Antes de mais nada, o Diretor de Arbitragem da SPFF (São Paulo Fisiculturismo e Fitness), Ale Canova, em entrevista exclusiva ao Esportelândia, contou sobre o potencial do fisiculturismo brasileiro. Além disso, falou também a vinda de gigantes do nicho para o país em busca dos melhores atletas e a falta de investimento e apoio ao esporte.

A saber, a NPC (National Physique Committee), principal organizadora de eventos de fisiculturismo amador mundial, está instalada no Brasil em busca de atletas de ponta. De fato, segundo Ale Canova, a NPC enxerga no país uma possível potência no esporte.

Ale Canova: “Grandes empresas do fisiculturismo de olho no mercado brasileiro”

A NPC, assim como a Musclecontent, estão aqui no Brasil para buscar atletas, porque eles viram aqui no Brasil um potencial incrível. O brasileiro, pelo fato da praia, pela exposição, por ser um povo que gosta de se exibir, muita gente que busca academia pela saúde, consequentemente, com essa profissionalização que está acontecendo no fisiculturismo, eles buscam atletas para se tornarem profissionais. Então, o Brasil, é um grande nicho de atletas.

Falta de apoio

Por certo, mesmo o país sendo um grande celeiro de atletas para o bodybuilding, Ale Canova ainda vê uma barreira. Segundo o árbitro, falta incentivo ao esporte, pois para se tornar um atleta de ponta sem incentivo é muito complicado. Portanto, é fundamental o apoio de grandes empresas ainda no começo dos esportistas.

O atleta precisa abrir mão do trabalho dele no dia a dia e ter todo o tempo dele para treinar, fazer dieta e descansar. Só assim se tornará um grande atleta. Então, é isso que falta no Brasil. Precisamos de grandes empresas que possam bancar e patrocinar atletas para que eles possam se dedicar ao esporte e se tornarem grandes atletas a nível mundial.

O comandante da arbitragem da SPFF ainda ressaltou que alguns atletas acabam indo para fora do país para serem valorizados e terem o apoio que merecem. De fato, a importância de um patrocínio é vital para o esporte viver no Brasil, não apenas sobreviver, como acontece atualmente.

Hoje, alguns atletas profissionais estão com grande patrocínio, que é necessário para ser um grande atleta. Mas, apesar de termos muitos atletas despontando nas categorias profissionais lá fora, a gente sente que tem muita gente querendo crescer aqui também. Contudo, há pouco potencial de investimento de patrocinador.

Por fim, o Novice Open 2022, realizado no último dia 26 de março, teve um grande número de atletas inscritos. A saber, apesar de amadores, todos os atletas foram tratados como profissionais. De fato, era um dos lemas da SPFF: premiação em dinheiro e atleta amador tratado como profissional.

Foto destaque: Divulgação / Arquivo Pessoal