Rayane Fogal alcançou pela segunda vez o top 4 do Mr. Olympia, consolidando sua posição entre as melhores atletas do mundo na categoria wellness. A trajetória, porém, não começou agora: foram anos de resiliência, evolução constante e estratégia precisa para permanecer entre as gigantes do esporte.
Agora, aos 12 anos de carreira, Rayane conta como enxerga o domínio brasileiro, como constrói sua própria linha estética e qual é o plano real para, enfim, buscar o tão sonhado título do Olympia — sem copiar ninguém.
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Rayane Fogal explica por que o top 4 é só o começo: resiliência, estratégia e consistência
O quarto Mr. Olympia da carreira marcou a volta de Rayane ao pódio após um 2023 complicado, com doença na semana do campeonato que a tirou do top 5. A brasileira mostra resiliência ao não desistir após percalços.
No primeiro ano, ficou em top 5. No segundo, top 4. No terceiro, passou mal por causa de uma virose na semana do Olympia e terminou em 7º lugar. Mas, em 2025, de volta ao top 4, sua melhor posição.
Todos os anos eu estive entre as melhores do mundo. Para esse esporte, você precisa ser resiliente e constante. Senão, não consegue se manter no topo. Fiquei muito feliz de ter voltado ao pódio.
O Mr. Olympia é o suprassumo do fisiculturismo. Estar ali novamente, no meu melhor físico e condição, e ainda receber um feedback tão positivo dos árbitros, foi incrível.
O resultado reforça o que já era evidente: Rayane é, atualmente, uma das atletas mais consistentes da modalidade e está sempre próxima das três maiores da categoria. Mas, para 2026, os planos são ainda maiores.
Os planos de Rayane Fogal para 2026
Após 4 anos batendo perto do top 3, Rayane almeja voos mais altos para 2026. Para isso, sua ideia é competir nos maiores eventos do esporte, para se testar contra as melhores e garantir sua vaga em um campeonato de ponta:
Antes do Olympia nós já tínhamos um planejamento (caso ficasse de fora do top 3) de disputar shows que dão vaga direta: como o Arnold Ohio, o New York Pro, o Pittsburgh Pro e o Romania Pro.
Mas não tenho medo de competir. Para mim, competir é um prazer. Amo estar no palco mostrando meu trabalho. Então, se tiver que competir uma, duas… cinco vezes, como fiz este ano, vou competir.
Enquanto muitos atletas buscam obter a vaga com rapidez para fazer um ano de offseason e se preparar, Rayane Fogal é diferente. Para ela, ser atleta de elite é disputar eventos de renome e contra outros bons nomes, não eventos pequenos para ganhar com facilidade.
Eu gosto dos eventos grandes. Gosto de desafios grandes. No nível que estou hoje, não faz sentido competir em eventos pequenos, porque sou uma das melhores do mundo. Tenho que estar entre as melhores do mundo.
Subir num campeonato sem concorrentes no meu nível não me acrescenta. O Olympia é o topo, a régua é alta — e é isso que eu busco. Tenho um planejamento de carreira e a meta para o próximo ano é subir mais posições, quem sabe alcançar o top 1.
Wellness 100% brasileira e a linha de Rayane Fogal x Francielle, Isa Pereira e Eduarda
Perguntada sobre que linha estética mais favoreceria sua evolução, entre Francielle Mattos, Isa Pereira Nunes e Eduarda Bezerra, três campeãs da Wellness, Rayane foi direta.
Não tem como eu querer ser igual às outras atletas, porque isso é impossível. Nós somos seres únicos.
Elas são maravilhosas e inspirações. Não é à toa que são top 1 do Olympia. Mas eu não consigo ser igual a nenhuma delas.
Ela admira as três principais rivais, mas não pretende espelhar-se na linha delas.
Preciso criar a minha própria linha. Se um dia eu for campeã, será pela minha própria linha.
A estratégia para vencer as três campeãs? Feedback dos árbitros, constância e um desenvolvimento físico que respeite sua genética.
A estratégia é ouvir o feedback dos árbitros e trabalhar em cima disso. Como eu sempre digo: o campeão é aquele que nunca desiste.
Tenho confiança no meu trabalho, na minha consistência e trajetória. Sou uma atleta veterana, competindo há quase 12 anos. Estar sempre no topo não é para qualquer uma.
Por que a wellness é dominada por atletas brasileiras?
A categoria foi criada inspirada no padrão físico típico das brasileiras, que combina pernas volumosas, glúteos fortes e cintura fina. A base cultural e genética favoreceu o domínio nacional desde a estreia no Olympia.
Rayane Fogal tem chance real de ser campeã do Olympia?
Sim. Ela já é top 4, extremamente consistente e elogiada pelos árbitros. Com ajustes precisos na linha e nas proporções, possui todas as ferramentas para disputar o topo.
Quantas competições Rayane pode fazer antes do próximo Olympia?
Quantas forem necessárias. Ela mesma afirma que competir é prazeroso e não teme um calendário cheio. A prioridade é competir grandes eventos, como Arnold Ohio, New York Pro, Pittsburgh Pro ou Romania Pro, que dão vaga direta.
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