Nelson Castanheira de Barros Falcão nasceu no Rio de Janeiro em 30 de abril de 1946 e é um dos maiores nomes da vela brasileira.
Com uma carreira brilhante nas classes Star e Soling, Nelson Falcão fez história ao conquistar a primeira medalha olímpica do Brasil na classe Star e o primeiro título mundial nessa categoria. Sua trajetória é marcada por desafios, conquistas e uma dedicação incansável ao esporte.
Nelson Falcão é uma figura icônica na história da vela brasileira, com uma carreira repleta de conquistas e superações.
Seu legado inspira novas gerações e sua contribuição ao esporte continua a ser reconhecida. A trajetória de Falcão é um testemunho de dedicação, paixão e excelência no esporte.
Primeiros passos de Nelson Falcão na vela
Nelson Falcão começou a velejar no Grupo de Escoteiros do Mar, em Niterói, e deu continuidade no Iate Clube Brasileiro, também em Niterói. Sua paixão pela vela o levou a dedicar-se intensamente ao esporte, o que resultou em uma carreira de grande sucesso.
Formação e vida pessoal
Além de sua carreira esportiva, Nelson Falcão formou-se em administração de empresas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele é pai de quatro filhos e sempre conciliou sua vida pessoal com a paixão pela vela.
Jogos Olímpicos de Seul 1988
Aos 42 anos, Nelson Falcão conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Seul 1988 na classe Star, ao lado de Torben Grael.
Essa foi a primeira medalha brasileira na classe Star, um feito histórico que marcou o início de uma sequência de pódios do Brasil nessa categoria.
Campeonato Mundial de Star 1989
No ano seguinte aos Jogos Olímpicos, Falcão tornou-se o primeiro brasileiro a ser campeão mundial de Star, competindo ao lado de Alan Adler. Eles conquistaram o título em Porto Cervo, na Itália, solidificando ainda mais o nome de Falcão na história da vela.
Campeonato Sul-Americano
Ainda em 1989, Nelson Falcão sagrou-se campeão sul-americano na classe Soling, demonstrando sua versatilidade e habilidade em diferentes categorias de vela.
Decepção em Seul
Apesar da conquista do bronze em Seul, Nelson Falcão e Torben Grael enfrentaram desafios. Na penúltima regata, a cruzeta do barco quebrou, o que quase comprometeu suas chances de medalha. A superstição de Torben e a frustração inicial deram lugar à celebração após a confirmação do bronze.
Separação da dupla
Após as Olimpíadas, o esporte se profissionalizou ainda mais, e Nelson Falcão decidiu seguir outro caminho.
Ele disputou o Campeonato Mundial de 1989 na Itália ao lado de Alan Adler e, mesmo enfrentando contratempos, conquistou o ouro, quebrando o estigma de que sua idade avançada poderia ser um empecilho.
Marina da Glória e comitê organizador
Nos anos 1990, Nelson Falcão passou a trabalhar na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Mais tarde, integrou o comitê organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, contribuindo com sua experiência e conhecimento para o sucesso do evento.
Superstição e promessa cumprida
A superstição de Torben Grael, que influenciou a trajetória de ambos, foi finalmente resolvida em 1996, quando Torben, ao lado de Marcelo Ferreira, desceu de barco de Búzios para o Rio de Janeiro, cumprindo uma promessa antiga. Naquele ano, eles conquistaram o primeiro ouro olímpico da classe Star para o Brasil.
Perspectivas de Nelson Falcão para o futuro da vela
Nelson Falcão vê com ceticismo as chances de medalha do Brasil na vela nos Jogos Rio 2016, devido à exclusão da classe Star e à falta de novos talentos. No entanto, ele aposta na filha de Torben, Martine Grael, como uma esperança para o futuro da vela brasileira.
Reflexões sobre a vela no Brasil
Falcão destaca a diferença entre sua época e a atual, onde os atletas vivem do esporte e têm acesso a patrocínios. Ele ressalta a importância de um trabalho de base na vela, algo que ainda precisa ser fortalecido no Brasil.
Repórter no Esportelândia. Formada em Letras pela UFRJ e Jornalismo pela FACHA. Passou por Vavel Brasil, Esporte News Mundo, Futebol na Veia e PL Brasil. Está no Esportelândia desde 2021.