao menos uma medalha em cada uma das edições dos Jogos que disputou. Veja a análise da repórter Amanda Mânica.
Já um costume para o nadador, Phelipe Rodrigues tem grandes chances de subir no pódio mais uma vez. Ainda não tem uma de ouro, mas tem cinco de prata e três de bronze. Em Paris 2024, vai brigar pelo lugar mais alto nas provas de velocidade, 50m e 100m livre.
Jerusa Geber – Atletismo
O principal destaque brasileiro nas Paralimpíadas é o atletismo, que soma 170 medalhas na história dos Jogos e teve sua melhor participação no Rio 2016. Na edição, que aconteceu em solo brasileiro, a modalidade recebeu 33 dos 72 pódios conquistados pela delegação.
Um dos principais nomes do esporte Paralímpico do país, é a acreana Jerusa Geber, do atletismo. Ela nasceu totalmente cega e foi a primeira a fazer os 100m abaixo dos 12s, recordista mundial da distância na classe T11, com 11s83.
Jerusa vem de bom ciclo, com ouro nos 100m do Mundial Paris 2023, dos Jogos Parapan-Americanos Santiago 2023 e, no Mundial Kobe 2024, no último mês de maio. Um histórico e inédito ouro Paralímpico tem grandes chances de acontecer na capital francesa. Veja a análise de Gilvan Alves:
Jerusa Geber é uma das favoritas a medalha no atletismo e deve fazer uma grande Paralímpiada, já que chega em grande forma, sendo a atual medalhista de ouro nos 100m rasos no mundial de Kobe 2024, além de ter conquistado mais três medalhas no Parapan.
Seleção feminina de vôlei sentado
Medalhista de bronze nas duas últimas edições dos Jogos Paralímpicos, Rio 2016 e Tóquio 2020, as brasileiras do vôlei sentado conquistaram inédito feito com o título do Mundial realizado na Bósnia e Herzegovina, em novembro de 2022.
Foi o primeiro pódio do vôlei feminino em Mundiais e, de quebra, no topo dele. Para a repórter Jéssica Albuquerque, do Esportelândia, a modalide pode trazer o ouro.
A equipe feminina, atual campeã mundial e vice-líder do ranking global, chega como uma das favoritas ao pódio, respaldada por suas duas medalhas de bronze em edições anteriores (Rio 2016 e Tóquio 2020) e por recentes conquistas internacionais.
No masculino, embora o time ainda não tenha alcançado um pódio paralímpico, a mescla de veteranos e jovens talentos e sua trajetória de crescimento indicam uma possível inédita conquista em Paris.
Ambas as seleções, que asseguraram suas vagas nas competições internacionais, refletem a força do Brasil no cenário do vôlei sentado.
Alana Maldonado – Judô
A terceira modalidade que mais trouxe medalhas ao Brasil (25 pódios), o judô também é um dos destaques nas Paralimpíadas que pode render vitórias aos atletas brasileiros.
Líder do ranking mundial em sua categoria no judô (classe J2), Alana Maldonado luta há 15 anos. Seis vezes vencedora do Prêmio Paralímpicos, atual campeã de Tóquio 2020 – primeiro ouro do Brasil na modalidade – e do Mundo em Baku (Azerbaijão) em 2022, a paulista de Tupã poderá fazer ainda mais história ao manter sua hegemonia em Paris.
Para Jamis Gomes Jr., a judoca deve ocupar o lugar mais alto do pódio em Paris 2024.
Alana sonhava em ser jogadora de futebol na infância, mas encontrou no judô paralímpico sua verdadeira vocação, transformando desafios em conquistas.
Após ser diagnosticada com uma deficiência que gradualmente lhe tirou a visão, enfrentou bullying na escola e o ceticismo de professores.
Mas sua determinação a levou a superar essas barreiras, formar-se em Educação Física e tornar-se uma atleta profissional. Está totalmente preparada para levar o bicampeonato paralímpico.
Petrúcio Ferreira – Atletismo
Não há dúvidas de que este paraibano é um dos maiores nomes do atletismo paralímpico em todo o planeta. Dono de cinco medalhas em Jogos Paralímpicos (duas de ouro, duas de prata e uma de bronze), Petrúcio Ferreira foi recordista mundial nos 100m em 2019.
O título mais recente foi o ouro nos 100m do Mundial Kobe 2024. Em 2023, Petrúcio foi ao topo do pódio no Mundial de Paris e se consagrou tricampeão Parapan-Americano, em Santiago (Chile). Gilvan Alves detalha o ciclo paralímpico feito por Petrúcio.
Petrúcio é um fenômeno no atletismo. Atual medalhista de ouro nos 100m rasos no mundial de Kobe 2024, é recordista dos 100m rasos (2019), fazendo a distância em 10s42.
Novamente o atleta entra como um dos favoritos a conquistar medalhas nesta Paralímpiada, podendo tranquilamente levar a medalha de ouro para o atletismo brasileiro.
Claudiney Batista – Atletismo
Mineiro de Bocaiúva, Claudiney Batista poderá em Paris 2024 manter a hegemonia do lançamento de disco. Atual tricampeão Mundial, estabeleceu na edição de Kobe 2024 45,14m, recorde da competição.
Somado a isso, o brasileiro é o atual bicampeão Paralímpico da prova e tentará o tri na capital francesa. Para o repórter Gilvan Alves, do Esportelândia, o atleta pode trazer o ouro.
Claudiney Batista é um dos grandes atletas do atletismo brasileiro e mundial, tendo diversas conquistas no lançamento de disco.
Foi campeão da última Paralímpiada e do Mundial de Kobe 2024. Entra como o amplo favorito a conquistar mais uma medalha de ouro.
Seleção de Futebol de Cegos
A equipe brasileira de futebol de cegos faturou todos os torneios que disputou em Jogos Paralímpicos desde a inserção da modalidade no calendário, em Atenas 2004.
Desde então foram 27 partidas, com 21 vitórias e 6 empates. Uma hegemonia que deve se manter na capital francesa, com um histórico hexacampeonato Paralímpico.
