Após duas derrotas consecutivas do Bauru no NBB (Novo Basquete Brasil), Eduardo Cillo (Psicólogo do Esporte do Comitê Olímpico Brasileiro) cedeu uma entrevista exclusiva ao Esportelândia, contando mais sobre como essas derrotas afetam o psicológico dos atletas.

Técnico Guerrinha fala com exclusividade sobre lado mental dos atletas após derrotas

Em outra entrevista, com Jorge Guerra (Guerrinha), o técnico conta como essas derrotas afetaram o Bauru:

Primeiramente, nós tivemos dois ou três resultados atípicos. Essa derrota para o Ceará não era para ter. Ou seja, totalmente fora da nossa programação. O time atuou muito apático, muito mal em todos os sentidos. Contra o Unifacisa, não é nada anormal perder, mas da forma que perdemos é anormal. Bem como perder para o Pato, e da forma que foi pior ainda, então, são três jogos que ascende um sinal amarelo nessa parte mental.

Entrevista exclusiva com Eduardo Cillo, psicólogo do esporte

Segundo Eduardo Cillo, essas derrotas sofridas tão amargamente, afetam a mente dos atletas.

Nesse caso, é muito importante que o atleta compre a ideia de que tem uma nova oportunidade e que deve se preparar para ela, além de esquecer o resultado anterior, independente de vitória ou derrota, e levar a sério a preparação para o próximo confronto. É o mesmo raciocínio que se aplica dentro de um jogo de basquete entre ataque e defesa, não importa tanto qual foi o resultado da sua ação dentro do jogo, se você foi bem mal, você deve se concentrar faz o melhor possível naquela bola ou jogada, e independente do resultado, você tem que começar de novo na próxima jogada.

A saber, o psicólogo do esporte também comentou sobre a forma de motivação dos atletas, para que essas derrotas não os abalem de forma que não decaia o rendimento coletivo por conta de derrotas inesperadas.

Então, é comum você, tentar um ataque, não converter e, em seguida sofrer ponto na defesa. Por outro lado, você tenta compensar, mas, essa não é a hora de compensar. De fato,  é hora de manter a mentalidade coletiva, criar jogadas, tentar finalizar a próxima e, depois, defender a outra. Sempre assim.

Até onde o psicólogo do esporte pode atuar?

Além disso, Eduardo Cillo conta também como é o trabalho do Psicólogo do Esporte nesses momentos, até onde o psicólogo pode ir para ajudar a equipe a melhorar, seja em vitórias e derrotas.

Dificilmente o psicólogo vai para o banco, tendo a oportunidade de intervir com o jogo correndo. Talvez no vestiário ou intervalo, o psicólogo possa sentir o clima, da mesma forma como faria antes e depois de um jogo. Então, poderia passar informações para o treinador. Dessa forma, é um trabalho de parceria, o psicólogo capta informações a cerca dos atletas e passa essas informações para que o treinador tome as decisões dele sobre se ou como vai falar, cobrar ou reconhecer os feitos do atleta. Bem como, vai tomar a decisão se vai falar de maneira mais enérgica ou tranquila, então, a ponte até o atleta quem faz é o treinador, o psicólogo é um intermediário que leva as informações ao treinador.

A saber, Bauru venceu o São Paulo em seu último confronto, tirando essa má fase e melhorando o clima da equipe. Em suas redes sociais, o clima foi puramente de festa para o clube, que voltava a vencer após duas derrotas consecutivas.

Bauru volta às quadras na próxima sexta-feira (4), às 19h30 (horário de Brasília), contra o Paulistano fora de casa. Assim, os prognósticos e pós-jogos você acompanha aqui, no Esportelândia.

Foto destaque: Divulgação / Bauru Twitter