Ramon Dino fez história neste sábado (11), em Las Vegas. O brasileiro conquistou o título da Classic Physique no Mr. Olympia 2025, o maior evento de fisiculturismo do planeta.

Em um palco onde já brilhou o lendário Chris Bumstead, o “Dinossauro do Acre” apresentou o físico mais completo da carreira, equilibrado, estético e denso, Ramon confirmou o favoritismo que carregava desde as prévias.

Nas comparações decisivas, Dino ficou no centro do palco ao lado do alemão Mike Sommerfeld e do americano Terrence Ruffin. As poses de costas e a simetria de tronco e pernas foram determinantes para selar o título.

Porém, antes de entrar para a história do fisiculturismo nacional, Ramon passou por muitos perrengues. O atleta não tinha RG nem certidão de nascimento antes de sua primeira viagem.

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“Ramon Dino não tinha RG”: a origem de um campeão improvável

O que torna a história de Ramon ainda mais especial é o caminho percorrido até aqui. Antes de ser o melhor do mundo, ele era um jovem de Rio Branco que mal tinha documentos.

Quando o atleta foi fazer sua primeira viagem internacional, um detalhe quase impediu o sonho. Ramon não tinha RG nem Certidão de Nascimento.

Eu liguei para um cartório e falei: ‘Preciso da certidão de nascimento desse menino”. Ele não tinha. Ele não tinha o RG dele. contou Mariane Morelli, fundadora e CEO do grupo Supley, dono de marcas como a Max Titanium, patrocinadora de Ramon.

A certidão de nascimento de Ramon havia sido perdida em uma enchente que atingiu a casa onde vivia.

Por favor, consegue lá no Acre”, pediu Mariane. “Aí é aquele negócio: um liga para o outro, o outro liga para ele, e vai. A gente conseguiu.

Para ela, a trajetória do fisiculturista reflete o próprio Brasil.

A história de vida dele, como de tantos outros atletas, reflete muito a história do brasileiro. Por isso que tem essa conexão que é difícil de ver.

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