O gaúcho Ricardinho (35 anos), melhor jogador do mundo em 2006, 2014 e 2018, poderá conquistar seu quinto título em Jogos Paralímpicos.
Em Parapan-Americanos, ele tem cinco medalhas de ouro, assim como o baiano Jefinho Gonçalves, colega de elenco. Nosso repórter Raphael Almeida acredita na hegemonia brasileira.
É uma das grandes favoritas para ganhar o ouro em Paris 2024, sem dúvidas. Desde que o esporte entrou nas Paralimpíadas ganharam todos os títulos disponíveis e nunca perderam! O histórico é absurdo!
Imagino que mantenham essa liderança e conquistem o sexto ouro Paralímpico em Paris. Ricardinho e Jefinho Gonçalves são os grandes nomes que podem desequilibrar.
Goalball Masculino
Atual campeão paralímpico e tricampeão mundial, o Brasil está entre aos favoritos ao pódio do goalball masculino. O país conquistou medalha nas três umas edições. Em Londres-2012 foi prata, na Rio-2016 foi bronze e em Tóquio-2020 foi ouro.
Ao contrário de outras modalidades paralímpicas, o goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). As partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos, com três minutos de intervalo. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas.
Para João Gabriel, repórter do Esportelândia, o Brasil divide o favoritismo junto com China e Ucrânia.
Faturando a medalha de bronze na Rio 2016 e a prata nos Jogos de Tóquio 2020, o Time Verde e Amarelo tem colhido bons frutos a cada ciclo olímpico.
Dividindo o favoritismo com o Brasil, a China (atual vice-campeã olímpica) e a Ucrânia aparecem como os principais rivais na luta pela medalha de ouro.
Bruna Alexandre – Tênis de Mesa
A delegação brasileira havia ganhado apenas uma medalha de prata da dupla Welder Knaf e Luiz Algacir até os Jogos de Pequim 2008. Mas, anos depois, na edição Rio 2016, o tênis de mesa fez a sua melhor campanha e alcançou quatro medalhas.
Primeira brasileira a competir nos Jogos Paralímpicos e Olímpicos, marco da história do esporte nacional, a catarinense Bruna Alexandre foi eleita pelo CPB como a melhor atleta Paralímpica de 2023.
No tênis de mesa Paralímpico na Rio 2016 (bronze no individual e bronze em duplas) e em Tóquio 2020 (prata no individual e bronze por equipes), ficou bem perto do pódio.
Agora, em Paris 2024, não quer desperdiçar a chance de conquistar o primeiro ouro Paralímpico. Para Raphael Almeida, após a experiência na Olimpíada de 2024, chega como forte candidata:
Bruna Alexandre é uma das grandes esperanças do Brasil. Tem uma trajetória impressionante, não só por competir tanto em Jogos Olímpicos quanto Paralímpicos, mas pelos ciclos e conquistar recentes.
Em 2016, foram duas medalhas de bronze e em 2020 uma prata no individual e um bronze por equipes, Melhor Atleta Paralímpica de 2023, enfim, é respeitada e admirada no esporte.
Fernando Rufino – Canoagem
O sul-matogrossense Fernando Rufino é o atual campeão dos Jogos Paralímpicos na canoa e defenderá o título em Paris 2024. Apelidado “Cowboy”, ele faturou o último Mundial de canoagem realizado na Hungria, no VL2M 200m, depois da prata obtida em Halifax 2022 (Canadá). Raphael Almeida aposta em medalha para o brasileiro,
Sem sombra de dúvida, Cowboy é um dos nomes favoritos a voltar de Paris com uma medalha no peito. Ele é atual campeão paralímpico e somou mais duas medalhas à sua coleção recentemente.
Foi prata em Halifax, em 2022, e ouro no último Mundial na categoria VL2M. Minha expectativa é que ele volte para o Brasil com mais uma medalha, com esperança de que seja a dourada.
Gabriel Araújo – Natação
Gabriel tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas. Aos 22 anos, o brasileiro já possui três medalhas paralímpicas – sendo duas de ouro e uma de prata (todas conquistas em Tóquio 2020).
Neste ciclo, o jovem nadador conquistou ouro nos 50m livre, 50m costas, 100m livre, 100m costas e 200m livre nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; ouro nos 50m costas, 100m costas e nos 200m livre no Mundial de Manchester 2023 e, por fim, ouro nos 100m costas, 50m costas e 200m livre no Mundial da Ilha da Madeira 2022. Para Amanda Mânica, Gabriel é favorito ao ouro.
Com três medalhas de ouro no último Mundial, Gabriel vem com boas chances de ser campeão olímpico. O brasileiro venceu as provas de 50m e 100m costas e 200m livre, sendo o favorito na Paralimpíada.
Gabriel Bandeira – Natação
Gabriel competia na natação convencional desde os 11 anos de idade. Após algumas dificuldades de evolução nos treinamentos, ele foi submetido a alguns testes e foi constatada uma deficiência intelectual.
Em Tóquio 2020, Gabriel participou de sua primeira competição na natação paralímpica e na ocasião quebrou quatro recordes brasileiros, conquistando quatro medalhas. Segundo a análise de Amanda Mânica, é um forte candidato ao ouro.
Mais um brasileiro favorito ao ouro, Gabriel Bandeira já foi campeão paralímpico. Em Tóquio, ficou com o lugar mais alto nos 100m borboleta.
No Parapan de 2023, ele conquistou o ouro nos 100m costas e nos 200m livre. O brasileiro tem a chance de subir no pódio em mais de uma prova em Paris.
Cecília Araújo – Natação
Cecília teve paralisia cerebral no momento de seu nascimento, o que limita os seus movimentos. Como forma de fisioterapia, conheceu a natação e se apaixonou pelo esporte.
