A ciclista e esquiadora cross-country, Katerina Nash, quase foi pega no sistema de doping por uma situação realmente inusitada. Segundo a USADA, Agência Anti-Doping dos Estados Unidos, a atleta foi liberada da penalização após averiguarem que de fato a checa não usou substância ilegal, apenas passou nas suas mãos. Confira mais a seguir.
Katerina Nash passa por susto com a USADA
Só para ilustrar, a checa já carrega uma experiência de mais de 20 anos em Jogos Olímpicos. Desde 1996 que a atleta participa dos grandes eventos. Com múltiplas funções, ciclismo e esqui cross-country, Katerina Nash sempre cuidou de seu corpo em prol de grandes resultados e evitar aquilo que os atletas tanto temem, serem pegos nos exames de doping.
Fato é que alguns são pegos por usarem substâncias ilegais propositalmente, mas no caso da checa, a própria afirma que nunca usou e sempre cuidou da alimentação, sabendo o que ingeria para evitar qualquer supressa em futuras testagens.
Em síntese, a checa já participou das Olimpíadas de Atlanta 1996 (Verão), Nagano 1998 (Inverno), Salt Lake City 2002 (Inverno), Londres 2012 (Verão) e Rio de Janeiro 2016 (Verão).
Em relação a resultados, Katerina ficou a uma vaga de receber medalha em Salt Lake City 2002 representando a equipe de esqui cross-country em revezamento de 5 quilômetros da República Tcheca. Assim como, terminou em quinto lugar na corrida de Mountain Bike no Rio 2016.
E toda essa história poderia ter tido um fim trágico no que tange o histórico da atleta se a USADA não retrocedesse em sua decisão após reconhecer um erro.
Quando não houver certeza de que um atleta teve contato com qualquer substância ilegal ou em casos de contato com substâncias inocentes e que não alteram o desempenho, a USADA continua defendendo que não deve haver violação ou anúncio público.
As regras devem mudar. Todos devemos concordar, exigir um sistema antidoping mais justo e que capture os trapaceiros intencionais que roubam atletas honestos, não o contrário. — disse Travis T. Tygart, CEO da USADA.
Katerina Nash quase é suspensa por doping
De fato, a situação de Nash foi parar na USADA devido a seu cachorro. Rubi, seu cachorro, estava doente e Katerina estava dando uma mediação que continha Capromorelin para abrir seu apetite. A USADA quase a suspendeu no auge de seus 45 anos por isso.
A saber, o medicamento estava sendo passado ao animal pelas mãos, pois Katerina não conseguia fazer Rubi tomá-lo via oral. A substância foi pega na urina, mas não é exatamente proibida. No entanto, se enquadra na categoria de substâncias relacionadas ao hormônio de crescimento humano, sendo proibida pelas federações relevantes para Nash.
A USADA não acreditou quando ouviu a explicação de Katerina. Na verdade, nem a atleta sabia que o medicamento pudesse ser transdérmico. Nash se via fora das competições até 2027, mas Dr. Matt Fedoruk, médico da USADA, realizou testes borrifando o remédio em suas mãos e teve os mesmos resultados na urina.
No fim, seu cachorro acabou morrendo no processo, mas a USADA confirmou a liberação de Nash.
É tão irônico porque levei isso a sério (durante a carreira). Não tomo suplementos. Na maior parte do tempo, fiquei presa numa única empresa de produtos nutricionais porque tem sido bem-sucedida e sei da procedência. E agora estou sendo punida por cuidar do meu cachorro. — disse Katerina Nash.
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Foto destaque: Divulgação/FANTAmtb
Repórter no Esportelândia. Licenciado em Literatura Inglesa. Jornalista com passagens por Quinto Quarto, Blog de Escalada, Minha Torcida, Futebol Interior e Techpost. Está no Esportelândia desde 2022.