O basquete é um esporte mundialmente conhecido e praticado. O maior campeonato é a NBA, com muitos jovens que mantem o desejo de ingressarem na maior liga do planeta. Desta forma, o caminho mais comum é através do Draft, que é quando os atletas se candidatam e podem ser escolhidos entre as 60 escolhas possíveis. Com isso, alguns brasileiros já fizeram esse processo.
+ Todos os brasileiros que já jogaram na NBA e seus números
Confira a lista com os brasileiros no Draft da NBA
A história do Brasil no Draft tem muitas alegrias e atletas brasileiros ao longo dos anos. Tudo começou com Marquinhos Abdalla, em 1976. Ele abriu o caminho para os atletas entrarem na liga. Confira a lista com todos os nomes que já passaram pelo Draft da NBA.
Marquinhos Abdalla
No dia 8 de junho de 1976, o brasileiro Marquinhos Abdalla, foi draftado na 162ª posição pelo Portland Trail Blazers. Ele foi o primeiro brasileiro a ser recrutado pela NBA. Porém, ele preferiu continuar defendendo a seleção brasileira e recusou ao convite. Na época, apenas jogadores amadores poderiam jogar pelas seleções nacionais. E como jogador da NBA, ele seria considerado jogador profissional.
Uma curiosidade é que, naquela temporada de 1976/77, o time do Portland Trail Blazers seria campeão e não teve a presença do brasileiro.
Oscar Schmidt
O Mão Santa foi escolhido pelo New Jersey Nets (atualmente Brooklyn Nets) na sexta rodada, na 131ª escolha, do famoso draft da NBA de 1984, mas, pelo mesmo motivo de Marquinhos Abdalla, também declinou o convite. O brasileiro desfilou seu talento nos times do Brasil, da Europa e na Seleção.
Rolando Ferreira
Ele foi de fato o primeiro a jogar na NBA, escolhido no Draft de 1988 pelo Portland Trail Blazers. O pivô entrou em quadra com 12 jogos; 0,8 ponto por jogo; 1,1 rebotes; 0,1 assistências. Ele treinou antes pela Universidade de Houston.
Pipoka
O brasileiro foi o segundo a entrar em quadra pela NBA, no ano de 1991. João José Vianna, o Pipoka, teve sua chance na NBA. Aos 25 anos, o ala assinou com o Dallas Mavericks, mas atuou em apenas uma partida com o time texano. Foram nove minutos, com dois pontos e duas assistências.
Saiu dos Estados Unidos e foi para o Maratonistas de Coamo, de Porto Rico. Entretanto, em 1993 voltou ao Brasil para atuar pelo Monte Líbano. Passou por Palmeiras, União Corinthians, Mogi das Cruzes, Flamengo, Araraquara e encerrou a carreira em 2007, com o Lobos Brasília. Assim como Rolando, Pipoka também foi campeão Pan-Americano com a Seleção.
Nenê Hilário
Mais de uma década após a participação de Pipoka, o Brasil voltou a ter um representante na NBA com Maybyner Rodney Hilário, o Nenê. Ele foi o sétimo escolhido no Draft de 2002, pelo New York Knicks, mas, pouco depois, foi enviado para o Denver Nuggets onde se destacou.
O pivô teve a carreira mais sólida entre todos os brasileiros. Ele é o nono maior pontuador do Denver Nuggets, com 6.868 pontos. Ele é ainda o sétimo maior reboteiro e o nono na lista de jogadores com mais tocos pelo time do Colorado. Além do time do Colorado, Nenê também defendeu as cores de Washington Wizards e Houston Rockets. Tudo isso em 965 jogos.
Ao todo, foram 18 temporadas na NBA, com médias de 11,3 pontos, 6 rebotes e 54,8% de aproveitamento nos arremessos de quadra. Todavia, antes de ir para os EUA, o pivô foi campeão brasileiro com o Vasco da Gama.
