Quem acompanha a Superliga Feminina de Vôlei se acostumou a ver Sesc-RJ (antigo Rexona) e Osasco serem os principais protagonistas da liga nacional por um longo período.
Nos últimos anos, outros times, como Praia e Minas, colocaram fim à polarização entre cariocas e paulistas no vôlei feminino. Mas Osasco segue sendo uma das principais potências do esporte brasileiro.
A equipe já mudou de nome algumas vezes ao longo da sua história, precisou se reconstruir após perder patrocínios, e, ainda assim, segue lotando o ginásio José Liberatti. Confira mais sobre a história do Osasco Voleibol Clube.
Quando foi criado o Osasco Voleibol Clube?
O Osasco Voleibol Clube foi criado em 1996. Naquele ano, o BCN mudou do Guarujá para Osasco, já com um projeto promissor no voleibol feminino. A equipe já existia desde de 1993 e vinha de dois vice-campeonatos da Superliga Feminina e, na nova casa, seguiu se fortalecendo.
Logo no primeiro ano de sua história em Osasco, a equipe foi campeã do Campeonato Paulista e ficou com o terceiro lugar da Superliga.
Ao longo dos anos seguintes, o Osasco mudou de patrocinadores e também de nome, mas se manteve sempre entre as principais potências do voleibol brasileiro.
A equipe hoje é chamada de Osasco São Cristovão Saúde, mas já foi foi BCN/Osasco, Sollys/Osasco, Vôlei Nestlé e Osasco Audax.
A casa do time, entretanto, não mudou.
Qual a cidade e o estado do Osasco Voleibol Clube?
O Osasco Voleibol Clube carrega o nome da cidade de Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo.
Osasco é um município com cerca de 700 mil habitantes e possui uma das maiores economias do Brasil. No fim de 2017, era o oitavo Produto Interno Bruto (PIB) do país, à frente de importantes capitais, como Salvador e Fortaleza.
E é ali que está a casa do tradicional time de voleibol feminino.
Qual o nome do ginásio do Osasco Voleibol Clube?
O Osasco disputa suas partidas como mandante na Superliga Feminina de Vôlei e demais competições no Ginásio Professor José Liberatti.
O ginásio, que fica no bairro de Presidente Altino, é público. Em 2019, a Prefeitura de Osasco manifestou a intenção de reformulá-lo com apoio da iniciativa privada e aumentar sua capacidade, que hoje é de 4 mil pessoas.
A alta média de público no José Liberatti é um dos motivos que impulsionam o Osasco a ser um dos times mais vitoriosos do voleibol brasileiro.
Quantos títulos da Superliga de Vôlei tem o Osasco Voleibol Clube?
Segundo maior campeão da história da Superliga Feminina de vôlei, o Osasco já levou o título nacional em 5 temporadas: 2002/2003, 2003/2004, 2004/2005, 2009/2010 e 2011/2012.
Nas últimas décadas, a equipe paulista dividiu o protagonismo do voleibol feminino no Brasil com o Sesc-RJ (antigo Rexona). Os dois times disputaram a final da Superliga Feminina em 9 temporadas consecutivas.
Osasco campeão sul-americano e mundial
O sucesso da equipe paulista não se restringe às competições nacionais. Em 2012, o Osasco derrotou o Rabita Baku, do Azerbaijão, por 3 a 0, e foi campeão mundial de vôlei feminino.
A equipe paulista foi também tetracampeã sul-americana, entre 2009 e 2012.
É válido lembrar que todos esses títulos foram conquistados com diferentes nomes adotados ao longo da história da equipe. Antes de ser o Osasco São Cristovão Saúde, a equipe foi Osasco/Audax, BCN, Sollys/Osasco e Vôlei Nestlé.
As principais participações do Osasco na Superliga
Superliga Feminina 1996/1997
O BCN chegou a Osasco em 1996 depois de ter alcançado ótimas campanhas enquanto esteve no Guarujá. Nas temporadas 1994/1995 e 1995/1996, a equipe chegou à final da Superliga Feminina, mas, em ambas as edições, acabou derrotada pelo Leite Moça, de Sorocaba.
