A maior competição poliesportiva do continente americano é o Pan-Americano, o evento acontece a cada quatro anos e serve como preparativo para as Olímpiadas. Recheada de modalidades diferentes, o torneio proporciona para os fãs do esporte duas semanas direto de pura adrenalina e grandes histórias.

Uma das modalidades que é disputada no Pan é o Badminton. A prova tem se tornado cada vez mais popular, e no Brasil não é diferente. Nesta terça-feira (24), Juliana e Sania Lima foram responsáveis por um resultado histórico no Pan de Santiago 2023. Confira!

A história do Badminton brasileiro no Pan-Americano

O esporte participou pela primeira vez do evento em 1995, na 12ª edição dos Jogos, em Mar del Plata, na Argentina. Desde então, sempre fez parte da agenda do evento, chegando em sua 8ª edição no Pan-Americano de Santiago. As categorias disputadas na modalidade são: simples, duplas, ambas masculinas e femininas, e a dupla mista.

A primeira medalha do país veio no Pan do Rio de Janeiro, em 2007, quando Guilherme Kumasaka e Guilherme Pardo foram bronze na dupla masculina. Já em 2011, em Guadalajara, Daniel Paiola, foi bronze na simples. Na cidade de Toronto, em 2015, o país teve três medalhas: Hugo Arthuso/Daniel Paiola, prata na dupla, Lohaynny Vicente/Luana Vicente, prata na dupla, Alex Tjong/Lohaynny Vicente, bronze na dupla mista.

Em Lima, no ano de 2019, foi a edição com mais medalhas para o Brasil no Badminton, cinco. Ygor Coelho foi responsável pelo primeiro ouro, na simples, além disso Fabrício Farias/Francielton Farias foram bronze na dupla, Tamires Santos/Fabiana da Silva e Jaqueline Lima/Sâmia Lima, bronze na dupla, Fabrício Farias/Jaqueline Lima, bronze na dupla mista.

Ao longo de todas as edições do Badminton no Pan, o Brasil também foi representado por: Shuang Huang, Leandro Santos, Paulo Fam, Patrícia Finardi, Sandra Cattaneo Miashiro, Cristina Nakano, Min Huai Hao, Fernanda Kumasaka, Paulo von Scalla, Lucas Araújo, Mariana Arimori, Paula Pereira, Luiz Henrique Dias, Marina Eliezer, Paula Beatriz e Artur Silva.

Juliana e Sania Lima no Pan-Americano 2023 e a 11ª medalha do Brasil no Badminton

Atualmente o Brasil é um dos destaques da modalidade no território americano. Dessa maneira, as medalhas para o país eram esperadas, assim como a garra e perseverança dos atletas nacionais. A primeira dela foi na dupla feminina, onde a parceria formada por Juliana e Sania Lima conquistaram a medalha de bronze.

O caminho das brasileiras foi iniciado com triunfo sobre Vania Díaz e Ashley Montre, do Chile, com parciais de 21/6 e 21/8. Logo depois, eliminaram Eliana-ruobing Zhang e Wen Yu Zhang, do Canadá, por 2 a 1, com parciais de 21/9, 19/21 e 21/18.

Na semifinal, Juliana e Sania enfrentaram as irmãs Kerry Xu e Annie Xu, do Estados Unidos, a segunda dupla cabeça de chave do torneio. O jogo foi muito parelho, mas as estadunidenses triunfaram por 21/7 e 21/18. Dessa maneira, as duas ficaram com a medalha de bronze, já que no Badminton não há disputa pela medalha.

Felicidade pela performance no Pan-Americano 2023

O grande torneio realizado por Juliana e Sania Lima que culminou com a medalha de bronze foi muito celebrado pelas duas.  As brasileiras destacaram o favoritismo das rivais e o jogo duro realizado diante delas, como destacado por Sania Lima:

Sabíamos que não ia ser fácil, elas eram a dupla número 2 do torneio. Sabíamos que ia ser um jogo com muitos ralis e estou feliz com a nossa performance”.

Assim também, Juliana pontuou o equilíbrio do jogo, analisando os longos ralis. Além disso, demonstrou felicidade pelo apoio de Paulo Wanderley, Presidente do COB, e desejou mais medalhas para o país:

Ia ser um jogo difícil desde o primeiro ponto. Olhando a parcial, parece que foi fácil, mas teve rali com 30 batidas, muito longos. Entregamos tudo que tínhamos hoje e isso é o que importa. Ter o Presidente do COB aqui no ginásio nos apoiando foi um incentivo a mais. Espero que a modalidade possa conquistar ainda mais medalhas”.