Em 1984, uma ousadia de alguns dirigentes do tênis de mesa dava início a uma linda história. Liderados por Alaor Azevedo, então diretor técnico da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), foi realizado o Mundialito, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, que inaugurou uma era de eventos internacionais da modalidade no país. Quase 40 anos depois, o WTT Contender Rio vai tomar conta da Arena Carioca I, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, a partir desta segunda-feira (7).

O primeiro Mundialito levou um grande público ao Maracanãzinho. Era o início de uma geração brasileira na modalidade, liderada por Hugo Hoyama e Cláudio Kano. Atletas de Estados Unidos, Argentina, França, China, Itália, Japão, Inglaterra, Alemanha e, logicamente, do Brasil, desfilaram por aqui. Mas foram os orientais que dominaram o pódio: o chinês He Zhiwen faturou o título, com o compatriota Hui Jung em segundo, o japonês Seiji Ono em terceiro e o também japonês Norio Takashima na quarta posição.

 

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A geração brasileira amadureceu e começou a também frequentar os pódios nos anos seguintes. Cláudio Kano foi o primeiro deles, vice-campeão na edição seguinte, em 1988, disputada em São Paulo. De evento pontual, o Mundialito passou a acontecer quase anualmente: Suzano (1989 e 1995), Jundiaí (1990), Maringá (1991), Rio de Janeiro (1992, 1993, 1996, 1997, 1999, 2000 e 2003) e São Paulo (2001 e 2002) foram as cidades que receberam o evento. Entre os brasileiros, foi uma mulher quem subiu primeiro ao alto do pódio individual: Carla Tibério, na edição de 1990.

Em 2004, o Mundialito de Tênis de Mesa se transformou em Aberto do Brasil e passou a fazer parte do Circuito Mundial, contando pontos para o ranking mundial. O sarrafo também aumentou para os nossos mesa-tenistas. Naquele ano, o vice-campeão mundial de 1997, Vladimir Sansonov, da Bielorrússia, foi o campeão masculino e o Brasil não apareceu no pódio dos torneios individuais e de duplas.

O jejum de títulos foi longo, com os mesa-tenistas brasileiros aparecendo no pódio apenas duas vezes até 2013. Naquele ano, um rapaz, com seus 17 anos, voltaria a colocar a bandeira brasileira no lugar mais alto do pódio: Hugo Calderano, com Gustavo Tsuboi em segundo e Cazuo Matsumoto em terceiro. O carioca repetiria a dose em 2017, naquela que foi a última aparição do Brasil sediando um evento oficial do Circuito Mundial.