Em Tóquio 2020, a brasileira conquistou a medalha de prata nos 50m livre. Além disso, durante o último ciclo olímpico, ela foi ouro nos 50m livre, 400m livre, e nos revezamentos 4x100m medley 34 pontos e 4x100m livre 34 pontos, prata nos 100m costas, 100m borboleta e 200m medley, além do bronze nos 100m livre, nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
Ouro nos 50m e 100m livre e bronze nos 400m livre e nos revezamentos 4x100m medley e 4x100m medley no Mundial de Manchester 2023; ouro nos 50m livre e bronze nos 100m livre no Mundial da Ilha da Madeira 2022. Para Amanda Mânica, Cecília deve conquistar a medalha de ouro.
No Mundial de 2023, Cecília foi a campeã nos 50m e 100m livre, na categoria S8. Em Tóquio, já faturado a prata nos 50m livre e a esperança em Paris 2024 é que conquista o seu primeiro ouro olímpico.
Ana Carolina Moura – Taekwondo
Atual segunda colocada do ranking mundial, Ana Carolina chega como candidata ao ouro em Paris 2024. Em 2023, a atleta fez uma temporada espetacular, conquistando ouro na categoria até 65kg nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
Também foi ouro no Mundial do México em 2023, bronze na etapa da França do Grand Prix em 2023 e ouro no Pan Am Series II no Brasil em 2023. Rafael Singelo vê a brasileira como a grande favorita:
Ana Carolina Moura é favorita para conquistar a medalha de ouro em Paris 2024, já que vem de um ano de 2023 muito bom, tendo como conquista destacada o ouro na categoria até 65kg nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
Mas as medalhas não param por aí! Foi ouro no Mundial do México em 2023, bronze na etapa da França do Grand Prix em 2023 e ouro no Pan Am Series II no Brasil em 2023.
Será sua primeira vez da Paralimpíada e é a 2ª colocada no ranking mundial em sua categoria. Chances altíssimas de subir no lugar mais alto do pódio em Paris.
Silvana Cardoso – Taekwondo
Medalhista de bronze em Tóquio 2020 e atual líder do ranking mundial na categoria até 57kg, Silvana é favorita ao ouro de Paris 2024. Aos 25 anos, a brasileira já é bicampeã mundial, bicampeã parapanamericana e pentacampeã em Grand-Prix. Singelo também crê que o taekwondo brasileiro levará medalha com Silvana:
O ouro na categoria até 57kg em Paris 2024 tem nome: Silvana Cardoso. Para mim, é a favorita! Vem de um bronze em Tóquio 2020, é a atual líder do ranking mundial da categoria e com apenas 25 anos já é bicampeã mundial, bicampeã parapanamericana e pentacampeã em Grand-Prix.
Silvana foi campeã mundial em Vera Cruz, no México, no ano passado, na mesma categoria, e está confiante de poder conquistar o ouro em Paris, já que está mais experiente e com isso mais confiante também. Ainda foi eleita a melhor atleta brasileira do parataekwondo em 2022 e 2023.
Alessandro da Silva – Atletismo
Alessandro chega em Paris para defender o bicampeonato conquistados no Rio 2016 e Tóquio 2020 no lançamento de disco. Além disso, foi prata no arremesso de peso na última edição.
Nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, ele conquistou ouro no lançamento de disco e no arremesso de peso. Além disso, foi ouro no lançamento de disco e prata no arremesso de peso no Mundial Paris 2023.
Alessandro é um dos grandes nomes do atletismo paralímpico mundial, especialmente no lançamento de disco na classe F11. Bicampeão nas duas últimas edições, acredito que segue imparável em Paris 2024.
Isso porque seu ciclo é impressionante, sendo campeão Mundial em Paris 2023 e Parapan-americano no lançamento de disco, consolidando sua posição como favorito ao ouro.
Beth Gomes – Atletismo
Elizabeth era jogadora de vôlei em 1993 quando foi diagnosticada com esclerose múltipla. Atualmente, Beth é a recordista mundial do lançamento de disco.
Além disso, chega em Paris 2024 para defender a medalha de ouro conquistada em Tóquio 2020. Para Marcelo Cartaxo, nosso jornalista, o céu é o limite para Beth Gomes.
Se tem alguém no esporte que reflete a realidade brasileira, é Beth Gomes. A atleta é uma metáfora para o que todos os brasileiros vivem diariamente.
Se não der de um jeito, vai dar do outro. Como jogadora de vôlei não deu certo, mas como arremessadora de disco o céu é o limite.
É a atual medalhista de ouro, chegando com tudo após quebrar o recorde mundial de lançamento de disco na classe f53, lançando o disco a 18,45 metros de distância.
O momento é todo dela e, com certeza, briga para conquistar mais um ouro na carreira.
Wallace dos Santos – Atletismo
Ouro no arremesso de peso nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, Wallace defende o título da competição. O brasileiro chega confiante após conquistar a medalha dourada e bronzeada nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e Marcelo Cartaxo exalta a boa fase do atleta.
Wallace dos Santos é o favorito para conquistar mais uma vez a medalha de ouro. Chega em grande forma após vencer o Parapan, além de ser referência no esporte. No Mundial em Paris, perdeu o recorde de distância no arremesso de peso.
Isso será um gás extra e chega com o momento ao seu favor e já tendo provado que está entre os melhores do mundo no que faz. Wallace é uma das potências do Brasil no esporte paralímpico e vem para brigar pelo ouro mais uma vez.
Yeltsin Jacques – Atletismo
Yeltsin nasceu com baixa visão. Ele conheceu o atletismo ajudando um amigo, totalmente cego, a correr. Atual campeão paralímpico nos 5.000m e nos 1.500m, o brasileiro vai em busca de sua terceira medalha na competição.
Yeltsin vem de um ciclo paralímpico vitorioso ao conquistar ouro nos 5.000m no Mundial de Kobe 2024 e nos 5.000m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023. De acordo com Leandro Correia, do Esportelândia, as chances de ouro são muitas.
Yeltsin tem totais condições de conseguir o lugar mais alto do pódio em Paris, muito por conta de um ciclo paralímpico espetacular, com direito a medalha de ouro no Mundial de Kobe 2024 e nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
Mesmo que o ouro não venha, a chance de Yeltsin Jacques conquistar uma medalha é muito grande. Sem dúvidas é uma das esperanças de bom resultado do Time Brasil.
