O oposto Wallace e a CBV enfim chegaram a um acordo para encerrar o caso. Caso este que já durava meses e ainda havia sido aumentado a multa, piorando o cenário para todos os envolvidos. O multicampeão primeiro recebeu uma suspensão de 90 dias e depois sofreu aumento de 5 anos.

Dentro disso, o COB penalizou a CBV também por, no entendimento da entidade, coibir com a presença do atleta na grande final da Superliga Masculina 2023. Veja todos os detalhes.

Wallace fala após aumento da suspensão

Cinco anos é muita coisa. Farei 36 neste ano. Se realmente isso se acontecer, então, acabou para mim. Espero que isso mude, que isso se reverta de alguma forma… uma punição razoável.

Saiba que você está abrindo um precedente. Tomei 17 jogos, e hoje a punição máxima no vôlei acho que são 12. Agora aumentaram para cinco anos.

A punição máxima para doping são dois anos, três, quatro, não sei. É bem desproporcional. — disse o oposto ao Esporte Espetacular antes do acordo ser fechado.

Wallace correu sérios riscos de nunca mais jogar profissionalmente. Atualmente com 35 anos, o oposto só retornaria as quadras aos 40 anos. Algo que o próprio via como inviável.

Após o início da polêmica entre jogador e presidente Lula, um movimento viral gerou uma suspensão para o atleta e até o CBV sofreu as consequências. Confira toda a história nos textos a seguir:

Um acordo de paz

A intenção das entidades esportivas, da Advocacia Geral da União e do Conselho de Ética do COB foi preservar a preparação de atletas e seleções brasileiras, adultas e de base, do vôlei e do vôlei de praia até o fim do ciclo Paris 2024. — disse o COB.

Resumidamente, o acordo foi concluído, mas com certas condições. Dentre as quais estão inclusas uma nova suspensão de 90 dias ao atleta e um ano fora dos jogos pela Seleção Brasileira. Desta vez, a punição deve ser cumprida sem qualquer tipo de intervenção direta ou indireta.

O COB destacou que também não reconhecerá o resultado da final entre Minas Tênis x Sada/Cruzeiro pela Superliga Masculina 2023.

… Em razão da participação de atleta afastado por determinação do Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil, resultado permanece nulo para todos os efeitos ao Comitê Olímpico do Brasil.

Por fim, todas as condenações que o COB impôs à CBV e seu presidente, Radamés Lattari Filho, foram retiradas. Dentro disso, a CBV agora tem a obrigação de financiar com seus recursos próprios um programa de valorização da postura ética de atletas nas redes sociais, sob a coordenação do Compliance Officer do COB.

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