[Exclusiva] Crosby Colapinto promete lutar por títulos em 2026 e se declara ao Brasil: “Admiro o Medina”

Novato da temporada de 2024 da WSL, Crosby Colapinto concedeu uma entrevista exclusiva à Surf News Brasil em parceria com o Esportelândia.

Durante a conversa, o norte-americano revelou admiração por Gabriel Medina e pelos fãs brasileiros, além de prometer lutar pelo título mundial de 2026. Confira o papo completo abaixo.

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Crosby Colapinto enaltece Gabriel Medina e fala sobre sua superação para passar o corte em 2025

Se tem um surfista que mostrou resiliência e força para escapar do corte nesta temporada do circuito mundial da WSL, esse cara foi o norte-americano Crosby Colapinto.

Eleito novato do ano em 2024, Crosby sofreu uma lesão enquanto treinava para a etapa de Pipeline no início da temporada e acabou perdendo os dois primeiros eventos do circuito.

O surfista retornou em Portugal, mas acabou terminando como 17º. A essa altura, seu retorno ao Challenger Series já parecia certo. Porém, um 3º lugar em El Salvador o colocou no jogo.

A montanha-russa de resultados ruins voltou e dois 17º seguidos deixaram Crosby em apuros. Contudo, outro 3º lugar, dessa vez em Margaret River, último evento antes do corte, salvou o surfista.

Tenho muito orgulho de como me apresentei antes do corte e de ter conseguido superar um desafio tão grande, realmente testando o que eu tinha dentro de mim.

Após o corte, Colapinto acumulou três 9ª colocações até o Taiti, quando voltou a conseguir um 3º lugar. O próprio surfista admitiu que, após toda a empolgação do corte, acabou perdendo o foco.

Depois do corte, senti que fiquei tão empolgado por ter passado que não estava 100% focado em cada evento, mas isso também foi um grande aprendizado.

Em seguida, Crosby foi questionado sobre os surfistas brasileiros e revelou admiração pelo tricampeão mundial Gabriel Medina.

Eu admiro muito o Gabriel (Medina), a forma como ele se comporta e lida com uma base de fãs tão enorme. Mas sou amigo de todos os brasileiros do Tour. O circuito é como uma família pequena, e a gente precisa se apoiar… exceto quando estamos competindo um contra o outro, claro (risos).

Por falar no Brasil, o surfista se declarou aos fãs e classificou o evento em Saquarema como diferente de qualquer outro do circuito mundial.

Eu adoro ir ao Brasil, porque é diferente de todas as outras etapas. Os fãs têm uma paixão e uma energia tão intensas que dá pra sentir isso no ar. É muito divertido surfar em frente a um público assim.

Crosby Colapinto elogia retorno dos pontos corridos na WSL e traça meta de brigar pelo título mundial em 2026

Sobre o retorno do circuito aos pontos corridos, o surfista elogiou a decisão da WSL.

Eu gosto do novo modelo, porque foi o que eu cresci assistindo. Acho que é sempre emocionante quando tudo se decide em Pipeline, e todo mundo ainda tem chance de fazer qualquer cenário acontecer.

Sobre suas metas para 2026, Crosby declarou que pretende lutar pelo título mundial contra Griffin, além de vencer duas etapas e tirar uma nota 10.

Brigar por um título mundial junto com meu irmão, vencer dois eventos, tirar um 10 e me divertir o máximo possível enquanto faço isso.

Confira o restante da entrevista exclusiva com Crosby Colapinto

Pergunta: Ainda sobre 2026, o calendário vai voltar a terminar em dezembro, então teremos uma off-season bem longa. Quais são seus planos para esse período? Vem algum novo filme ou projeto de surf por aí?

A gente tem aproveitado pra descansar, jogar muito golfe, e fizemos uma surf trip pra Barbados, onde pegamos boas ondas e filmamos algumas coisas. Provavelmente vou trabalhar em algo novo, tipo um novo filme.

Pergunta: A gente sabe que o Tour é um lugar onde só os mais fortes sobrevivem. Quem são, pra você, os caras mais duros de enfrentar hoje no circuito?

Griffin, Yago, John John, Filipe, Ethan, Jack, Cole… mas acho que todo mundo contra quem você compete é muito, muito casca-grossa.

Pergunta: Como é essa rivalidade familiar entre você e o Griffin?

Eu não chamaria de rivalidade, mas a gente é bem competitivo um com o outro. Acho que vai ficar ainda mais competitivo conforme a gente for se enfrentando mais — o que só vai levar nosso surfe pra outro nível.

Pergunta: 2026 promete ser pesado: teremos o retorno de John John e Gabriel Medina. Você acha que o circuito fica ainda mais difícil com a volta de dois campeões mundiais?

Com certeza, 100%!

Pergunta: Sabemos que às vezes as redes sociais podem ser pesadas, especialmente quando um brasileiro perde. Já aconteceu de você receber mensagens chatas depois de uma bateria?

Nada muito ruim, mas já vi meu irmão passar por isso.

Pergunta: Você, seu irmão e o Cole fazem parte dessa geração forte de San Clemente, que muitos comparam à antiga Brazilian Storm, pela união e pela vibe do grupo. É assim mesmo entre vocês?

Sim, a gente cresceu junto, então parece mesmo uma família quando estamos viajando.

Pergunta: Você ainda busca a primeira vitória no circuito, mas vem evoluindo muito no seu surf. 2026 pode ser o ano desse título? E se pudesse escolher um evento para vencer, por que seria Trestles? (risos)

Você sabe o motivo (risos). Lowers é minha casa, é uma das ondas mais de alta performance do Tour. Vencer lá e comemorar com minha família na minha cidade seria simplesmente insano.

Pergunta: Recentemente, o Yago Dora disse que não pretende disputar o Challenger Series, nem para ganhar ritmo para 2026, porque acredita que isso atrapalha quem está lutando por uma vaga. Qual sua visão sobre isso? Pretende competir em algum CS pra se preparar pro próximo ano?

Eu adoraria competir em Pipeline pra pegar mais ritmo lá, já que vai ser uma etapa tão importante no fim do ano que vem. É claro que é chato se você elimina alguém que está tentando se classificar, mas também penso que, se o cara quer estar no Tour, ele tem que vencer quem já está no Tour — e sempre foi assim.

Pergunta: Fora das competições, quem é o cara mais engraçado do Tour?

Provavelmente o Alan Cleland.

Pergunta: Se você pudesse trocar de prancha por um dia com qualquer surfista do Tour, de quem seria — e por quê?

Acho que com o Jake Marshall, porque temos o mesmo tamanho e peso, e ele sempre faz linhas muito bonitas.

Pergunta: Pra encerrar, quer deixar uma mensagem para seus fãs no Brasil?

Muito amor a todos os fãs do surfe no Brasil! É sempre um dos meus campeonatos favoritos; adoro ir aí e me envolver com a cultura e com a energia de vocês. Mal posso esperar pela próxima vez!

 

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