Arthur Cavalcante da Silva – Judô
Atual líder do ranking mundial na categoria J1 -90kg, Arthur teve retinose pigmentar e começou a perder a visão aos 2 anos. Aos 18, ficou cego.
Arthur é forte candidato para faturar a medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Ele ficou com a prata nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e nos Jogos Mundiais da IBSA 2023. Para Leandro Correia, o atleta chega confiante.
Arthur é simplesmente o líder do ranking mundial na categoria J1-90kg, sendo favoritíssimo ao ouro em sua categoria em Paris.
Outro fator que beneficia o judoca brasileiro é seu ciclo paralímpico, conquistando a prata no Parapan de Santiago 2023 e nos Jogos Mundiais da IBSA 2023. Chega muito em alta na França.
Mariana Dandrea – Halterofilismo
Mariana é o principal nome brasileiro no halterofilismo. Diagnosticada com nanismo, a atleta compete na categoria até 73kg. Atual campeã paralímpica e líder do ranking mundial, a atleta apresentou um ciclo vitorioso.
Ouro na categoria até 73kg e bronze na equipe mista nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, campeã mundial em Dubai 2023 e ouro na categoria até 73kg na Copa do Mundo de Dubai 2022. Segundo análise feita por Leandro Correia, Mariana chega como favorita ao título.
Mariana vai em busca do bicampeonato paralímpico, sendo a grande favorita a medalha de ouro, tanto por ser a atual campeã quanto por liderar o ranking mundial.
Vale destacar também o seu ciclo paralímpico, conquistando o ouro na categoria até 73kg e bronze na equipe mista no Parapan de Santiago 2023, além dos títulos no Mundial em Dubai 2023 e na Copa do Mundo de Dubai 2022.
Brasileiros favoritos ao pódio na Paralimpíada de Paris
Além dos atletas que são favoritos ao ouro, também há aqueles que têm uma grande possibilidade de estar no pódio. Há vários motivos para não estarem na prateleira acima.
Um deles pode ser o fato da categoria ser mais disputada, diminuindo as chances de cada um. Ou por motivos de lesão e pausas neste ciclo olímpico, retornando sem uma grande diferença para os rivais.
Ymanitu Silva – Tênis de Cadeira de Rodas
Prata nas duplas masculinas nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, bronze no Campeonato Mundial de Portugal 2022, vice-campeão nas duplas em Roland Garros 2022, quinto lugar nos Jogos Paralímpicos do Rio em 2016, e ouro no individual e prata nas duplas no Campeonato Sul-Americano do Chile em 2014, Ymanitu é um dos fortes candidatos a medalha.
Vale ressaltar que, dentre os tenistas convocados, ele é o único que possui experiência na quadra de saibro mais famosa do mundo. Para Jamis Gomes Jr., Ymanitu é o principal nome brasileiro:
Ymanitu Silva, único dos quatro tenistas brasileiros convocados para os Jogos de Paris com experiência em Roland Garros, destacou-se ao conquistar o vice-campeonato em duplas no Grand Slam francês em 2022. Ele também integrou a equipe que fez história ao garantir o bronze na Copa do Mundo de Tênis em Cadeira de Rodas, ao lado de Leandro Pena.
Agora, Ymanitu e Leandro Pena se juntam a Daniel Rodrigues e Gustavo Carneiro para representar o Brasil em Paris. Todos chegam aos Jogos com a reputação de medalhistas no Parapan de Santiago, no Chile, onde conquistaram pratas nas duplas e bronzes no individual.
Douglas Matera – Natação
Douglas nasceu com retinose pigmentar, uma mutação genética hereditária, que causa perda gradual de visão. Prata no revezamento 4x100m livre misto 49 pontos nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, ele é um forte candidato a conquistar medalha em Paris 2024.
Durante o ciclo, o brasileiro conquistou ouro nos 50m livre, 100m costas, 100m borboleta, 100m livre, 200m medley e 400m livre, além dos revezamentos 4x100m medley 49 pontos e 4x100m livre 49 pontos nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; ouro nos 100m borboleta e no revezamento 4x100m medley no Mundial de Manchester 2023 e ouro no revezamento 4x100m livre no Mundial da Ilha da Madeira 2022.
Lucilene Sousa – Natação
Lucilene nasceu com atrofia no nervo ótico, o que resultou em baixa visão. A paraense já possui experiência e medalha paralímpica em sua carreira – prata em Tóquio.
Apesar de ser referência no 4×100, recentemente, Lucilene conquistou bronze nos 100m livre, nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023. Por fim, ela também medalhou no Mundial de Manchester 2023, onde garantiu bronze nos 100m livre e revezamento 4x100m medley. Uma forte candidata a um lugar no pódio.
Patrícia Pereira – Natação
Duas vezes medalhista paralímpica, Patrícia é uma das atletas mais experientes da natação. Bronze no revezamento 4x50m livre misto 20 pontos nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e prata no revezamento 4x50m livre misto nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, ela pode conquistar um lugar no pódio.
Na última edição dos Jogos Parapan-Americanos, a brasileira foi ouro nos 50m peito e nos revezamentos 4x50m livre 20 pontos e 4x50m medley 20 pontos, além da prata nos 50m livre e 150m medley.
Samuel Oliveira – Natação
Dono do recorde das Américas nos 50m borboleta e recorde Mundial nos 100m borboleta, Samuel é um forte candidato a medalha em Paris 2024.
No Mundial de Manchester 2023, ela conquistou ouro nos 50m borboleta e bronze nos 50m livre. Além disso, no Mundial da Ilha da Madeira 2022, faturou o ouro nos 50m costas, nos 50m borboleta e no revezamento 4x50m livre e prata nos 50m livre e nos 200m medley.
