Pouco antes de conquistar o mundo com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994, Ronaldo Fenômeno viveu um momento especial que ele jamais esqueceria.

Mais do que o início de uma trajetória gloriosa, aquela Copa foi marcada por um pacto silencioso, uma promessa feita a um ídolo nacional que havia partido cedo demais: Ayrton Senna.

Tanto o piloto brasileiro quanto os jogadores da Seleção Brasileira selaram um pacto que apenas um deles poderia cumprir naquele ano de 1994, devido à morte precoce e trágica de Senna.

Ronaldo Fenômeno exalta ensinamentos de Ayrton Senna e comenta promessa

Segundo Galvão Bueno, que acompanhava de perto tanto Ayrton quanto os jogadores da Seleção, havia um compromisso de serem campeões mundiais juntos.

Naquele mesmo ano, foi selado, em um vestiário francês, antes de um jogo entre Seleção Brasileira x PSG/Bordeaux, em Paris, no dia 20 de abril de 1994, este acordo.

Na ocasião, Senna deu o pontapé inicial do duelo, estando extremamente nervoso. Em um momento de descontração e cumplicidade, Ayrton visitou o elenco em Paris e ali, sem alarde, nasceu o que Galvão chama de “um trato”.

Eu tenho a impressão de que eles fizeram um trato. Que os dois, o time brasileiro e ele, seriam tetracampeões do mundo juntos.

Essa ideia de união entre lendas do esporte nacional transcendeu o futebol e a Fórmula 1. Para Ronaldo, a memória de Senna foi combustível emocional durante toda a competição.

Acho que aquilo fazia parte (ser campeão também por Senna). Realmente, havia um trato, todos falavam lá dentro que existia esse compromisso de lembrar do Ayrton caso conseguíssemos a vitória.

A homenagem da Seleção Brasileira a Ayrton Senna

A homenagem ao piloto veio no momento mais simbólico: após a conquista contra a Itália, os jogadores estenderam no gramado uma faixa com os dizeres:

“Senna, aceleramos juntos. O tetra é nosso!”

Era mais do que uma lembrança: era a concretização de uma promessa feita com o coração.

O aprendizado que eu tive naquela Copa do Mundo foi fundamental pra minha vida inteira. Ayrton deixou muitos ensinamentos pra todos nós.

Com apenas 17 anos na época, Ronaldo não entrou em campo nos jogos, mas viveu intensamente os bastidores daquele título histórico.

A morte de Senna, ocorrida dois meses antes da estreia da Seleção no Mundial dos EUA, foi um baque profundo para todos os brasileiros.

Especialmente para os jogadores, afinal, o tricampeão da Fórmula 1 era o símbolo máximo de excelência, foco e garra, além de terem uma cumplicidade.

Um cara disciplinado, um cara talentoso, um cara educado, humilde. Na Copa, nós lembramos dele o tempo todo.

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Eric Filardi Content Coordinator

Coordenador do Esportelândia desde 2021, é jornalista pós-graduado em Jornalismo Esportivo. Autor do livro “Os Mestres do Espetáculo”, que está na biblioteca do Museu do Futebol de São Paulo. Passou por Jovem Pan, Futebol na Veia e PL Brasil.