O ex-piloto e campeão na Fórmula 1 em 1996, Damon Hill, acredita que Nyck de Vries está enfrentando uma ‘rotina típica’ da estrutura da Red Bull, em meio a especulações sobre seu futuro na AlphaTauri e na categoria.
Após o GP de Miami, surgiram rumores de que a vaga de De Vries na AlphaTauri poderia estar ameaçada, com alguns boatos sugerindo que Daniel Ricciardo poderia estar se preparando para substituir o holandês, caso seu desempenho não melhore.
Embora essa ideia tenha sido negada pelo consultor da Red Bull, Helmut Marko, o austríaco afirmou que De Vries está com um ‘cartão amarelo e precisa melhorar’, para ter um desempenho pelo menos mais próximo do companheiro de equipe, Yuki Tsunoda.
Com a Red Bull já tendo feito mudanças de pilotos no meio da temporada no passado, Hill questionou se essa abordagem dura de Marko, realmente produz resultados.
Marko é um professor duro, não é?”, disse Hill no podcast F1 Nation. “Ele é um tipo de mestre duro para os pilotos e sempre foi. Não sei de onde vem. Ele obviamente era muito duro consigo mesmo como piloto de corrida, e algumas pessoas acreditam que esse é o caminho para obter o melhor”.
Se você fez isso com Max (Verstappen), e ele respondeu e entregou, então há um argumento para dizer: ‘Bem, o duro sobreviverá e o fraco terá que ser descartado’, mas dada a rotatividade de pilotos na Red Bull, essa é uma rotina bastante típica, não é? Eles pegam o piloto no meio da temporada e dizem: ‘Certo, você está fora, outra pessoa está dentro’,” disse Hill.
Com os pilotos enfrentando agora análises adicionais das mídias sociais e da série ‘Drive to Survive’ da Netflix, Hill acredita que há uma pressão crescente sobre os que correm na F1 atualmente.
O escrutínio é intenso, talvez muito mais intenso do que nunca. No passado, as pessoas podiam correr pela Minardi e diziam: ‘Oh, sim, tanto faz, onde eles terminaram? No lugar de sempre, não nos importamos’. Agora, o escrutínio é intenso, todo mundo está seguindo no Instagram ou outra mídia social ou onde quer que seja, Netflix e Sky, é claro.
Estamos analisando a carreira de todos com detalhes forenses, e acho que é muito mais difícil, desse ponto de vista, para os pilotos, porque é um mundo totalmente novo estar sob os holofotes o tempo inteiro”, concluiu Hill.