Talisson Glock – Natação
Quatro vezes medalhista paralímpico, Talisson Glock deve estar no pódio de Paris 2024. Sua primeira medalha no torneio veio na edição do Rio 2016. Na oportunidade, ele conquistou prata no revezamento 4x50m livre e bronze nos 200m medley.
Em Tóquio 2020, o brasileiro garantiu ouro nos 400m livre e bronze nos 100m livre e no revezamento 4x50m livre misto 20 pontos.
Débora Menezes – Taekwondo
Terceira colocada no ranking mundial em sua categoria, Débora já é medalhista paralímpica: em Tóquio 2020 ela conquistou a medalha de prata.
Durante o último ciclo paralímpico, ela foi prata na categoria acima de 65kg nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, bronze na categoria acima de 65kg no Mundial do México 2023, prata no Pan-Americano no Rio de Janeiro 2022, bronze no Grand Prix de Manchester 2022 e bronze no Grand Prix Paris 2022.
Maria Eduarda Stumpf – Taekwondo
Com apenas 19 anos, Maria Eduarda chega para a sua primeira edição de Jogos Paralímpicos como a 3ª colocada no ranking mundial até 52kg.
A brasileira vem de grandes feitos ao longo do ciclo, como: ouro na categoria até 52kg nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, bronze na etapa do México do Grand Prix em 2023, ouro na etapa da França do Grand Prix em 2023 e ouro no Pan Am Series II no Brasil em 2023.
Cátia Oliveira – Tênis de Mesa
Bronze em Tóquio 2020 e 4º lugar no ranking mundial da classe 2, Cátia vai em busca de mais uma medalha paralímpica. Nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, ela faturou o ouro nas duplas femininas WD5-10 e mistas XD4-7.
Vitor Tavares – Badminton
Quarto colocado nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Vitor Tavares é um forte candidato a um lugar no pódio de Paris 2024. Aos 25 anos, o brasileiro conquistou medalha de prata no individual SH6 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
Luís Carlos Cardoso – Canoagem
Prata no caiaque nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, Luís Carlos vai em busca de sua segunda medalha paralímpica. Após a edição em solo japonês, o atleta também conquistou a medalha de parta no Campeonato Mundial em Halifax 2022.
Dessa maneira, é forte candidato ao pódio.
Thiago Paulino – Atletismo
Thiago Paulino, atleta que compete no arremesso de peso no atletismo. Ele foi submetido à amputação da perna esquerda abaixo do joelho devido a um acidente de moto, em 2010.
O atleta brasileiro é bicampeão mundial, além de ter conquistado uma medalha de bronze e duas outras nos Jogos Parapan-Americanos. Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Thiago ficou com a medalha de bronze.
Cícero Nobre – Atletismo
Atual medalhista de bronze em Tóquio 2020, Cícero Nobre busca mais um pódio paralímpico. O atleta tem má-formação congênita bilateral nos pés e conheceu o atletismo em 2013.
Além da conquista em solo japonês, ele faturou o ouro no lançamento de dardo no Mundial de Kobe 2024, ouro no lançamento de dardo nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e bronze no lançamento de dardo Mundial Paris 2023.
Fernanda Yara – Atletismo
Com um ciclo paralímpico empolgante, Fernanda integra a lista de fortes candidatos ao pódio em Paris 2024.
Recentemente, a atleta conquistou ouro nos 400m no Mundial de Kobe 2024, ouro nos 400m e prata nos 100m e 200m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e ouro nos 400m e bronze no revezamento 4x100m misto no Mundial Paris 2023.
Jardênia Felix – Atletismo
Aos 21 anos, Jardênia tem deficiência intelectual e é um dos principais destaques do atletismo paralímpico brasileiro.
Medalhista de bronze nos 400m nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, a atleta chega como candidata ao pódio mais uma vez. Recentemente, Jardênia conquitou o bronze no salto em distância no Mundial Paris 2023.
Julyana Cristina da Silva – Atletismo
Julyana é amputada de perna esquerda, na altura do joelho, devido a uma má-formação congênita. Em Tóquio 2020, ela faturou a medalha de bronze no lançamento de disco e pode repetir o feito em Paris.
Mateus Evangelista – Atletismo
Dono de duas medalhas paralímpicas e bronze no salto em distância no Mundial de Kobe 2024, Mateus Evangelista deve estar entre os três melhores novamente.
O brasileiro foi bronze no salto em distância nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e prata na mesma competição nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Rayane Soares – Atletismo
Rayane nasceu cega por conta de microftalmia bilateral congênita, má-formação nos globos oculares. Entrou no esporte paralímpico em 2015.
Após conquistar ouro nos 200m, prata nos 100m e bronze nos 400m no Mundial de Kobe 2024, a brasileira chega como forte candidata ao pódio nos Jogos Paralímpicos de Paris.
Ricardo de Mendonça – Atletismo
Ricardo sofreu um acidente em 2014 que deixou sequelas no braço e perna do lado direito e começou no esporte paralímpico em 2019. Bronze em Tóquio 2020, ouro nos 100m no Mundial de Kobe 2024 e nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, ele é mais um atleta que deve faturar com medalha de Paris 2024.
Rodrigo Parreira – Atletismo
Bronze no salto em distância no Mundial de Kobe 2024, Rodrigo Parreira nasceu com paralisia cerebral, que afeta sua coordenação motora e o lado esquerdo de seu corpo.
Aos 30 anos de idade, o brasileiro já possui duas medalhas paralímpicas em seu currículo, ambas conquistadas no Rio 2016, são elas: prata nos 100m e bronze no salto em distância.
Samuel Oliveira Conceição – Atletismo
Ouro nos 400m no Mundial de Kobe 2024, nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e no Mundial Paris 2023, Samuel Conceição chega em Paris como uma das principais revelações do atletismo paralímpico brasileiro. Aos 25 anos, ele disputa sua primeira edição do Jogos.
Thalita Simplício – Atletismo
Bimedalhista nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, Thalita deve estar no pódio novamente. Em solo japonês, a brasileira conquistou a prata nos 400m e nos 200m. Além disso, ela faturou o ouro nos 400m e prata nos 200m no Mundial de Kobe 2024.