Em Osasco, o BCN passou a adotar o nome BCN/Osasco e seguiu brigando por títulos. Na temporada 1996/1997, a equipe ficou em 3º lugar na Superliga. O título ficou com o Leites Nestlé/Jundiaí, antigo Leite Moça.
Superliga Feminina 2001/2002
Entre 1997 e 2000, a melhor colocação do BCN/Osasco na Superliga Feminina foi na temporada 1999/2000, quando ficou com o 3º lugar. Já a primeira final da equipe paulista veio na edição seguinte.
Derrotadas na decisão de 1999/2000, as meninas do MRV/Minas voltaram à final dois anos depois e faturaram o título inédito ao vencer o BCN/Osasco.
Superliga Feminina 2002/2003
Em reedição da final anterior, o BCN/Osasco deu o troco no MRV/Minas e foi campeão pela primeira vez da Superliga Feminina em 2002/2003.
No confronto decisivo, Osasco garantiu o título vencendo por 3 jogos a 0.
Superliga Feminina 2003/2004
Pelo terceiro ano consecutivo, as mesmas equipes na decisão, mas com uma mudança. O BCN mudou de nome para Finasa/Osasco e conquistou o bicampeonato.
A equipe paulista fez 3 jogos a 1 na série decisiva contra o MRV/Minas.
Superliga Feminina 2004/2005
Em sua quarta final seguida, o Finasa/Osasco garantiu o tricampeonato ao derrotar o Rexona-Ades, que acabara de se mudar para o Rio de Janeiro depois de iniciar sua história em Curitiba.
Superliga Feminina 2005/2006
Na edição de 2005/2006, Osasco teve sua primeira chance de conquistar o tetracampeonato.
Aquela temporada marcou a despedida de Fernanda Venturini, que conquistou o seu 11º título brasileiro ao lado do marido, o técnico Bernardinho. Ela ainda levou o prêmio de melhor levantadora da Superliga.
Na decisão, o Rexona-Ades (RJ) venceu o Finasa/Osasco (SP) por 3 jogos a 2.
Superliga Feminina 2006/2007
Pelo terceiro ano consecutivo, Rexona-Ades e Finasa/Osasco fizeram a final da Superliga.
O título ficou com a equipe carioca e só foi decidido no quinto jogo e no quinto set, no ginásio do Caio Martins, em Niterói (RJ).
Superliga Feminina 2007/2008
Na decisão, pela quarta vez consecutiva, Rexona-Ades e Finasa/Osasco decidiram o título, mas pela primeira vez em uma partida única.
No ginásio do Maracanãzinho, o time carioca conquistou seu quinto título.
Superliga Feminina 2008/2009
Com o mesmo sistema de disputa da temporada anterior, Finasa/Osasco e Rexona-Ades fizeram as finais de três dos quatro turnos previstos no regulamento daquela edição.
Na briga pelo título, no Maracanãzinho, ficaram frente a frente pela quinta vez consecutiva. De virada, o Rexona-Ades conquistou sua sexta vitória.
Superliga Feminina 2009/2010
Em 2009/2010, Osasco mudou de patrocinador e, consequentemente, de nome. Saiu Finasa para entrar a marca Sollys. E, após cinco vice-campeonatos consecutivos, o Sollys/Osasco conquistou o título da Superliga Feminina.
No ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, o time paulista venceu a Unilever (RJ), antigo Rexona, por 3 sets a 2, com 15/12 no quinto set.
Foi a quarta vitória do Sollys/Osasco, tricampeão entre 02/03 e 04/05.
Superliga Feminina 2010/2011
Em mais um capítulo da rivalidade entre Osasco e o time comandado por Bernardinho, o Sollys/Osasco encarou o Unilever na decisão de 2010/2011.
