Em mais um dia dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, o destaque deste sábado (28) ficou por conta do judô brasileiro, que estreou com tudo e garantiu mais medalhas. Rafaela Silva foi uma das responsáveis pelo sucesso do país na modalidade.

A judoca foi uma das seis medalhistas do judô do Brasil no Pan, que acumulou quatro ouros e dois bronzes. Ela também é a protagonista de uma história de superação na competição após quatro anos.

Após a polêmica do doping em 2019, Rafaela fez um desabafo emocionante após ganhar na sua categoria do judô no Pan-Americano 2023.

A história de superação de Rafaela Silva nos Jogos Pan-Americanos

A atleta estreou nos Jogos Pan-Americanos 2023 contra a panamenha Kristine Jimenez. Ela venceu a decisão por ippon. Na semifinal, Rafaela Silva também aplicou um ippon na colombiana Maria Giraldo na semifinal da categoria até 57kg.

Na grande final, a judoca brasileira não deu chances para a argentina Candela Brisa Gomez. Logo no início da luta, Rafaela conseguiu um Wazari. Pouco tempo depois, ela garantiu o ouro no judô com outro Wazari.

Ela não escondeu a felicidade em ficar com o título no Pan de Santiago, relembrando o drama que viveu em 2019. Agora, a atleta deixou claro que o objetivo é trazer a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, na França:

“Foi isso que vim buscar. Estou muito satisfeita. Todo minha vida, minha luta sempre foi essa. Foi minha quarta edição dos Jogos. Sempre bati na trave, tive o ouro retirado. Hoje finalmente saiu. Saio muito satisfeita. É um dever cumprido. Vim só com um objetivo. Não paramos por aqui. Já voltamos para o próximo ano, porque queremos Paris 2024”.

Vale lembrar que Rafaela Silva também foi campeã do Pan-Americano de 2019, em Lima, no Peru. Entretanto, ela perdeu o ouro após ser punida por doping. Com a conquista em Santiago, a judoca brasileira atingiu um feito importante.

Rafaela é a primeira atleta da esporte a somar títulos no Mundial de Judô, nas Olímpiadas e nos Jogos Pan-Americanos. Ela conquistou dois Mundiais (2013 e 2022), e o ouro olímpico em 2016.