Verônica Hipólito – Atletismo
Atleta do atletismo olímpico, migrou para o Movimento Paralímpico logo depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no início de 2013. Prata nos 100m e bronze nos 400m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, Verônica vem de uma grande conquista no Mundial de 2024. Na oportunidade, ela foi medalha de bronze nos 100m.
Vinicius Rodrigues – Atletismo
Prata nos 100m no Mundial Paris 2023 e nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, Vini é um dos candidatos ao pódio de Paris 2024.
Vinícius Rodrigues é um destacado atleta paralímpico brasileiro. Competindo na classe T63, destinada a amputados de perna acima do joelho, ele estabeleceu em 2019 o recorde mundial de sua classe nos 100 metros rasos, com um tempo de 11s95.
Wanna Brito – Atletismo
Recordista e campeã Mundial, Wanna Brito deve conquistar seu lugar no pódio paralímpico 2024.
Durante o ciclo olímpico, a atleta conquistou ouro no arremesso de peso e no lançamento de club no Mundial de Kobe 2024, ouro no arremesso de peso nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, prata no arremesso de peso no Mundial Paris 2023 e ouro no arremesso de peso no Grand Prix de atletismo em Marrakech 2023.
Washington Junior – Atletismo
Atual medalhista de bronze nos 100m nos Jogos Paralímpicos, Washington vai em busca de sua segunda medalha no torneio. Ele chega em Paris 2024, após conquistar prata nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
Andreza Vitoria de Oliveira – Bocha
Atleta de bocha há oito anos, Andreza vai para a sua segunda edição e Jogos Paralímpicos. Em Tóquio 2020, o desempenho não foi como esperado, mas a brasileira chega em Paris confiante por um lugar no pódio.
Ouro no individual BC1 e por equipes BC1/BC2 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, a expectativa é alta por uma medalha.
José Carlos Chagas – Bocha
Diagnosticado com paralisia cerebral e com grave comprometimento motor, José Carlos Chagas iniciou na bocha apenas aos 26 anos. Medalhista paralímpico em Tóquio 2020, Zé pode trazer mais uma medalha para o Brasil.
Recentemente, ele conquistou o bronze no individual nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
Maciel de Sousa Santos – Bocha
Aos 39 anos de idade, Maciel possui três medalhas paralímpicas em seu currículo. A mais recente delas foi conquistada em Tóquio 2020, onde o atleta ficou com o bronze no individual.
Maciel chega em Paris 2024, após um ciclo dourado: ouro no individual BC2 e por equipes BC1/BC2 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, no individual da Copa do Mundo de bocha no Rio de Janeiro 2022 e por equipes na Copa América de 2021.
Lauro Chaman – Ciclismo
Após ficar fora do pódio nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, a expectativa é que Lauro Chaman volte a conquistar uma medalha.
Durante o ciclo paralímpico, o atleta garantiu ouro na prova dos 4.000m perseguição e prata no contrarrelógio C5 e na Estrada C4-5 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023. Além do bronze nas provas Omnium e Scratch no Mundial de Glasgow 2023. Para Marcelo Cartaxo, repórter do Esportelândia, Lauro é a principal esperança de medalha no ciclismo.
Lauro Chaman, após uma campanha sem medalhas em Tóquio-2020, busca retornar ao pódio em Paris-2024.
Considerado a principal esperança de medalhas do Brasil no ciclismo paralímpico, ele acumula conquistas notáveis, incluindo medalhas na Rio-2016 e títulos mundiais na prova de resistência em 2017 e 2021.
Sabrina Custódia – Ciclismo
Após conquistar a medalha de ouro na prova de 5.500m contrarrelógio C1-5 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, Sabrina pode brigar por um lugar no pódio da Paralímpiada de Paris 2024.
Além disso, a atleta foi campeã brasileira em 2023, vice-campeã mundial 2022 na prova de pista 500m, ouro nas provas de 500 metros, Scratch, perseguição individual no Campeonato Brasileiro de pista em 2022 e 2023. Para Marcelo Cartaxo, do Esportelândia, ela vai fazer história dentro e fora das pistas.
Sabrina Custódia da Silva será a única atleta do país a competir tanto no ciclismo pista quanto no ciclismo de estrada nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. Sua participação é um marco importante para o ciclismo paralímpico do Brasil, evidenciando sua capacidade de competir em múltiplas frentes.
Vem se consolidando como uma das principais representantes do país no cenário internacional, trazendo esperanças de bons resultados nas competições.
Lúcia Da Silva Teixeira Araujo – Judô
Lúcia nasceu com baixa visão devido a uma toxoplasmose congênita. A atleta começou a praticar judô aos 15 anos de idade por intermédio dos irmãos.
Atual 6ª colocada no ranking mundial da categoria J2 -57kg, Lúcia possiu três medalhas paralímpicas – em Tóquio 2020, Rio 2016 e Londres 2012. Recentemente, a paulistana conquistou ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
Tayana Medeiros – Halterofilismo
Diagnosticada com artrogripose, doença que compromete o movimento de suas pernas, Tayana conheceu a modalidade depois de um evento antes dos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, ela conquistou a medalha de ouro na categoria até 86kg. Além disso, Tayana foi prata na equipe feminina no Mundial de Dubai 2023 e prata na Copa do Mundo de Dubai 2022.
Wendell Belarmino – Natação
Campeão nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, Wendell Belarmino pode brigar por um lugar no pódio de Paris 2024.
Nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, ele conquistou ouro nos 50m livre, 100m borboleta, 100m costas, 200m medley e revezamento 4x100m medley 49 pontos, além da prata nos 400m livre.
Brasileiros que podem brigar pelo pódio na Paralimpíada de Paris
O Brasil tem vários atletas que não estão entre os favoritos, mas ainda estão na briga pelo pódio. Nessa lista, estão aqueles que possuem bons resultados, mas sem se manter de forma constante entre os melhores.