Leandrinho
Leandro Barbosa é, provavelmente, o brasileiro de maior destaque na história da NBA. Após se destacar pelo Bauru, ele foi o 28º escolhido no Draft de 2003, pelo San Antonio Spurs. A equipe texana o enviou para Phoenix Suns, onde fez história ao lado de Steve Nash, Amar’e Stoudemire e companhia e, em 2007 foi eleito o melhor sexto homem da liga.
Depois de passar por Suns, passou por Toronto Raptors, Boston Celtics e Golden State Warriors, onde foi campeão em 2014-15. O seu trabalho foi recompensado com o título e como forma de gratidão, em 2016 retornou à Phoenix para encerrar sua carreira na NBA. Com isso, foram 850 jogos; 10,6 pontos por jogo; 2 rebotes por jogo e 2,1 assistências.
Depois, ele voltou ao Brasil para atuar mais duas temporadas no NBB e hoje vai alçando uma carreira como treinador nos EUA. Ele conquistou o título com o Warriors e hoje é auxiliar no Sacramento Kings.
Alex Garcia
O “Brabo” continua no basquete, aos 43 anos, Alex Garcia segue no basquete e defende o Bauru. Ele iniciou a carreira no COC/Ribeirão Preto, onde se destacou ao lado de Nezinho e Arthur. Em 2003 assinou com o Spurs, mas atuou em apenas dois jogos em San Antonio. No ano seguinte fez oito partidas – três como titular – pelo New Orleans Hornets, mas acabou dispensado. Somando no total 10 jogos; 4,7 pontos por jogo; 1,5 rebote e 1,8 assistência.
Rafael Bábby
O brasileiro foi a oitava escolha no Draft e 2004, Rafael Araújo não alcançou o destaque imaginado. Depois de duas temporadas com o Toronto Raptors ele foi negociado para o Utah Jazz, onde atuou em 28 jogos antes de se despedir da liga. Em 2008 ele chegou a participar do training camp do Minnesota Timberwolves, mas foi dispensado.
Apesar disso, ele integra a lista dos brasileiros com passagem na NBA. Assim, ficou com 139 jogos; 2,8 pontos por jogo; 2,8 rebotes e 0,3 assistência
Anderson Varejão
Anderson Varejão uniu carisma e talento para se tornar um dos jogadores mais queridos por onde passou. Mas sua carreira não se reduziu apenas à simpatia dos fãs. O ala-pivô foi vitorioso no basquete europeu e na NBA.
O brasileiro foi draftado pelo Orlando Magic na segunda rodada do draft de 2004 e, logo em seguida, trocado com o Cleveland Cavaliers, franquia que defendeu entre 2004 e 2016.
Ele ainda é o quinto na lista de jogadores com mais rebotes na história dos Cavaliers e o oitavo na relação de tocos e roubos de bola. Não à toa se tornou um ídolo da torcida da franquia. Ao todo na NBA foram 627 jogos; 7,3 pontos por jogo; 7,2 rebotes e 1,2 assistência.
Em 2016, Varejão deixou os Cavs durante a temporada para defender o Golden State Warriors e foi derrotado pela ex-equipe nas finais da NBA. Ele seguiu no time californiano até fevereiro de 2017. Os Warriors acabaram campeões daquela temporada e deram um anel ao brasileiro por sua contribuição na campanha do título. Além do anel de campeão da NBA, Anderson Varejão ostenta no currículo uma escolha para o NBA All-Defensive Second Team em 2010.
Marquinhos
Marquinhos teve uma passagem de duas temporadas na NBA, no New Orleans Hornets. O ala disputou 26 partidas pela franquia, com média de 6,6 minutos por jogo.
Em fevereiro de 2008, Marquinhos foi envolvido numa troca com o Memphis Grizzlies, mas não chegou a jogar por aquele que seria seu segundo time na NBA. Apenas dois dias depois da transação, o brasileiro foi dispensado pelos Grizzlies. Ao todo, foram 26 jogos; 1,9 ponto por jogo; 0,7 rebote por jogo e 0,3 assistência.
Tiago Splitter
Tiago Splitter foi o primeiro brasileiro a ser campeão da NBA. Em 2014, ele ajudou o San Antonio Spurs a conquistar o título diante do Miami Heat, que contava com o trio LeBron James, Dwyane Wade e Chris Bosh.
