“Cheguei a armar o soco para bater no Bernardinho, quem me segurou foi o Serginho”

Ídolo máximo do vôlei brasileiro e um dos maiores nomes da história do esporte, Giba marcou uma era na Seleção. O paranaense empilhou conquistas: foi campeão olímpico em Atenas-2004 e ainda levou duas pratas, em Pequim-2008 e Londres-2012.

O ponteiro fez parte da geração mais vitoriosa que o vôlei masculino já teve, sob o comando do lendário Bernardinho. Mas, mesmo com uma relação marcada por respeito e admiração, Giba revelou que por pouco não perdeu a cabeça e agrediu o técnico.

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O dia em que Bernardinho irritou Giba

Mesmo com a ótima convivência entre os dois, Giba contou ao GE que, em 2006, as cobranças de Bernardinho passaram do ponto. O treinador, segundo ele, queria mantê-lo em estado máximo de competitividade e acabou exagerando.

Em 2006, especificamente, eu estava muito bem, e ele [Bernardinho] queria me cobrar de qualquer jeito. Não queria que eu parasse de ter a gana que eu tinha. No jogo contra a Bulgária, em 2006, só tinha Giba.

Foi nesse jogo que o clima esquentou de vez. Irritado com as broncas, Giba chegou a ameaçar partir pra cima de Bernardinho. Só não aconteceu porque Serginho entrou no meio da confusão.

O André Nascimento errava o saque, e ele: “Giba!”. Eu falei: “Esse cara está me irritando, bicho”. Chamei o Ricardinho e falei: “Vou dar uma porrada nele. Se ele falar meu nome de novo, vou dar uma porrada nele”.

Eu acho que o Serginho errou um passe, e ele “Giba, te falei!”. Eu armei. O Serginho me segurou, o Ricardinho foi para cima do Bernardo e falou: “Para, velho, está chato. A gente erra e você fala o nome dele. Deixa o cara, está jogando bem”. Foi a única vez, mas coisa quente do jogo.

 

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Giba reconhece: “Bernardinho foi meu melhor psicólogo”

Apesar do momento tenso, Giba fez questão de exaltar Bernardinho. Segundo o ex-jogador, o técnico foi mais do que um comandante: foi um mentor.

Eu chamo o Bernardo de patrão. Como técnico, ele foi meu melhor psicólogo. Ele sabia tirar o melhor da gente quando era necessário. Ele conhecia cada um.

Isso fez uma diferença muito grande, além de escolher a melhor comissão técnica que eu já vi em qualquer clube ou seleção do mundo. Ele soube montar essa equipe. O Bernardo sempre foi um cara muito atencioso, apesar de cobrar muito. Foi muito atencioso e cuidadoso com os seus.

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