A Seleção Brasileira masculina de vôlei já revelou craques históricos que marcaram gerações e emocionaram o país. Mas, para quem vive a rotina das quadras, o olhar é ainda mais apurado.

Em entrevista exclusiva ao Esportelândia, Judson Nunes, central da atual Seleção, revelou qual seria sua Seleção Brasileira de todos os tempos.

O jogador evitou colocar lendas das quais ele não pode acompanhar, o que tornou a lista bastante atual, apenas com jogadores que ele viu de perto jogar, seja como fã, colega de time ou até mesmo adversário.

Os gigantes escolhidos por Judson: de Giba a Gustavão

Para montar sua seleção ideal, Judson foi direto ao ponto e não teve dúvidas sobre algumas escolhas, principalmente os nomes que ele viu atuar de perto. Em sua posição, central, as escolhas foram diretas.

Centrais: Gustavão e Lucão

A dupla foi referência por anos na Seleção e conquistou tudo que era possível. Para Judson, eram exemplos completos de técnica e força.

Na posição de central, Gustavão (Endres), para mim, sem dúvidas, foi o melhor. Coloco o Lucão também. Ele se destacava tanto no ataque quanto na primeira bola.

Líbero: Serginho “Escadinha”

Ídolo incontestável, Serginho é unanimidade em qualquer lista de melhores da história. Para Judson, sua genialidade era algo natural.

De líbero é o Escada (Serginho), não tem como falar de outro cara. Já tive a oportunidade de jogar com ele e vi de perto o que o cara faz. É dom mesmo.

Levantador: Bruno Rezende

Mesmo reconhecendo a grandeza de Maurício Lima, Judson explica que sua vivência com Bruno Rezende o coloca um passo à frente na lista pessoal:

E vou botar o Bruno de levantador. Mais por estar perto ali, realmente o cara faz muita diferença. Eu tenho contato agora com o Maurício (no Vôlei Renata), ele foi muito referência, gigante, jogou demais, mas eu não vi tanto ele jogar… Eu falo pra ele: na sua época não tinha nem televisão.

Ponteiros: Giba e Murilo

Aqui, Judson traz emoção e memória afetiva. Elogia o talento em quadra, mas também valoriza o que presenciou nos bastidores:

Para mim, Murilo foi um craque de bola. Vi de perto na reta final de carreira dele, já quase sem cotovelo, e o cara fazendo coisas que não é qualquer um que vai fazer.

Sobre Giba, o sentimento é claro:

Giba, no auge, não teve ninguém que parou o cara. Foi um cracaço de bola mesmo.

Oposto: André Nascimento

Entre os opostos, Judson destaca o impacto de André Nascimento nos jogos da Seleção, principalmente durante sua juventude:

Eu sempre via jogo da Seleção e via o cara performando muito. Eram umas diagonais curtas que não era todo mundo que tirava naquela época não. Então, ele era diferente.

Apesar de reconhecer o talento de Marcelo Negrão, a escolha segue uma lógica clara:

Marcelo Negrão eu não peguei tanto… Eu vou falar mais do que eu pude ver com os meus olhos. Por isso André Nascimento.

A Seleção Brasileira de todos os tempos, segundo Judson Nunes

  • Centrais: Gustavão e Lucão
  • Líbero: Serginho Escadinha
  • Levantador: Bruno Rezende
  • Ponteiros: Murilo Endres e Giba
  • Oposto: André Nascimento
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Eric Filardi Content Coordinator

Coordenador do Esportelândia desde 2021, é jornalista pós-graduado em Jornalismo Esportivo. Autor do livro “Os Mestres do Espetáculo”, que está na biblioteca do Museu do Futebol de São Paulo. Passou por Jovem Pan, Futebol na Veia e PL Brasil.