Bicampeã olímpica sob o comando de Zé Roberto Guimarães, Paula Pequeno marcou época no vôlei brasileiro. Em 2008, em Pequim, chegou ao auge ao ser eleita a melhor jogadora da Olimpíada, coroando sua geração com o ouro inédito.
No ciclo seguinte, a realidade mudou. Paula perdeu espaço, assumiu um papel de reserva e ainda precisou lidar com lesões que atrapalharam seu rendimento. Mesmo assim, seguiu firme no grupo e esteve em Londres 2012 para mais uma conquista.
Em entrevista ao podcast Podsport, a ex-jogadora abriu o jogo sobre aquele período da carreira. Paula revelou que chegou a culpar Zé Roberto por um tratamento que considerava duro demais na Seleção Brasileira.
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Os problemas de Paula Pequeno para 2012 e as cobranças de Zé Roberto
Ao relembrar os bastidores da Olimpíada de Londres, Paula Pequeno contou que viveu um dos períodos mais difíceis de sua carreira.
A ex-jogadora revelou que se sentia deprimida e admitiu que, na época, não teve discernimento suficiente para compreender as cobranças de Zé Roberto Guimarães.
Quando a gente chegou em Londres, eu sentia muito vazio. Eu tinha certeza de que a gente ganhando ou não eu iria aposentar, não tinha mais condições nenhuma, chorava todos os dias à noite antes de dormir.
Eu não sei se estava depressiva, mas estava deprimida, meu casamento estava em uma fase ruim e eu não estava me comportando bem no dia a dia com a Seleção.
Colocava muito a culpa no Zé Roberto, só que eu não tinha discernimento na época para pensar: ‘Se o técnico está me tratando mal, me humilhando, tem que ter um motivo, nenhum técnico quer colocar uma jogadora para baixo, até porque a gente tinha uma história.
Segundo Paula, a intensidade das exigências do treinador, que em outros momentos sempre a impulsionaram, acabou pesando demais naquele contexto.
Ela reconheceu que não conseguia separar o lado pessoal do profissional e que isso aumentou ainda mais seu desgaste emocional.
Eu perdi minha essência, o fato dele [Zé Roberto] me tratar muito mal, ser muito rígido comigo, mais do que sempre foi. Ele sempre me testou muito e sabia que minha personalidade sempre reagiu muito bem.
Mas naquele momento, eu não estava forte o suficiente para suportar aquela porradaria toda, só que eu poderia ter pedido ajuda.
A relação com Zé Roberto e o reconhecimento das broncas
Mesmo assim, fez questão de deixar claro que não guarda mágoas. Paula destacou que Zé Roberto sempre teve um papel extremamente positivo em sua trajetória e que todas as cobranças tinham um único objetivo: ajudá-la a evoluir como jogadora e ser ainda mais competitiva dentro de quadra.
99% das nossas frustrações são culpa nossa, nos permitimos chegar nesse ponto. Se o clima não estava bom entre você e outras pessoas, é hora de se analisar.
O Zé só fez bem para minha vida, mesmo quando era muito duro. Ele me pilhava para tirar mais de mim, então, ele só me fez bem. Em alguns momentos, eu não tive discernimento para enxergar assim.

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