A 20 dias dos Jogos Olímpicos de inverno da Juventude Gangwon 2024, o Brasil estreia com 17 atletas. Laura Amaro, notável no levantamento de peso, já escreveu sua história.

Aos 23 anos, tem feitos marcantes: primeira mulher brasileira a medalhar em Mundial adulto, recorde no peso total e prata nos Jogos Pan-Americanos de 2023.

Seu início foi em 2015, seletiva para os Jogos de inverno da Juventude em 2016, onde se tornou a pioneira a competir no skeleton pelo Brasil.

Laura Amaro fala sobre a referência do Skeleton na carreira

Aos 14 anos, Laura sobressaiu-se em testes de velocidade e potência durante uma seleção para os Jogos Olímpicos de inverno da Juventude em Lillehammer 2016.

Após meses de treinamento, ela embarcou para a Noruega e se tornou a pioneira a representar o Brasil no Skeleton, como a primeira mulher em uma competição olímpica desse nível.

Foi lá que eu tive o meu primeiro contato com os valores olímpicos. Valores que eu, na Zona Norte do Rio de Janeiro, já cultivava, mas não sabia o nome. A busca por um esporte limpo, por uma competição o mais igualitária possível.

Quem é atleta de verdade, quem tem esse sangue na veia, já tá dentro da gente. E eles começaram a pulsar mais intensamente dentro de mim”, diz Laura. “Competir é muito legal, mas você estar dentro desse ambiente olímpico é muito diferente.

Carlos Aveiro, técnico de Laura desde a infância, destaca que a participação da atleta nos Jogos de Lillehammer 2016 teve um papel crucial em seus resultados. Ele afirma: “Ela estar lá, absorvendo os valores olímpicos, fez toda a diferença para sua jornada atual no levantamento de peso olímpico.”

O coração que há 8 anos começou a se dividir, ainda guarda um pedacinho gelado, mas no melhor sentido possível. Por fim, Laura contou uma curiosidade sobre o seu envolvimento com o Skeleton e o levantamento de pesos.

No meu bolo de 15 anos tinha eu de vestido com peso em cima da cabeça e também o meu bonequinho fazendo skeleton. Quando voltei de Lillehammer, escolhi seguir no levantamento de pesos. Se tudo encaixar, ainda pretendo voltar para o gelo, mas penso mais no bobsled. É um esporte que sempre me chamou atenção pela potência de empurrar, poder controlar o carrinho nas manivelas