A Superliga Masculina de Vôlei 2024/25 começou recheada de polêmicas. Após o descontentamento por conta de partidas iniciadas depois das 21h (de Brasília), a sua credibilidade também está ameaçada.

Em um dos maiores campeonatos esportivos do Brasil, denúncias sobre manipulação de imagens no VAR colocam em dúvida a lisura da competição.

As informações são do jornalista Bruno Voloch, que questiona a idoneidade da gestão da arbitragem e aponta interesses escusos nos bastidores.

Polêmica no confronto entre Bauru e São José

O episódio mais alarmante ocorreu no último domingo (27), durante a partida entre Bauru e São José, no Ginásio Paulo Skaf, válida pela 2ª rodada da Superliga 2024/25.

O Bauru venceu por 3 sets a 1, mas o resultado foi ofuscado por uma suposta manipulação no uso do VAR.

Segundo Voloch, o equipamento não exibiu corretamente a jogada solicitada pela equipe de São José. A dúvida era sobre um toque no bloqueio de Luan, mas a imagem mostrada focava o jogador Yago – facilmente identificado pela tatuagem distinta.

A troca proposital de imagens é vista como um exemplo claro de falta de preparo e má-fé por parte da arbitragem.

Voloch não poupou críticas à gestão do VAR sob responsabilidade de Radamés Lattari, acusando-a de “escolher as imagens que melhor convêm” e reforçando que o VAR tem se mostrado um recurso pouco confiável.

Outro ponto que gerou desconfiança foi o misterioso apagão do VAR durante o jogo, seguido por um retorno repentino “num passe de mágica”.

A situação foi definida por Voloch como um exemplo de “má índole” e reforça a necessidade de São José entrar com uma ação administrativa junto à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Para o jornalista, atitudes como essas fazem com que a Superliga perca credibilidade.

Apagões suspeitos em Campinas x Blumenau

Outro caso envolvendo o VAR ocorreu na terça-feira (29), durante a partida entre Campinas e Blumenau, realizada no Ginásio Taquaral.

Campinas venceu por 3 sets a 2, mas o jogo foi marcado por interrupções problemáticas no uso do VAR, especialmente em momentos cruciais que poderiam beneficiar a equipe de Blumenau.

Bruno Voloch destacou que, coincidentemente, os apagões do VAR favoreceram o time da casa, um clube com histórico de proximidade com a CBV. “Curioso” e “conveniente” são as palavras usadas pelo jornalista para descrever os incidentes.

Ele ainda comparou a relação de Campinas com a CBV à do Flamengo, clube que também mantém um forte vínculo com a confederação na Superliga feminina.

Credibilidade da Superliga em risco

Para Voloch, o que se desenha é um cenário onde os resultados das partidas são continuamente questionados. O jornalista alerta que os problemas com o VAR não são fatos isolados, e o risco é que essas situações se repitam ao longo da competição.

Não dá para confiar no que aconteceu até agora na Superliga e muito menos acreditar nas futuras decisões”, declarou Voloch.  

A repercussão das denúncias evidencia a fragilidade da gestão da arbitragem no voleibol brasileiro.

A falta de critério e as falhas recorrentes fazem com que a competição perca valor perante atletas, torcedores e clubes. Como diz Voloch, “credibilidade é deixar seus resultados falarem por você”.

Com a continuidade desses episódios, a Superliga precisa agir rapidamente para reverter o desgaste e restaurar a confiança na competição.