O ala-pivô brasileiro teve papel relevante na conquista dos Spurs, tendo sido titular em dois dos cinco jogos da série decisiva contra o Heat. Desta forma, são 355 jogos; 7,9 pontos por jogo; 5 rebotes por jogo e 1,2 assistência.
Curiosamente, Splitter foi selecionado pelo time de San Antonio no draft de 2007, mas seguiu jogando no basquete espanhol. Ele só iniciou sua trajetória na NBA em 2010.
Após defender os Spurs até 2015, Tiago Splitter ainda jogou uma temporada pelo Atlanta Hawks e tem rápida passagem pelo Philadelphia 76ers, franquia que defendeu apenas em oito jogos. A carreira de Splitter como jogador foi encerrada em 2017, mas ele segue trabalhando na NBA. Atualmente, ele é treinador de desenvolvimento do Brooklyn Nets.
Fab Melo
Scott Machado
Scott Machado nasceu nos Estados Unidos, mas é filho de brasileiros. Após se inscrever no draft de 2012 e ser selecionado, o armador teve sua primeira chance na NBA após se destacar na Summer League.
Na temporada 2012/2013, Scott Machado jogou seis partidas pelo Houston Rockets. Depois de um longo período de ausência, ele assinou um contrato curto com o Los Angeles Lakers em 2019 e defendeu a franquia californiana em quatro jogos. No total são 10 jogos; 1,8 ponto por jogo; 0,1 rebote e 0,9 assistência.
Vitor Faverani
Em 2013, assinou com o Celtics e partiu para a NBA já que não conseguiu entrar pelo Draft. O pivô teve um início promissor com nove tocos e um duplo-duplo nos dois primeiros jogos. No entanto, foram apenas 37 jogos – oito como titular – e uma grave lesão no joelho, antes de ser dispensado pelo time de Boston. Assim, somou 4,4 pontos por jogo; 3,5 rebotes e 0,4 assistência.
Assim, em 2015 voltou para a Europa e continuou atuando pelo continente, principalmente na Espanha. A última temporada ele disputou o NBB pelo Flamengo.
Lucas Bebê
No alto de seus 2,13m, Lucas Nogueira poderia ter tido uma carreira muito melhor na NBA. O pivô iniciou a carreira no basquete espanhol, foi selecionado na 16ª escolha pelo Celtics, mas foi negociado duas vezes antes de assinar com o Toronto Raptors. No Canadá foram quatro temporadas e, num teste com o Utah Jazz, sofreu uma lesão no joelho que o tirou de quadra por dois anos.
Assim, o brasileiro se aventurou em alguns países, no Brasil, jogou pelo Basquete Cearense. Pela NBA foram 141 jogos; 3,2 pontos; 2,8 rebotes e 0,5 assistência.
Bruno Caboclo
Bruno Caboclo pode atuar com qualidade em três posições: ala, ala-pivô ou pivô. O jogador chegou à pelo Toronto Raptors, com a 20ª escolha que o selecionou no Draft de 2014 como uma das grandes promessas brasileiras. Contudo, em quatro temporadas atuou em apenas 25 jogos. Em 2018 foi negociado para o Sacramento Kings, mas ficou pouco na Califórnia.
Sua melhor passagem na NBA foi com o Memphis Grizzlies. Pelo time do Tennessee foram 56 jogos, com médias de 6,1 pontos e 3,6 rebotes. Depois de uma rápida passagem pelo Limoges, da França, retornou ao Brasil. No São Paulo foi campeão paulista e da BCLA em 2022 e MVP do NBB. Assim, conseguiu uma vaga no time do Jazz para a Summer League.
Entre 2014 e 2018, Caboclo disputou apenas 25 jogos pelo Toronto Raptors, sendo um como titular. Já em 2017/2018, jogou 10 partidas pelo Sacramento Kings. Sua passagem mais sólida foi pelo Memphis Grizzlies, com 56 partidas e média de 17,7 minutos por jogo. Ao todo, 97 jogos; 4,2 pontos; 2,5 rebotes e 0,7 assistência.
