A próxima etapa da Fórmula 1 se encaminha à Cidade do México para a disputa do GP do México. Com uma temporada de grandes reviravoltas, é extremamente difícil indicar favoritos em cada corrida. Porém, a Red Bull carrega um grande otimismo e tem bons motivos para isso.

Características do Autódromo Hermanos Rodríguez

O circuito possui 4.421km de extensão, com 17 curvas e três retas (uma delas entre as maiores retas da Fórmula 1) disponíveis para o DRS. São 71 voltas para a conclusão da corrida, mesmo número do GP do Brasil e GP da Áustria.

Pelas características são comuns de se pensar que a Mercedes carrega maior favoritismo. Ora, são três retas, três zonas de DRS, então o poder do motor da equipe alemã deve falar mais alto. Mas, não é assim na realidade.

ESPN/Reprodução
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Fator incomum em todo o calendário favorece a Red Bull

O GP do México possui mais uma característica fundamental e incomum dentre todos os circuitos: o nível de altitude. São 2.286 metros acima do nível do mar, e para efeito de comparação, o segundo circuito com o maior nível de altitude é o Autódromo de Interlagos, com 760 metros.

Mas por qual motivo é uma dor de cabeça para os engenheiros e o que isso afeta nos carros? Bom, o nível de altitude impacta pelo resfriamento menor dos motores, e a unidade de potência da Mercedes tenta compensar esse problema com uma maior exigência dos turbocompressores, acarretando em um aumento de temperatura superior aos outros motores e, portanto, perda maior de potência.

Últimas corridas do GP do México

Desde 2015, quando o GP do México voltou ao calendário, tivemos duas vitórias de Max Verstappen (2017 e 2018), duas de Lewis Hamilton (2016 e 2019) e uma de Nico Rosberg (2015). Em 2020 não houve corrida por conta da pandemia.

Na disputa pela pole, a Mercedes conquistou duas, em 2015 e 2016, sendo em 2017 e 2019 duas poles da Ferrari e, em 2018, com Max Verstappen largando à frente.

Detalhe que, em 2019, o holandês da Red Bull foi o mais rápido da classificação, mas perdeu posições por uma punição decorrente de não diminuir a velocidade em uma bandeira amarela.

Mesmo com um retrospecto um tanto quanto positivo da Mercedes, com o passar dos anos ficou nítida uma maior dificuldade de acerto do carro conforme as outras equipes se aproximavam. Em 2018 e 2019, a equipe alemã não largou na primeira fila, com Ferrari e RBR se destacando mais. Portanto, em 2021, teremos um outro capítulo, desta vez em uma das melhores temporadas da história da Fórmula 1.

Foto destaque: Reprodução/Autoracing