Ana Karolina Soares – Natação
Ana Karolina nasceu com deficiência intelectual e, por indicação médica, começou a praticar natação. Aos 24 anos, ela já é medalhista olímpica. Em Tóquio 2020, a brasileira foi bronze no revezamento 4x100m livre misto S14 nos Jogos Paralímpicos.
Além disso, no último ciclo olímpico ela conquistou ouro nos 100m costas, 100m borboleta, 200m livre e 200m medley nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; bronze no revezamento 4x100m livre e no revezamento 4x100m medley no Mundial de Manchester 2023; bronze no revezamento 4x100m livre e no revezamento 4x100m medley no Mundial da Ilha da Madeira 2022.
Débora Carneiro – Natação
Aos 26 anos, Débora vem de um ótimo ciclo paralímpico. Nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, ela conquistou prata nos 100m peito e 200m medley, além do bronze nos 200m livre.
Somado a isso, a brasileira foi ouro nos 100m peito no Mundial de Manchester 2023; bronze nos 100m peito, no revezamento 4x100m livre e no revezamento 4x100m medley no Mundial da Ilha da Madeira 2022. Assim, pode brigar por um lugar no pódio.
Gabriel Cristiano – Natação
Bronze nos 50m livre, 100m livre e no revezamento 4x100m medley no Mundial de Manchester 2023, Gabriel Cristiano pode conquistar um lugar no pódio paralímpico.
Além disso, o brasileiro conquistou o ouro nos 100m borboleta e no revezamento 4x100m medley 34 pontos e prata nos 100m livre nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
Lídia Cruz – Natação
Lídia tem mielomeningocele, uma má-formação na coluna, que afeta os membros inferiores. A primeira competição da atleta foi em 2017, um regional no Rio de Janeiro, a natação paralímpica entrou na vida da jovem durante o processo de reabilitação.
A brasileira conquistou ouro nos 50m livre e prata nos 50m costas, 100m livre e 200m livre, além do bronze nos 50m peito e 150m medley, nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; prata nos 100m livre e no revezamento 4x50m livre no Mundial de Manchester 2023. Desse modo, pode conquistar um lugar no pódio.
Mariana Gesteira – Natação
Mariana nasceu com Síndrome de Arnold-Chiari, uma má-formação do sistema nervoso central que afeta a coordenação e equilíbrio. Aos 29 anos, ela já possui medalha paralímpica, conquistada em Tóquio 2020.
No último Mundial, Mariana faturou ouro nos 50m livre, prata nos 100m livre e bronze nos 100m costas e nos revezamentos 4x100m medley e 4x100m livre.
Ruan Souza – Natação
Medalhista nos Jogos do Rio 2016, Ruan pode conquistar sua segunda medalha paralímpica em Paris 2024. Na última edição do Parapan-Americano de Santiago 2023, ele faturou prata nos 100m peito e 200m medley.
Israel Stroh – Tênis de Mesa
Prata no individual masculino, nas duplas mistas XD14-17 e nas duplas masculinas MD14 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, Israel vai em busca da sua segunda medalha em Paralimpíada. Em Tóquio 2020, o brasileiro conquistou a medalha de prata na disputa individual.
Mari Santilli – Canoagem
Bronze na canoa no Campeonato Mundial em Halifax 2022, ouro no caiaque e prata na canoa no Parapan-Americano em Halifax 2022, e finalista na última edição de Jogos Paralímpicos, Mari chega em Paris 2024 visando sua primeira medalha da competição.
Igor Tofalini – Canoagem
Bicampeão mundial e hexacampeão brasileiro, Igor Tofalini fez um ciclo paralímpico empolgante. Aos 41 anos, ele busca a única conquista que ainda não tem no currículo: medalha paralímpica.
Daniel Mendes – Atletismo
Medalhista paralímpico em Londres 2012 e Rio 2016, Daniel pode brigar por um lugar no pódio. Aos 45 anos, ele faturou o ouro nos 400m e prata nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
Edenilson Floriani – Atletismo
Ouro no arremesso de peso e lançamento de dardo nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, além da conquista de bronze no arremesso de peso no Mundial Paris 2023, Edenilson pode surpreender ao conquistar sua primeira medalha em Jogos Paralímpicos.
Felipe Gomes – Atletismo
Com cinco medalhas paralímpicas em seu currículo, é sempre interessante colocar Felipe Gomes como candidato ao pódio. No Mundial de Kobe 2024, o brasileiro conquistou o bronze nos 400m e chega confiante em Paris.
Julio César Agripino – Atletismo
Diagnosticado com ceratocone, Julio César migrou para o paradesporto por meio dos treinadores do Centro Olímpico. No último Mundial, realizado em Kobe 2024, o brasileiro conquistou ouro nos 1.500m e prata nos 5.000m.
Lorraine de Aguiar – Atletismo
Com um ciclo paralímpico premiado, Lorraine pode brigar por um lugar no pódio de Paris 2024. A atleta brasileira conquistou três medalhas na última edição do Mundial, são elas: prata nos 100m e nos 400m, e bronze nos 200m.
Rosicleide Silva de Andrade – Judô
Após conquistar ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e no Pan-Americano do Canadá 2022, Rosicleide pode brigar por um lugar no pódio de Paris 2024. A atleta tem retinopatia em decorrência da prematuridade e compete na categoria J1 – até 48kg.
Caroline Fernandes – Halterofilismo
Natural de Montes Claros, Minas Gerais, Carol representa o Brasil no halterofilismo. A atleta conquistou a medalha de ouro na categoria até 79kg, com o levantamento de 116kg, nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023. Assim, pode brigar por um lugar no pódio paralímpico.
Ezequiel de Souza Correa – Halterofilismo
Bronze na categoria até 72kg nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e prata na Copa do Mundo de Dubai 2022, Ezequiel é um dos possíveis candidatos ao pódio em Paris 2024.
Julyana Cristina da Silva – Tiro com arco
Medalhista de bronze no lançamento de disco nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, Julyana tem a chance de conquistar sua segunda medalha na competição. A atleta é amputada de perna esquerda, na altura do joelho, devido a uma má-formação congênita.