Marcelinho Huertas
Um dos maiores expoentes do basquete nacional nos últimos 20 anos, o mágico Marcelinho Huertas teve uma curta passagem na NBA. O armador defendeu o Los Angeles Lakers, mas atuou ao lado de Kobe Bryant por duas temporadas. Assim, foram 76 jogos e alguns passes geniais do brasileiro.
O armador brasileiro encerrou sua passagem pela NBA com 76 partidas disputadas, média de 14,6 minutos em quadra, 3,9 pontos por jogo; 1,5 rebote e 3,1 assistências.
Raulzinho
Sem muito alarde, Raulzinho ou Raul Neto, cravou seu espaço como um dos brasileiros mais consistentes na NBA. O armador brasileiro foi escolhido no Draft de 2013, mas ficou mais dois anos na Espanha, com o Murcia antes de se juntar ao Utah Jazz. Em Salt Lake City foram 199 jogos e três aparições nos playoffs.
Em 2019 assinou com o Philadelphia 76ers onde atuou por uma temporada. No ano seguinte, fechou com o Washington Wizards, onde ficou por dois anos e se consolidou como um bom reserva na liga. Dessa maneira, ninguém ficou surpreso ao saber que Raul Neto permanecerá na NBA. O brasileiro acertou com o Cleveland Cavaliers para 2022-23.
Embora tenha estreado na NBA pelo time de Salt Lake City, Raulzinho foi draftado pelo Atlanta Hawks, na segunda rodada de 2013. Na mesma noite do draft, ele foi trocado com o Utah Jazz. Atualmente ele tem mais de 250 jogos na liga.
Cristiano Felício
Felício iniciou sua carreira no Minas Tênis Clube. Em 2013 se inscreveu para a Universidade de Oregon para disputar a NCAA, mas foi considerado inelegível. Voltou ao Brasil para defender as cores do Flamengo. No Rubro-Negro foi campeão da Liga das Américas e da Copa Intercontinental.
Consolidado no basquete nacional, Felício assinou com o Chicago Bulls para a Summer League de 2015. Dessa maneira, iniciou uma carreira de seis temporadas na NBA, todas com o Bulls. Ao todo, foram 252 jogos, com médias de 4,3 pontos e 3,9 rebotes.
Didi
O capixaba, Didi estreou profissionalmente pelo Franca aos 17 anos no NBB e logo mostrou todo seu talento. Com boa envergadura e sólida defesa, o ala ficou no time paulista até 2019, enquanto se preparava para o recrutamento. Neste ano foi selecionado pelo Atlanta Hawks na segunda rodada do Draft, na 35ª escolha, mas foi negociado para o New Orleans Pelicans.
Depois de dois anos se desenvolvendo no basquete australiano, Didi foi chamado pelo Pelicans e entrou para a lista dos brasileiros na NBA. Em New Orleans foram apenas cinco jogos e uma suspensão por doping. Assim, acabou negociado com o Portland Trail Blazers e faz parte do elenco de Oregon. No entanto, hoje atua com contrato com o Cleveland Charge da G League, afiliado com o Cleveland Cavaliers.
Gui Santos
O ala-armador Gui Santos é o mais novo brasileiro na NBA. Com apenas 20 anos, Guilherme Carvalho dos Santos foi recrutado pelo Golden State Warriors no último Draft. Até o recrutamento, foram quatro temporadas e 79 jogos de amadurecimento no NBB. Formado pelo Minas Tênis Clube, Gui é uma das maiores promessas do basquete nacional. Então, veio a chance de ele se inscrever e ser selecionado.
Embora ainda não tenha entrado em quadra oficialmente pelo Warriors, Gui Santos já mostrou seu talento na Summer League. O brasileiro atuou na California Classic e obteve médias de 14 pontos, 3 rebotes e 2,7 assistências por partida. Ademais, teve aproveitamento de 50% nos arremessos de quadra e 40% das bolas do perímetro.
Tipster no Esportelândia. Jornalista formado na UniCarioca. Passou por Futebol na Veia, PL Brasil e Coluna do Fla. Está no Esportelândia desde 2022.