Zé Roberto colocou obstáculo na carreira de Sheilla Castro: “Fiquei triste e frustrada”Sheilla Castro é uma das melhores jogadoras da história do vôlei na opinião de muitos, como a ex-jogadora Fabi Alvim. No entanto, no início de sua carreira, a ex-oposta não teve vida fácil.
Ainda se consolidando no vôlei nacional, uma jovem Sheilla foi convocada em 2002, com apenas 20 anos. Porém, dois anos depois, a jogadora acabou cortada do grupo que disputou a Olimpíada de 2004.
Em entrevista ao Futeboteco, a ex-oposta afirmou que esse foi o primeiro grande obstáculo em sua carreira e que não gostou da decisão de Zé Roberto Guimarães na época.
Fiquei super triste, frustrada. Vou falar, puta mesmo.
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Corte de Zé Roberto foi o primeiro obstáculo da carreira de Sheilla Castro
Relembrando o início de sua carreira, Sheilla explicou que esperava fazer parte da Olimpíada de 2004, em Atenas. Contudo, acabou ficando de fora da lista final.
Eu era muito jovem, né? Eu fui convocada pela Seleção Brasileira em 2002, com 18 anos. Então, quando chegou a convocação para a Olimpíada, eu tinha 20 ainda.
Lógico que eu gostaria de estar. Já estava há dois anos na Seleção. Era uma Seleção renovada, e eu queria ter tido a oportunidade de disputar uma vaga, sem dúvida alguma.
A bicampeã olímpica admite que a ausência do torneio foi um baque, mas também afirmou que entendeu a decisão de Zé Roberto.
Fiquei super triste, frustrada… vou falar, puta mesmo. Mas foi momentâneo. Não é que eu já era uma jogadora super consagrada, que tinha que estar na Seleção de qualquer jeito. Eu ainda estava criando meu espaço no voleibol brasileiro.
A decepção, no entanto, virou combustível. Disposta a provar seu valor, Sheilla tomou uma decisão que mudaria seu destino: foi jogar na Itália, a principal liga do mundo.
Pensei: ‘Eu quero ir para uma Olimpíada, quero ganhar uma Olimpíada. O que eu vou fazer? Vou jogar no melhor voleibol do mundo’. Essa foi a minha decisão, até pela não convocação.
Foi o primeiro grande obstáculo da minha carreira. Mas, como sempre digo, adoro o Zé e não tenho rancor nenhum disso.
Fora de 2004, Sheilla virou peça fundamental do bicampeonato olímpico
Apesar de não ter participado das Olimpíadas de 2004, em Atenas, Sheilla Castro retornou ao grupo no ciclo seguinte visando os Jogos de 2008, na China.
Nesse período, a oposta se tornou uma das principais jogadoras do técnico Zé Roberto e foi crucial para a conquista da primeira medalha de ouro da história do vôlei feminino.
Quatro anos depois, em Londres, Sheilla seguiu brilhando e subiu no lugar mais alto do pódio mais uma vez, consagrando-se como uma das grandes jogadoras de sua geração.
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