Fazendo história na versão júnior do Australian Open, Meshkatolzahra Safi é a primeira atleta do Irã a entrar no top 100 do Ranking Júnior Mundial. Por certo, sua atual posição é a 74, mas a tenista já mostrou que tem grande potencial para ir além. Ademais, foi a primeira iraniana a vencer um jogo de Grand Slam júnior.

Meshkatolzahra Safi inspirada por Rafael Nadal

A saber, Safi, de 17 anos, se interessou pelo tênis depois de assistir uma partida do tenista espanhol, Rafael Nadal, com apenas oito anos. Posteriormente, ao lado de sua mãe, começou a buscar lugares onde pudesse treinar, mas não foi uma jornada tão fácil.

Em entrevista ao jornal emirático The National, Safi compartilhou que muitos lhe diziam que seria impossível chegar onde ela almejava. Além disso, a tenista parou de compartilhar com os outros sobre seu sonho e foi tentando sozinha, pressionando sozinha, para chegar onde está. Por fim, disse que não devemos desistir dos nossos sonhos.

Falta de patrocínio e investimento não abalou a tenista

De acordo com Safi, uma das maiores dificuldades é a falta de patrocínio e investimento do tênis no país. Ainda na entrevista, a atleta relatou que lida com dificuldades para chegar aos torneios, principalmente pela falta de patrocínio. Além disso, lida também com a dificuldade de conseguir vistos.

Por certo, mesmo com as dificuldades, Safi treina na academia Optigenpro, em Teerã, capital iraniana. Inegavelmente, seu esforço está lhe garantido bons momentos. A saber, no ano de 2021, Safi garantiu seis títulos simples júnior da ITF. Além disso, é a primeira atleta do Irã a entrar no top 100 do Ranking Júnior Mundial.

Sem problemas para jogar com o hijab

Uma das perguntas que Safi mais recebeu, foi como ela lidava com o calor enquanto jogava com hijab, a vestimenta do islamismo. Em tom de brincadeira, a atleta disse ao The National que ama o Sol, mas não muito. Posteriormente, disse que está acostumada a jogar com hijab, pois faz isso desde os nove anos.

Independente do clima, Safi sempre está com hijab e com a vestimenta que cobre suas pernas. Por certo, falou que sente sim o calor, mas que no momento que começa a jogar, não consegue pensar em mais nada, apenas focar no jogo. Dessa forma, o calor acaba virando um mero detalhe.

Foto destaque: Divulgação/WTA