Pela sétima vez, a equipe do Rio de Janeiro, representada pela Unilever, foi campeã da Superliga.
Com Dani Lins, Fabi, Sheilla e Mari, além do retorno de Valeskinha, o time do técnico Bernardinho venceu o Sollys/Osasco (SP) por 3 sets a 0.
Superliga Feminina 2011/2012
O Sollys/Nestlé, como passou a se chamar a equipe de Osasco, se vingou da derrota no ano anterior e superou a Unilever, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, por 3 sets a 0.
A levantadora Fabíola e a oposto americana Destinee Hooker foram os destaques da decisão, levando o time de Osasco ao seu quinto título da Superliga Feminina.
Superliga Feminina 2012/2013
A última participação de Osasco na final da Superliga Feminina, por enquanto, foi na edição 2012/2013.
A final entre Unilever (RJ) e Sollys/Nestlé se repetiu mais uma vez. Na temporada 2012/2013, diferentemente da anterior, o time carioca saiu com o título, conquistando assim o octacampeonato da competição.
Apesar da derrota na Superliga naquela temporada, a torcida de Osasco teve muito o que comemorar em 2012. A equipe se sagrou campeã mundial de voleibol feminino ao derrotar o Rabita Baku, de Azerbaijão, por 3 a 0.
Todos os títulos do Osasco Voleibol Clube
- Campeonato Mundial de Clubes FIVB (1): 2012;
- Superliga Feminina (5): 2002–03, 2003–04, 2004–05, 2009–10, 2011–12;
- Campeonato Sul-Americano de Clubes (4): 2009 , 2010 , 2011 , 2012;
- Top Volley Internacional (2): 2004, 2014;
- Copa Salonpas (4): 2001, 2002, 2005, 2008;
- Copa do Brasil (3): 2008, 2014, 2018;
- Campeonato Paulista (16): 1994, 1996, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2020, 2021;
Quem são as maiores jogadoras do Osasco?
Algumas das maiores jogadoras da história do voleibol brasileiro passaram por Osasco ao longo de suas carreiras. Ana Moser, por exemplo, defendeu a equipe no fim da década de 1990.
Mais tarde, atletas campeãs olímpicas fizeram parte da equipe, como Mari, Jaqueline, Fernanda Garay, Thaísa, Sheilla, Dani Lins e Natália, ajudando o time a colecionar títulos da Superliga.
Entre as estrangeiras, as norte-americanas Danielle Scott e Destinee Hooker são duas das maiores jogadoras a já terem defendido o time de Osasco.
Quem são os maiores técnicos da história do Osasco?
Na história do Osasco Voleibol Clube, dois treinadores se destacam: José Roberto Guimarães e Luizomar.
Tricampeão olímpico, José Roberto Guimarães mostra em conquistas porque pode ser considerado um dos maiores técnicos da história de Osasco. Ele foi também tricampeão da Superliga Feminina no time paulista, com os títulos de 2002/2003, 2003/2004 e 2004/2005.
Os outros dois títulos de Osasco na Superliga foram sob o comando de Luizomar de Moura. Ele levou a equipe às conquistas nacionais em 2009/2010 e 2011/2012. Em 2012, Luizomar ainda se sagrou campeão mundial de vôlei no comando do Osasco.
Após a perda do patrocínio da Nestlé e o início da parceria com o Audax, Luizomar tentar levar o Osasco Voleibol Clube a mais títulos da Superliga.
Elenco do Osasco São Cristóvão – Superliga Feminina 2024/25
O elenco do Osasco São Cristóvão já está preparado para a temporada da Superliga Feminina de Vôlei 2024/25. Na última edição da Superliga, o Osasco chegou perto da decisão. Agora, a equipe do técnico Luizomar de Moura tem mais uma oportunidade.
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Repórter no Esportelândia. Formada em Letras pela UFRJ e Jornalismo pela FACHA. Passou por Vavel Brasil, Esporte News Mundo, Futebol na Veia e PL Brasil. Está no Esportelândia desde 2021.