Além da medalha em solo japonês, Julyana é a 14ª colocada do ranking mundial e conquistou bronze no lançamento de disco e no arremesso de peso nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
Podem surpreender
Se tratando de uma Paralimpíada, nada é certo. É o maior evento esportivo da categoria e todos os atletas dão o seu melhor para subir ao pódio. Por isso, também é preciso levar em consideração aqueles atletas que podem surpreender.
Andrey Madeira – Natação
Andrey foi submetido à amputação de parte da perna esquerda (acima do joelho), por falta de circulação, com apenas três dias de vida. Aos 10 anos, iniciou na natação por incentivo do seu primeiro técnico.
Ouro nos 400m livre e prata nos 50m livre nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; prata nos 400m livre no Open Internacional 2023; ouro nos 400m livre e 100m livre, prata nos 50m livre e bronze nos 100m borboleta e 200m medley no Campeonato Brasileiro 2023, Andrey pode surpreender no torneio.
Beatriz Carneiro – Natação
Beatriz foi diagnosticada aos seis anos com deficiência intelectual. Iniciou a natação como hobby e, aos 12 anos, começou a competir. Na última edição do torneio, em Tóquio, bronze nos 100m peito SB14.
Nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, Beatriz foi Ouro nos 100m peito, prata nos 200m livre e bronze nos 200m medley.
Daniel Mendes – Natação
Com uma considerável experiência em Jogos Paralímpicos, Daniel já possui três medalhas no torneio, são elas: bronze nos 200m e ouro no revezamento 4x100m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e prata nos 200m nos Jogos Paralímpicos Londres 2012.
O atleta não chega entre os favoritos para Paris 2024, mas pode surpreender.
Edênia Garcia – Natação
Bronze nos 50m costas nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e prata nos 50m costas no Mundial de Manchester 2023, Edênia é pode conquistar um lugar no pódio de Paris 2024.
A cearense já possui experiência em Paralimpíadas e soma três medalhas na carreira, são elas: prata nos 50m costas nos Jogos Paralímpicos Londres 2012; bronze nos 50m livre nos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008 e prata nos 50m costas nos Jogos Paralímpicos de Atenas 2004.
Laila Suzigan – Natação
Laila sofre de paraparesia espástica hereditária desde os seis anos, quando começou a perder o equilíbrio e pisar na pontas dos pés. Começou então a nadar como forma de reabilitação.
Ouro nos 50m livre, 100m peito, 400m livre, e no revezamento 4x50m livre 20 pontos, além da prata nos 50m borboleta e 200m medley, nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, Laila pode surpreender e conquistar medalha em Paris.
Vitória Ribeiro – Natação
Apesar da pouca idade, Vitória possui alguns feitos que a colocam na lista de possíveis surpresas nos Jogos Paralímpicos 2024. Recordista Brasileira e campeã ParapanAmericana, ela pode beliscar a sonhada medalha.
Lucas Arabian – Tênis de Mesa
Com um ano de idade, Lucas foi diagnosticado com um tumor na medula. Aos 18 anos, o jovem atleta está indo para sua primeira edição de Jogos Paralímpicos.
Em 2022, ele faturou a medalha de ouro nas duplas mistas XD4-7 e prata no individual masculino e nas duplas masculinas MD8 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, além do bronze no Campeonato Mundial 2022.
Marliane Santos – Tênis de Mesa
Ouro no individual feminino pela classe 3 e prata nas duplas femininas WD5-10 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, Marliane chega em Paris 2024 como a 8ª melhor colocada no ranking mundial. Desse modo, pode surpreender ao conquistar uma medalha na competição.
Sophia Kelmer – Tênis de Mesa
Com apenas 16 anos, Sophia já ocupa o 7º lugar no ranking mundial de sua categoria. Além de ser a vice-líder do ranking sub-23.
Em 2023, a brasileira conquistou a prata no individual feminino e bronze nas duplas femininas WD14-20 e duplas mistas XD14-17 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023. Ela também faturou o ouro no individual e na dupla feminina no Parapan de Jovens em Bogotá 2023.
Rayssa Veras – Esgrima de Cadeira de Rodas
Rayssa é atleta da categoria A, que é ocupada por pessoas com amputação dos membros inferiores. A atleta disputou o último Campeonato Brasileiro de Paraesgrima, em 2024, subiu ao pódio três vezes e conquistou dois ouros e uma prata.
Antônia Keyla – Atletismo
Keyla foi atleta-guia da maratonista baiana Edneusa Santos, que representou o Brasil na modalidade em Mundiais e nos Jogos de Tóquio. Em 2019, teve diagnosticada a deficiência intelectual.
Em sua recentes competições, a brasileira conquistou prata nos 1.500m no Mundial de Kobe 2024, prata nos 1.500m no Mundial Paris 2023, prata nos 1.500m no Global Games França 2023 (Virtus) e prata nos 800m no Grand Prix Chile 2021.
Giovanna Boscolo – Atletismo
Giovanna é uma das maiores promessas do atletismo paralímpico brasileiro e brilhou recentemente no GP de Dubai. A jovem paratleta foi atriz e modelo na infância, partipando de novelas conhecidas com Chiquititas.
Bronze no lançamento de club no Mundial de Kobe 2024, ouro e recorde das Américas no lançamento de club no Grand Prix de Dubai 2024 e prata no arremesso de peso no Open Internacional de atletismo 2024, Giovanna Boscolo pode surpreender em Paris.
Thiego Marques – Judô
Aos 25 anos, Thiego tem baixa visão por conta do albinismo e começou a praticar judô em 2011. Durante o último ciclo paralímpico, o paraense conquistou ouro até 60kg nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, prata no Mundial de Baku 2022 e ouro no Pan-Americano do Canadá 2022.
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Repórter do Esportelândia desde 2024. Formada em arbitragem pela Federação Paulista de Voleibol. Fundadora e administradora da página Passe Na Mão, uma das maiores referência de voleibol feminino do país.